"Se as crianças não forem expostas a música estranha, elas podem muito bem crescer, ir à escola, arrumar empregos, ter filhos... e morrer! Sem nunca terem experimentado a loucura! Isso é muito perigoso!" - LUX INTERIOR
sábado, 16 de outubro de 2010
Baixe o disco do Anacrônica
Música boa nunca sai de moda
O cineasta François Truffaut (1932-1984) esperava duas coisas de um diretor: que fosse, de fato, um artista, e que tivesse ambição. “Deus e os loucos” (Independente, 2009), álbum de estreia do Anacrônica, cumpre as duas expectativas. Morda ou assopre, o rock muitíssimo bem tocado – e nunca diluído – pelo quarteto curitibano ainda vai além. O fim da década tem, enfim, sua trilha sonora urbana, graças a Sandra Piola (voz), Bruno Sguissardi (guitarra e voz), Marcelinho (baixo) e Marcelo Bezerra “Gordo” (bateria).
O primeiro single, “Eles me querem assim”, foi apresentado com destaque no programa de rádio Loaded, o mais respeitado da cena independente. O videoclipe já está pronto para rodar na MTV Brasil. As viagens para Sul e Sudeste começam a virar rotina para a Anacrônica. “Está acontecendo como a gente sempre imaginou, aos poucos, e em função do empenho da banda e da força dos nossos sonhos”, comenta Sandra. Os sonhos têm nomes. São as canções de “Deus e os loucos”, como “O que será”, “Um Adeus” e “Vestígios”, além da já clássica faixa-título.
O álbum tem riff, quebradeira, groove, refrão, e, principalmente, verdade. “Gravar este álbum nos transformou, tanto do ponto de vista artístico quanto pessoal”, admite Gordo. Da pré-produção à finalização, mais de um ano se passou. A ansiedade do Anacrônica só foi contida pela convicção do resultado. Coube ao rigor do produtor Tomás Magno (Detonautas, Skank, Terminal Guadalupe) ajudar o quarteto a equilibrar influências de Los Hermanos, Supergrass, Cardigans, Red Hot Chili Peppers, MGMT, Raul Seixas, Legião Urbana e Beatles, o consenso interno.
“Tudo foi feito com muito cuidado”, reforça Marcelinho. As participações especiais confirmam. O tecladista Henrique Peters, da nova formação dos Mutantes, e o pianista Angelo Neto, da banda curitibana Sexofone, colaboram no disco da Anacrônica. Ruth Varella, que já trabalhou para R. Kelly e Smashing Pumpkins, dirige os vocais e assina a co-produção do álbum, gravado no Nico’s Studio, em Curitiba; mixado na Toca do Bandido, no Rio de Janeiro; e masterizado no Classic Master, em São Paulo.
Maturação
Foram quatro anos de trabalho duro até a banda chegar ao ponto de maturação de “Deus e os loucos”. Os curitibanos Bruno, Marcelinho e Marcelo Bezerra já tocavam juntos desde 2001, quando os dois últimos ainda tinham 14 anos. “Na época, me criticaram muito por tocar com dois guris”, lembra o guitarrista, ex-integrante do lendário grupo local Extromodos. Sandra, psicóloga, paulista de Garça, veio buscar a sorte em Curitiba e achou. Conheceu o trio por freqüentar os mesmos lugares. Em 2005, entrou para a Anacrônica. O resultado do processo criativo de lá para cá é apresentado no álbum que foi lançado no dia 5 de junho, no Jokers Pub Cafe, em Curitiba.
LINK:
http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/anacronica
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