"Se as crianças não forem expostas a música estranha, elas podem muito bem crescer, ir à escola, arrumar empregos, ter filhos... e morrer! Sem nunca terem experimentado a loucura! Isso é muito perigoso!" - LUX INTERIOR
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Guitarrista confirma que Sonic Youth está parado por tempo indeterminado
O guitarrista Lee Ranaldo confirmou que o Sonic Youth não fará mais shows por enquanto e que não sabe qual será o futuro da banda. O último show do grupo aconteceu no festival SWU, em São Paulo, no início deste mês.
"Acho que eles realmente foram os últimos shows por um tempo", declarou em entrevista à revista "Rolling Stone" falando sobre a turnê pela América do Sul.
Os rumores sobre uma possível dissolução do Sonic Youth começaram a circular após Kim Gordon e Thurston Morre, casados desde 1984, anunciarem que estão se separando.
"Me sinto otimista em relação ao futuro, independente do que aconteça. Toda banda chega ao final um dia", continua Rabaldo. "Estamos juntos há muito mais tempo do que qualquer um de nós imaginou e foi, na maior parte do tempo, uma viagem incrível. Ainda há um monte de coisas que vamos fazer. Há toneladas de projetos de arquivo e coisas assim."
domingo, 27 de novembro de 2011
Rolling Stones vão se reunir para discutir aniversário de 50 anos da banda
Os músicos Mick Jagger e Keith Richards vão se reunir no mês que vem para discutir planos para comemorar os 50 anos da banda, segundo a revista americana de música "Rolling Stone".
Fontes da revista disseram que as produtoras AEG Live e a Live Nation já foram comunicadas que a banda pode fazer uma turnê mundial.
Richards confirmou recentemente que a banda iria se reunir para ensaiar em Londres neste mês. "Eu não vejo motivo para os Stones não fazerem shows no ano que vem. Não precisa ser um grande espetáculo como foi da outra vez", disse Richards.
No entanto, Ronnie Wood insiste que Richards e Jagger resolvam suas diferenças antes de a banda confirmar qualquer tipo de plano. Jagger não gostou quando Richards zombou do tamanho de seu pênis em sua autobiografia. "Acho que eles estão passando por um processo de cura", disse Wood.
O primeiro show dos Stones aconteceu em Londres no dia 12 de julho de 1962. No começo dessa semana, a banda relançou "Some Girls", de 1978.
sábado, 26 de novembro de 2011
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 407
1) WANDER WILDNER – RODANDO EL MUNDO
2) VANGUART – SE TIVER QUE SER NA BALA VAI
3) RED HOT CHILI PEPPERS – MONARCHY OF ROSES
4) FORGOTTEN BOYS – BABYLON
5) SMASHING PUMPKINS – TODAY
6) PÚBLICA – CASA ABANDONADA
7) FAICHECLERES – ANINHA SEM TESÃO
8) OASIS – SUPERSONIC
9) TWISTED SISTER – WE’RE NOT GONNA
10) SUPERGUIDIS – AINDA SEM NOME
11) LOBÃO – CORAÇÕES PSICODÉLICOS
12) RAIMUNDOS – ME LAMBE
13) AVENGED SEVENFOLD – WELCOME TO THE FAMILY
14) CRANBERRIES – ZOMBIE
15) AC/DC – HIGH VOLTAGE
16) MATANZA – BEBUM ACABADO
17) PELEBRÓI NÃO SEI – MINHA MÃO
18) RAMONES – DO YOU WANNA DANCE
19) BEATLES – DAY TRIPPER
20) ROLLING STONES – MISS YOU
21) NEIL YOUNG – HEART OF GOLD
22) BOB DYLAN – POSITIVELY 4TH STREET
23) VELHAS VIRGENS – VAMOS VIVER NO BAR
24) CACHORRO GRANDE – A ALEGRIA VOLTOU
25) NEVILTON – PAZ E AMORES
26) STROKES – 12:51
27) BOMBAY BYCICLE CLUB - SHUFFLE
28) KINGS OF LEON – VELVET SNOW
29) GREEN DAY – WALKING CONTRADICTION
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Noel Gallagher processa irmão por tentar atacá-lo com uma guitarra
O músico Noel Gallagher abriu um novo processo contra seu irmão Liam, ex-companheiro de Oasis, no qual o acusa de deixar recados de voz abusivos no celular da mulher de Noel, Sara, e também por tentar atacá-lo com uma guitarra.
No começo do ano, Liam abriu um processo contra Noel após o irmão dizer em uma coletiva de imprensa que Liam tinha desistido de tocar no V Festival porque estava de ressaca. Liam, no entanto, afirma que estava com dor de garganta.
No processo, Noel chama Liam de irresponsável, dizendo que ele tinha um estilo de vida incompatível com as turnês da banda e que, por muitas vezes, ele agiu de forma irresponsável com os fãs, deixando o palco e cancelando shows em cima da hora.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
"Some Girls", dos Rolling Stones, em versão deluxe
Saiu o aguardado relançamento do disco "Some Girls", dos Rolling Stones. Lançado oficialmente em 1978, a nova edição vem acrescida de um disco recheado de raridades e material inédito.
CD 1:
01. Miss You (4:48)
02. When The Whip Comes Down (4:21)
03. Imagination (4:38)
04. Some Girls (4:37)
05. Lies (3:11)
06. Far Away Eyes (4:24)
07. Respectable (3:07)
08. Before They Make Me (3:25)
09. Beast Of Burden (4:25)
10. Shattered (3:46)
CD 2:
01. Claudine (3:42)
02. So Young (3:18)
03. Do You Think I Really Care (4:22)
04. When You're Gone (3:51)
05. No Spare Parts (4:30)
06. Don't Be A Stranger (4:06)
07. We Had It All (2:54)
08. Tallahassee Lassie (2:37)
09. I Love You Too Much (3:10)
10. Keep Up Blues (4:20)
11. You Win Again (3:00)
12. Petrol Blues (1:35)
LINK:
http://www.fileserve.com/file/TY4brR6
sábado, 19 de novembro de 2011
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 406
1) RAMONES – BLITZKRIEG BOP
2) CLASH – I’M SO BORED WITH THE USA
3) LOS HERMANOS – O VENCEDOR
4) MORDIDA - TOKYO
5) MATANZA – SACO CHEIO E MAU HUMOR
6) KISS – STRUTTER
7) AC/DC – YOU SHOOK ME ALL NIGHT LONG
8) PATTI SMITH – GLITTER IN THEIR EYES
9) PELEBRÓI NÃO SEI – LÁGRIMAS ALCOÓLICAS
10) THEM CROOKED VULTURES – BANDOLIERS
11) SYSTEM OF A DOWN – TOXICITY
12) BLITZ – VOCÊ NÃO SOUBE ME AMAR
13) GRAFORREIA XILARMÔNICA – AMIGO PUNK
14) NEVILTON – PAZ E AMORES
15) PEARL JAM – I AM MINE (AO VIVO)
16) LIBERTINES – TIME FOR HEROES (AO VIVO)
17) DOORS – LOVE HER MADLY
18) MODEST MOUSE – FLOAT ON
19) ERASMO CARLOS – KAMASUTRA
20) RELESPÚBLICA – DÊ UMA CHANCE PRO AMOR
21) IDENTIDADE – LUCY JONES
22) IDA MARIA & IGGY POP – OH MY GOD
23) THE CURE – BOYS DON’T CRY
24) GREEN DAY – 86
25) PRESIDENTS OF THE USA – LUMP
26) RED HOT CHILI PEPPERS – GIVE IT AWAY
27) SUPERGUIDIS – MANUAL DE INSTRUÇÕES
28) CACHORRO GRANDE - LUNÁTICO
29) IRA! – NÚCLEO BASE
30) CARTOLAS – QUANTA BESTEIRA
31) ARCADE FIRE – THE SUBURBS
32) BOMBAY BICYCLE CLUB - SHUFFLE
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Música inédita do Doors estará no relançamento de 40 anos de "L.A. Woman"
Uma música inédita do Doors foi descoberta e será inclusa na edição especial de aniversário de 40 anos do disco clássico L.A. Woman. A informação é da Rolling Stone EUA.
“She Smells So Nice” foi encontrada pelo produtor Bruce Botnick, que estava organizando as antigas fitas das sessões no estúdio para relançar o álbum em comemoração a data.
A edição especial sai no dia 23 de janeiro de 2012, pela Rhino, e será um disco duplo, com versões alternativas de faixas como "Love Her Madly" e "Riders on the Storm", além de um DVD de making of.
Black Sabbath anuncia mais 14 shows pela Europa
Uma semana depois de anunciar que está voltando à ativa, o Black Sabbath revelou hoje mais 14 datas de sua turnê de reunião. O grupo reestreia nos palcos em Moscou em 18 de maio.
Após a estreia, a turnê segue por países como Finlândia, Suécia, Noruega e chega à Inglaterra apenas em junho, quando a banda vai encabeçar a escalação do festival Download.
No anúncio feito na semana passada, a banda prometeu um álbum de músicas inéditas, produzido por Rick Rubin, e uma "turnê mundial pesada".
A banda foi formada em 1968, em Birmingham (Reino Unido), mas o grupo se desfez em 1979, quando Osbourne foi expulso por problemas com drogas e álcool.
Em 1997, os quatro membros originais resolveram se reunir e lançaram um álbum ao vivo no ano seguinte, além de saírem em turnê, até o derradeiro OzzFest de 2005.
Quando a carreira de um artista encalha no segundo álbum
Por ROB FITZPATRICK
DO "GUARDIAN"
Guardian Em março de 2005, o Kaiser Chiefs lançou "Employment", seu primeiro álbum. Antes, a banda lançara um single, "Oh My God", que chegou ao sexto posto nas paradas e mereceu uma cover por Mark Ronson e Lily Allen, no disco de estreia de Ronson, "Version".
A revista de rock "NME" deu à canção o 36º lugar em sua lista de "hinos indies", algo que àquela altura talvez parecesse mais elogio que insulto. Outro single, "I Predict a Riot", saiu depois do álbum, e logo se tornou o hino da banda. O Kaiser Chiefs conquistou um troféu Ivor Novello pelo melhor álbum de 2006 e três prêmios Brit, no mesmo ano (melhor grupo britânico, melhor grupo de rock e revelação). "Employment" vendeu dois milhões de cópias, desde seu lançamento.
O álbum seguinte do grupo, "Yours Truly, Angry Mob", saiu em fevereiro de 2007, incluindo "Ruby", canção que chegou ao topo das paradas.
O disco vendeu 800 mil cópias, uma queda de 55%. Passados outros 18 meses, o grupo lançou "Off With Their Heads", seu terceiro álbum, que até o momento vendeu 200 mil cópias, 75% a menos que o segundo disco e 90% a menos que o primeiro. O quarto álbum, "The Future Is Medieval" foi lançado no site da banda, algumas semanas atrás. Ao sair em disco, chegou ao 10º lugar nas paradas e só ficou nelas por cinco semanas.
"É estranho pensar que 800 mil, ou mesmo 200 mil, cópias vendidas sejam um fracasso", diz um executivo do setor que pediu que seu nome não fosse mencionado. "Mas as vendas do Kaiser Chiefs os caracterizam como banda em queda, e é muito difícil escapar disso. Como tudo mais na vida, as pessoas gostam de aderir ao sucesso". Se o sucesso tem muitos pais, o fracasso é sempre órfão.
Um outro exemplo: "Rockferry", o álbum de estreia de Duffy (foto), vendeu 2,2 milhões de cópias no Reino Unido, mas não foi apenas o colossal fiasco do comercial que ela estrelou para a Diet Coke em 2009 que causou queda de 90% nas vendas do seu trabalho seguinte, "Endlessly", lançado em 2010 com apenas 200 mil cópias vendidas.
"O caso de Duffy é interessante", diz um advogado que trabalha para o setor de música, "porque a história dela se aplica a muitos artistas. Entusiasmados com o sucesso, eles imediatamente questionam por que estão cedendo 6% de seus royalties, um terço dos direitos de licenciamento e 20% de comissão sobre seus cachês para outras pessoas? Acham que são gênios, que podem cuidar de tudo sem ajuda!"
Duffy abandonou sua empresária, Jeanette Lee, da Rough Trade, e o produtor Bernard Butler, que tocou boa parte dos instrumentos e co-escreveu muitas das canções de "Rockferry".)
"Depois, quando fazem um disco horrível sem orientação de profissionais, ficam se perguntando por que tudo saiu errado", acrescentou o advogado.
E as coisas saem mesmo errado. O grupo Glasvegas estreou com um álbum que ganhou um disco de platina no Reino Unido, ou seja, vendeu mais de 300 mil cópias. O "NME" apostou que a banda definiria o final da década. Bono disse que "It's My Own Cheating Heart That Makes Me Cry" era uma das melhores canções que já tinha ouvido. Apesar dos elogios, "Euphoric Heartbreak", seu segundo esforço, que levou nove estrelas das 10 possíveis na classificação do "NME" (ou seja, foi um dos melhores álbuns de 2011 na opinião da revista) só vendeu 30 mil cópias desde seu lançamento, em abril -queda de 90%. A Columbia Records cancelou seu contrato com a banda semanas depois que o disco foi lançado.
Em outubro de 2007, quando o MGMT chegou com "Oracular Spectacular", seu álbum de estreia, o impacto bastou para gerar vendas da ordem de 500 mil cópias só no Reino Unido. A página do grupo na Wikipédia alardeia que o segundo álbum, "Congratulations", de 2010, vendeu 66 mil cópias na semana de lançamento ("a melhor semana de vendas que a banda já teve"). Mas o site não menciona que, nos 18 meses seguintes, o álbum vendeu apenas 11 mil cópias adicionais.
E há o caso do Klaxons, uma rave band indie que ganhou o prêmio Mercury e vendeu 350 mil cópias de "Myths of the Near Future". Lançado em 2007; o disco seguinte, "Surfing the Void", vendeu apenas 30 mil unidades, o que significa que 92% dos fãs iniciais do grupo decidiram que, pensando bem, já tinham todos os álbuns do Klaxon que queriam.
Qual é a sensação de passar por deserção dessa ordem? Como a pessoa se sente quando o telefone não toca mais? Nenhuma das bandas que mencionei acima quis conversar sobre o assunto, o que é compreensível: admitir um fracasso significa se condenar para sempre aos olhos da indústria da música.
"Bem, eu posso lhe dizer exatamente qual é a sensação", disse o executivo de uma gravadora. "É uma merda. Mas o segundo álbum de todas as bandas que contratei fracassou horrivelmente, e ninguém sabe o motivo. Ao assinar uma banda, a gravadora toda se anima, mas assim que as coisas começam a sair errado os sacanas todos correm de lá e só resta o executivo que os descobriu.
Às vezes, a banda mesma é a última a saber. Alguns meses atrás, o Hoosiers disse em entrevista à revista "Film and Music" que, inicialmente, todos eles estavam satisfeitos quando seu novo single, lançado depois de uma parada de dois anos, chegou ao 11º posto nas paradas. Até que perceberam a reação da gravadora. "Estávamos no 11º posto da parada e a caminho do 10º", conta o baterista Al Shanford, "e havia muita tensão com a gravadora. As pessoas diziam que seria muito mais fácil promover o single se ele estivesse no 10º posto, porque aí seria sucesso. Pura bobagem, e não deveria fazer diferença alguma. Mas aparentemente faz".
Mas será que as gravadoras se sentem tão mal quanto as bandas? "A verdade é que as gravadoras não ligam a mínima para o próximo disco, só querem arrancar a máxima grana possível do disco atual. Mas o setor é complexo, e por isso às vezes a coisa se inverte. Quando Paolo Nutini levou seu novo álbum à Warner (sua gravadora), sei que a reação de todo mundo por lá foi achar que era um lixo. Mas vendeu muito".
"Um fracasso pode servir como rito de passagem", disse Tony Wadsworth, presidente da EMI Music de 1998 a 2008. "A maldição do segundo álbum quase pegou o Blur, mas na verdade terminou por fortalecê-los. 'Modern Life is Rubbish' trouxe pesada queda de vendas. Tinham inventado um mundo novo, e as pessoas tiveram de ouvir 'Parklife' antes de entenderem o que a banda estava fazendo. Às vezes um grupo caminha muito adiante de sua audiência, e aí precisa ter a esperança de que os ouvintes não desistam".
Mas e se o grupo perder 90% de seu público? "É hora de parar e avaliar o que está fazendo", diz Wadsworth. "A banda precisa recomeçar, batalhar de novo, mas é crucial que acredite em seu processo criativo. Ninguém deveria colocar todas as suas melhores canções no álbum de estreia. Dylan e os Beatles sempre retinham alguma coisa. E também não se deve assustar as pessoas. No caso do Coldplay, cada disco vendeu mais que o precedente. Isso não é comum. A banda sempre progrediu, mas manteve a essência daquilo que é nas novas canções. Isso permitiu que mantivesse o apoio das rádios, o que é essencial".
"O rádio ainda é a resposta", disse Feargal Sharkey, ex-vocalista do Undertones e agora diretor da UK Music, uma associação setorial da indústria de música britânica. "Sem apoio das rádios, você roda. É possível se recuperar dessa situação, mas é preciso ter em mente que a nova novidade sempre entusiasma mais que a novidade da semana passada".
O cantor David Gray não tinha perspectiva de grande sucesso ao lançar "White Ladder", em 2000. Era o quarto disco de Gray, e a expectativa era de que vendesse da mesma forma modesta que os três precedentes. Mas uma onda de entusiasmo que nasceu com "Babylon", o segundo single do álbum, resultou em vendas de mais de sete milhões de cópias.
"O que me ajudou foi que eu já era músico há um bom tempo quando o sucesso chegou", ele disse, em entrevista por telefone da Itália, onde estava em férias com a família. "Por isso eu estava mais preparado. Mas o período posterior ao sucesso é sempre complicado. Se o seu disco não entra na lista da BBC, o impacto sobre as vendas é imenso. Quando a BBC decidiu incluir 'Babylon', o impacto foi imenso. Mas se você não cria um novo sucesso, termina de volta no Borderline -e depois de tocar no Hammersmith Apollo (um teatro de rock em Londres), isso pode ser bem deprimente".
Mas qual foi a ascensão do período de ascensão ao sucesso? "Ah, foi uma onda maravilhosa", ele diz, rindo. "Mas um sucesso dessa ordem desnorteia sua bússola. É pesado demais, abrangente demais, e você começa a pensar que é um presente de Deus ao mundo. Passei três anos em turnê com 'White Ladder', mas quando os festivais, o champanhe e os jatinhos desaparecem e a realidade ressurge, o choque é pesado".
Gray admite alegremente que suas vendas recentes ficaram "drasticamente menores". Se no passado ele vendia um milhão de cópias de um álbum, agora vende 200 mil. Seu mais recente trabalho, "Lost and Found", gravado ao vivo, teve lançamento digital exclusivo pelo site de compras coletivas Groupon. O serviço de cupons de descontos enviou um link para download do disco a meio milhão de assinantes -"nossos públicos aparentemente coincidem"-, e cerca de 1,5% deles baixaram a gravação.
"Isso significa entre cinco mil e 10 mil cópias", diz Gray. "Isso representa sucesso ou um horrível fracasso? Nos últimos anos, tenho trabalhado bastante nos Estados Unidos, e é muito difícil vender discos por lá. Os números se tornaram ridiculamente pequenos. As gravadoras estão de joelhos".
Gray sem dúvida está certo, mas o desejo insaciável de grandeza permanece, da parte das gravadoras. Adam, o filho de Leonard Cohen, já assinou mais contratos de gravação do que a maioria dos músicos. O primeiro, com a Sony em 1998, incluía adiantamento de US$ 300 mil sobre os direitos de licenciamento e foi cancelado dias mais tarde por um figurão que alegou não saber quem era Adam Cohen. "Like a Man", seu excelente álbum novo, saiu pela Cooking Vinyl no Reino Unido e pela EMI na América do Norte, uma gravadora que já o dispensou no passado.
"Ontem à noite fiz minha festa de lançamento", ele disse de Toronto, ao telefone. "As mesmas pessoas de sempre, os mesmos executivos apareceram para me prestigiar, como se nada tivesse acontecido. Mas é bom lembrar que as gravadoras podem ser criaturas insensíveis e nefandas".
Wadsworth, feliz por ter saído do jogo, oferece um último conselho a todos os interessados: "Chega uma hora em que todo mundo deixa de vender discos. Infelizmente, para algumas bandas isso acontece muito mais rápido".
sábado, 12 de novembro de 2011
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 405
1) L7 – ANDREAS
2) QUEENS OF THE STONE AGE – NO ONE KNOWS
3) TITÃS – DISNEYLÂNDIA
4) RAIMUNDOS – EU QUERO VER O OCO
5) SUPERGUIDIS – MALEVOLOSIDADE
6) YUCK – GET AWAY
7) WHITE STRIPES – BLACK MATH
8) CANSEI DE SER SEXY – LEFT BEHIND
9) STROKES – TAKEN FOR A FOOL
10) MATANZA – SANTA MADRE CASSINO (AO VIVO)
11) ACÚSTICOS & VALVULADOS – BUBBLEGUM
12) IRÃ – ENTRE SEUS RINS
13) SYSTEM OF A DOWN – TOXICITY
14) BLIND MELON – TONES OF HOME
15) BLACK SABBATH – WAR PIGS
16) SLIPKNOT – LEFT BEHIND
17) CINDY FEIJÃO – ONDE ESTÃO OS ANJOS
18) TERMINAL GUADALUPE – PERNAMBUCO CHOROU
19) THE HIVES – TICK TICK BOOM
20) PEARL JAM – I BELIEVE IN MIRACLES
21) ROLLING STONES – SWEET VIRGINIA
22) NEVILTON – DELICADEZA
23) TEQUILA BABY – WALKMAN
24) FORGOTTEN BOYS – TOUCHED GIRL
25) NIRVANA – SEASONS IN THE SUN
Integrante do Cansei de Ser Sexy deixa a banda
Adriano Cintra, um dos integrantes da banda brasileira Cansei de Ser Sexy (CSS), publicou hoje em sua página no Facebook um comunicado em que anuncia sua saída do grupo.
Cintra informa ainda que seus advogados o instruíram a não permitir que a banda continue usando suas músicas em shows futuros, já que a banda não chegou a um acordo sobre isso.
"Conforme fui instruído por meus advogados, estou comunicando as pessoas que eu não faço mais parte da banda CSS. Eu também torno público o fato de que eu não dei permissão para nenhum dos membros da banda usarem minhas bases nos shows futuros, já que não chegamos a um acordo sobre isso."
O CSS foi formado em São Paulo em 2003 e, desde então, se tornou uma das bandas brasileiras mais conhecidas no exterior.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Black Sabbath original promete 1º disco de estúdio em 33 anos
Por FERNANDA EZABELLA
Os quatro músicos originais do Black Sabbath prometeram uma "turnê mundial pesada" a partir de meados de 2012 e um álbum com canções inéditas a ser produzido por Rick Rubin, num evento nesta manhã de sexta-feira, organizado num famoso bar de Los Angeles.
Com a formação original, será o primeiro show do grupo desde 2005, quando eles tocaram no Ozzfest, nos EUA, e também o primeiro disco de estúdio desde 1978 (o último foi "Never Say Die!").
"Era hora, era o momento certo", disse Ozzy Osbourne, meio gaguejando, como sempre, ao lado do guitarrista Tony Iommi, do baixista Geezer Butler, do baterista Bill Ward e de Rubin.
Osbourne comentou que as seis ou sete músicas em que já estão trabalhando "são incríveis" e fazem jus ao espírito do Black Sabbath.
A turnê já tem uma data marcada, 10 de junho, fechando o festival britânico Download. O novo álbum ainda não tem nome e deve sair no segundo semestre de 2012, seguido de uma turnê mundial. Nenhum país citado.
Sobre a escolha de Rubin, Osbourne disse que foi "uma opção óbvia". "Ele queria fazer há muito tempo e vivia perguntando quando íamos voltar", afirmou.
O produtor falou que o disco está no meio do processo de composição. "É inspirador acompanhá-los no estúdio", comentou Rubin. "Queremos criar um clima confortável para eles no estúdio, natural, fácil, sem pressão."
Pioneiros do heavy metal, os quatro formaram a banda em 1968, em Birmingham (Reino Unido), mas o grupo se desfez em 1979, quando Osbourne foi expulso por problemas com drogas e álcool.
A banda, conhecida por músicas como "Paranoid" e "War Pigs", passou então por uma série de mudanças, com inúmeros músicos e vocalistas, incluindo Ronnie James Dio, morto em 2010 aos 67 anos, após sofrer com um câncer no estômago.
Em 1997, os quatro membros originais resolveram se reunir e lançaram um álbum ao vivo no ano seguinte, além de saírem em turnê, até o derradeiro OzzFest de 2005. Na época, chegaram a prometer um disco só de inéditas, mas nunca aconteceu. "Tentamos fazer, mas não deu certo, não tinha a qualidade que queríamos", comentou o baixista Geezer Butler.
O Black Sabbath foi responsável por popularizar o heavy metal nos anos 70 e vendeu mais de 15 milhões de discos só nos EUA e mais de 100 milhões pelo mundo. O anúncio da sexta foi feito no lendário Whisky a Go-Go, na Sunset Boulevard, porque foi aqui que eles fizeram sua estreia em Los Angeles, 41 anos atrás, na mesma data, 11/11.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
"Todos nós somos muito ocupados e criativos", diz Mike McCready
O guitarrista do Pearl Jam falou com a Gazeta do Povo poucos minutos antes de subir ao palco para o show em Curitiba, ontem
Por YURI AL HANATI
GAZETA DO POVO
O guitarrista Mike McCready do Pearl Jam, mesmo depois de 20 anos de carreira, se diz abismado com a receptividade dos fãs brasileiros. “É impressionante! Vocês sabem cantar todas as músicas que a gente toca. O Brasil é um lugar incrível pra se tocar, e eu não digo isso facilmente”, comenta, durante uma entrevista concedida no camarim poucos minutos antes do quinteto de Seattle entrar no palco do Estádio Durival Britto e Silva, em Curitiba, nesta quarta-feira (9).
O grupo, também formado por Eddie Vedder nos vocais e guitarra, Stoner Gossard na guitarra base, Jeff Ament no baixo e, mais recentemente pelo baterista Matt Cameron (que integra também o Soundgarden), comemora 20 anos de carreira com a turnê PJ20, que já passou por São Paulo e Rio de Janeiro e segue para Porto Alegre. Em uma entrevista concedida com exclusividade à Gazeta do Povo, McCready falou sobre a apresentação, as duas décadas de banda e a cena musical da qual fizeram parte e se tornou célebre com nomes como Nirvana, Alice in Chains e SoundGarden.
Há seis anos o Pearl Jam não vem a Curitiba. O que o público daqui perdeu que vocês querem mostrar para eles?
Nós lançamos alguns álbuns nesse tempo, e temos algumas músicas novas. Tem muita coisa nova que precisamos tocar para o Brasil que ainda não tocamos. Just Breathe, por exemplo, que é do último álbum e que eu acho que ressoa para as pessoas daqui. Temos também um novo palco e um novo show. Acho que é isso que precisamos trazer para o Brasil já que não estivemos aqui por algum tempo.
O Pearl Jam se preocupa com a segurança do público. Que medidas foram tomadas para assegurar isso no estádio em que vocês tocarão?
Nós temos nossa equipe de segurança. Pete Beattle comanda isso. Ele anda por aqui, conversa com a segurança local e faz as exigências, como as barreiras que separam o público, para que todos possam assistir ao show sem se amontoar. E temos pessoas analisando o público o tempo todo para verificar se há algum problema acontecendo. Queremos garantir que todos estejam seguros e se divirtam, porque é isso que importa.
Certa vez, vocês brigaram com a TicketMaster [empresa de ingressos dos Estados Unidos] para abaixar o preço dos ingressos para seus shows. Vocês ainda têm essa preocupação?
O que aconteceu de verdade é que o governo nos chamou para testemunhar sobre o fato de que nós achávamos que eles estavam monopolizando. O governo é que estava atrás deles, na verdade. Nós, na época, queríamos garantir que os ingressos fossem os mais baratos possíveis para sairmos em turnê porque nós pagamos por tudo. Não temos um patrocinador ou algo assim, como várias bandas têm. Essa era nossa preocupação, e eventualmente nós deixamos isso de lado. Mas nós procuramos deixar o preço dos ingressos o mais baixo possível, comparativamente a outras bandas da nossa estatura. Porque nós sempre lembramos de quando éramos crianças e pagávamos sete dólares para ver bandas como Van Halen, ou Kiss, por dez dólares. Isso foi há séculos atrás e é insano pensar nisso hoje, mas sempre tentamos diminuir ao máximo o preço dos ingressos.
Da última vez que vocês vieram, o Mudhoney fez a abertura. E dessa vez é a banda X, que está tocando no momento em que conversamos...
Sim! E eles são tão bons! Todos nós amamos o X, eles são tão próximos de nós e tem tantas músicas importantes.
Por que vocês quiseram trazer o X?
Eu sei que existem algumas pessoas que sabem da existência do X, e eu acho que o X é uma das bandas mais subestimadas na história dos Estados Unidos. Eles vieram da cena punk -- eles praticamente criaram a cena punk em Los Angeles em 1977. [O vocalista] John Doe é um poeta americano na minha cabeça, tanto quanto qualquer poeta pode ser. E eles são demais! Eu não consigo parar de falar do X, eu adoro todos os membros da banda, adoro o jeito como eles tocam, e eles são importantes na história da música americana. Estamos muito felizes de estar com eles.
O Pearl Jam costumava fazer performances enérgicas e loucas, e agora vocês parecem mais centrados...
Mais centrados? (risos) Sim, Eddie não está mais escalando nada, não está subindo em vigas nem nada do tipo. Nós todos estamos velhos, todos nós temos família agora, mas ainda ligamos para a música, se não ligamos mil vezes mais. Então, principalmente, queremos fazer a música soar o melhor possível, porque é isso que as pessoas querem ver. E elas querem ver a nossa performance ao vivo sim, mas é mais a música, então queremos garantir que a música seja a melhor. Como temos mais de duzentas composições, trocamos de repertório todas as noites. Assim que eu terminar essa entrevista com você, eu preciso ir ali e treinar um pouco as músicas que vamos tocar hoje à noite. Tem muita coisa que eu ainda não toquei e eu preciso rever para ir bem.
Fale um pouco sobre o livro e o filme Pearl Jam 20, comemorativos dos 20 anos de carreira. Como vocês os receberam e como eles demarcam a sua carreira?
O livro e o filme representam um dos momentos mais marcantes na nossa carreira, no sentido de conferir uma linearidade a ela e aos meus 20 anos na banda numa maneira que eu consiga acompanhar. Ver e dizer “Fizemos isso” ou “fizemos aquilo”. Antes era tudo muito nebuloso. O livro contém muitas coisas das quais eu não sabia, que foram faladas por outros membros da banda. Tem algumas coisas que eu sabia sim, mas algumas atitudes e sentimentos que eu desconhecia. E tem fotos que eu nunca havia visto também. O filme já é outro nível. É uma viagem sentimental. É muito desgastante para nós assistirmos a ele. Nós amamos, mas eu penso “puxa, não posso assistir isso de novo por um tempo”, porque todos os meus sentimentos estão atrelados a ele. Os altos e baixos, as explosões, as tragédias, os triunfos e as coisas que aconteceram, tudo isso em duas horas. É muito para agüentar! Dito isso, eu tenho muito orgulho do [diretor do filme] Cameron Crowe. Ele é um diretor e jornalista de rock incrível, e ele é um verdadeiro fã de música. O que ele fez me deixou orgulhoso.
Os três primeiros álbuns da banda foram relançados. E quanto aos outros, há alguma possibilidade de sofrerem o mesmo processo?
É uma boa pergunta! Não sei em que pé isso está. Acho que vamos dar um tempo nessa coisa de relançamento. Achei que iríamos continuar fazendo isso, mas talvez levemos mais um ano antes de dar continuidade a esse processo. No final provavelmente vamos remasterizar tudo e o [produtor da banda] Brendan O’Brien vai remixar alguns discos. Mas no momento nós estamos no meio do processo de composição de um álbum, temos sete músicas, e estreamos uma chamada LA nessa turnê, e vamos trabalhar no resto delas no próximo ano, em março.
Muitos discos grunges, como o Nevermind, estão sendo relançados hoje em dia. Como você vê a aceitação dessas músicas pelo novo público? É um revival?
É muito difícil pra mim usar essa palavra [grunge], porque eu nunca achei que nós éramos isso. Claro que a mídia precisa colocar as músicas em categorias para vendê-las. Nós sempre nos sentimos simplesmente como uma banda de rock. Mas sim, você tem razão, essas coisas estão voltando, o disco do Nirvana foi relançado depois de 20 anos, Soundgarden se reuniu de novo e está fazendo alguns shows, o Alice in Chains vai vir pra cá fazer shows e eles são todos meus amigos. Então o fato de ainda ouvirem as nossas músicas e tocarmos hoje para uma audiência faz com que eu me sinta muito grato e pense que as músicas talvez fossem boas de verdade e durassem por serem boas. E isso é tudo o que uma banda pode querer, fazer música que toque as pessoas como eu me sinto tocado quando ouço algumas canções dos Rolling Stones, Social Distortion ou Sex Pistols ou X. Rola um sentimento de conectividade com essas músicas. Se você conseguir fazer isso com uma banda, seu trabalho está feito. E, claro ter uma carreira por 20 anos também!
Bom, vamos chamar então de “a cena de Seattle”...
Obrigado!
Como você vê essa cena de 20 anos atrás hoje?
Seattle, no final dos anos 80 e começo dos anos 90, era uma cidade muito pequena e não havia onde tocar. Não havia muitos clubes e não havia uma cena que desse apoio a bandas locais além de todos os caras e garotas que estavam nas bandas que tocavam nos seus porões, na chuva e no inverno. Eu tinha uma banda chamada Shadow, e a gente tinha que sair e alugar um espaço, alugar uma equipe de segurança, imprimir os ingressos, postar anúncios pela cidade toda. Foi isso que fez o Green River e o Soundgarden. Você fazia um esforço e todos iam aos shows dos outros, porque era tudo muito pequeno. Quando a cena estourou e se tornou grande, ninguém previu aquilo. Soundgarden assinou primeiro com uma gravadora, depois o Nirvana. As coisas estavam acontecendo, mas, principalmente, todo mundo queria arrumar um show. Tinha muito do “faça você mesmo”, porque antes não tinha nada, e agora tem centenas de clubes lá. É interessante que tenha se tornado alguma coisa.
Assim como o Eddie Vedder tem uma carreira solo e você tem a banda Rockfords, os membros do Pearl Jam tem projetos paralelos. Como vocês conciliam isso com a banda?
A minha banda, Shadow, da qual eu estava falando, era composta por muitos membros que hoje estão nos Rockfords. A gente cresceu junto. Eu comecei a tocar guitarra com onze anos e entrei na banda com onze anos e meio. E ela não se chamava Shadow, se chamava Warrior. É um nome bobo, mas éramos crianças. Eu tenho uma longa história com esses caras. Então, de projetos paralelos, Jeff tem o seu Three Fish, Eddie fez Na Natureza Selvagem e seus álbuns solo, eu estou fazendo algumas trilhas sonoras de filmes no momento, de um filme independente chamado Fat Kid Rules de World. Quando não estamos em turnê, todos nós temos nossas vidas, e nós todos estamos sempre ocupados, nunca conseguimos relaxar. Mas tentamos manter um equilíbrio entre essas coisas. O Matt, por exemplo, está fazendo algumas coisas para o Soundgarden, ele precisa balancear isso com o que a gente faz aqui e vice-versa. E nós apoiamos todos esses projetos paralelos. Eu toquei com o Jeff nesse ano com o Three Fish e fizemos uma turnê pelos clubes que costumávamos tocar e foi bem divertido. E Stone tem a [banda] Brad, é claro, então tem muita coisa acontecendo, todos nós somos muito ocupados e criativos.
Pearl Jam se distinguiu de outras bandas da época de Seatle, em parte, pelo seu estilo de guitarra, que tem muitas referências no rock clássico. Talvez na época solos de guitarra não fossem muito populares, mas como você vê a sua influência na banda e como você acha que ela fez a banda como ela é hoje?
Acho que o Stone, quando a gente começou, estava procurando alguém para fazer a guitarra solo, porque ele achava que não podia fazer. Mas ele podia, ele fez algumas coisas, mas acho que ele estava procurando alguém com uma pegada de Blues, e essa é minha formação. Eu era, originalmente, um guitarrista base, e aprendi a fazer guitarra solo ao ver caras como Randy Rhoads [da banda Quiet Riot] , e mais tarde Stevie Ray Vaugham, quando eu comecei a gostar de Blues e de Muddy Waters e coisas assim. Então eu sempre gravitei ao redor de caras assim, eu gostava de guitarristas solo. E qualquer que fosse o ethos em Seattle naquela época, se era ser punk e não conseguir tocar direito, aquilo não era eu. Eu toquei guitarra minha vida inteira e eu aprecio isso. É assim que eu sou, e eu acho que o Stone queria isso em mim. Meus ídolos então eram caras como Hendrix -- porque ele era de Seattle -- e Stevie Ray Vaugham mais tarde, Rolling Stones, Kiss, todas essas coisas com quem eu cresci. Eu era fã do Ace Frehley. Era o que eu fazia e acho que funcionou porque afinal de contas, estamos falando sobre isso hoje.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Michael Stipe diz que fim do R.E.M foi uma "libertação"
Por GUILLERMO XIMENIS
DA EFE, EM LONDRES
O líder da banda americana R.E.M, Michael Stipe, afirmou que a dissolução do grupo é uma "libertação" para seus integrantes, que foram "inteligentes" o suficiente para deixá-lo a tempo.
"É um momento triste, mas ao mesmo tempo, temos uma sensação de liberdade, de que fizemos o certo", disse em entrevista à Agência Efe o vocalista, líder da "primeira banda da história que termina sem brigas e sem que nenhum integrante tenha morrido ou tido problemas com drogas".
Stipe, o baixista Mike Mills e o guitarrista Peter Buck anunciaram a separação há um mês, através de um comunicado, depois de 31 anos e de 85 milhões de discos vendidos.
Sentado com Mills num luxuoso hotel de Londres, Stipe fez um balanço da carreira que começou em 1979, quando os integrantes originais do R.E.M abandonaram a universidade para se dedicar ao projeto que estourou em 1991 com seu 7º disco, "Out of time".
"Aquilo mudou nosso mundo", lembra o cantor, apoiado por seu companheiro: "começamos a tocar em Israel, Paraguai, Cingapura e em outros lugares que mal conhecíamos".
Stipe e Mills disseram que irão sentir saudades do R.E.M, mas ao mesmo tempo sentem que este era o momento certo para se separarem "com a cabeça erguida".
"Já temos mais de 50 anos. Eu, que sou o mais jovem, tenho 51, e estou na banda desde antes dos 20. Não foi uma decisão fácil, mas estamos todos de acordo que o melhor é terminarmos num bom momento para o grupo", disse Stipe.
O cantor americano, nascido em Decatur, um povoado de 18 mil habitantes no estado da Geórgia, estava orgulhoso por ter alcançado o sucesso sem comprometer sua "integridade" pelo caminho.
"Cometemos erros ao longo da nossa carreira, mas pelo menos foram nossos erros, não os de um empresário, um agente ou uma gravadora. Sempre escutamos os conselhos de todos, e depois fizemos o que achamos melhor, o que quisemos", afirmou Stipe.
Ambos os integrantes concordam sobre o momento mais duro de sua carreira: quando o ex-baterista Bill Berry caiu no palco após sofrer um aneurisma cerebral em 1995, episódio do qual conseguiu se recuperar.
E o momento mais feliz de R.E.M? "Deixá-lo!", responderam Mills e Stipe aos risos.
Antes de buscar novos horizontes separadamente, a banda irá brindar seus fãs com mais três músicas inéditas, que estarão numa coletânea lançada no final deste mês.
"A Month of Saturdays", "We All go Back to Where We Belong" e "Hallelujah", são o ponto final de uma das bandas de rock mais influentes das últimas décadas.
Stipe diz que agora vai tirar "alguns meses de férias" para desfrutar da "estranha sensação" de não fazer nada.
"Depois veremos o que acontece, ainda não sei o que vou fazer. Somos o suficientemente jovens e estamos prontos para fazer qualquer coisa", disse o cantor.
sábado, 5 de novembro de 2011
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 404
EDIÇÃO COMEMORATIVA DO 8º ANIVERSÁRIO
1) ALICE IN CHAINS – MAN IN THE BOX
2) VERVE – BITTERSWEET SYMPHONY
3) RAIMUNDOS – EU QUERO VER O OCO
4) NEVILTON – TEMPOS DE MARACUJÁ
5) SUPERGUIDIS – AINDA SEM NOME
6) AEROSMITH – SAME OLD SONG AND DANCE
7) NIRVANA – IN BLOOM
8) AC/DC – HARD AS A ROCK
9) ULTRAJE A RIGOR – MAURO BUNDINHA
10) TOM ZÉ – JIMMY RENDA-SE
11) VANGUART – SE TIVER QUE SER NA BALA VAI
12) UNDERTONES – TEENAGE KICKS
13) STROKES – BARELY LEGAL
14) LOU REED & METALLICA – ICED HONEY
15) MARILYN MANSON – SWEET DREAMS
16) LOBÃO – A QUEDA
17) CAETANO VELOSO – IRENE
18) CACHORRO GRANDE – QUE LOUCURA
19) JOY DIVISION – DIGITAL
20) BLACK SABBATH – PARANOID
21) BLACK LIPS – MODERN ART
22) LEGIÃO URBANA – TEMPO PERDIDO
23) FAICHECLERES – METIDA DEMAIS
24) PELEBRÓI NÃO SEI – MINI PUNK
25) ARCTIC MONKEYS – SUCK IT AND SEE
26) RAMONES – TOURING
27) PEARL JAM – STATE OF LOVE AND TRUST
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Pearl Jam abre turnê brasileira com show empolgante e cheio de hits
A banda Pearl Jam começou na noite desta quinta (3) sua turnê brasileira com show de duas horas, 26 músicas e pouca gente no estádio do Morumbi, em São Paulo.
Comemorando 20 anos de formação, o grupo liderado por Eddie Veder agitou o público e espantou o frio com uma apresentação intensa e recheada de hits.
A primeira canção da noite foi a climática "Release". Com bonitos telões em preto e branco, Veder conduziu a noite mesclando grandes sucessos e músicas menos conhecidas da banda.
Ganhou o público já na terceira música, "Why Go", em que deitou no palco, uma das muitas demonstrações de um vocalista tido quase como messiânico.
Antes de "Even Flow", um dos maiores hits do Pearl Jam, Veder arriscou algumas frases em bom português. Disse que eles estavam "felices" (sic) de voltar ao Brasil. "Obrigado por nos trazer de volta", afirmou. A banda se apresentou no Brasil em 2005.
Entre os sucessos apresentados pelo Pearl Jam estiveram "Daughter", "Save You" em versão bem suja e "Do the Evolution".
A última música antes do primeiro bis foi a bonita e empolgante "Porch". Na volta, mandaram "Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town", cantada em coro pelo público. Depois, só com o violão, Vedder emocionou com "Just Breathe".
"Nossa primeira vez no Brasil foi há dez anos, com os Ramones", disse Veder em português. Dedicou, então, a linda "Come Back" ao grupo, emendando cover de "I Believe in Miracles".
Antes do segundo intervalo, ainda tocaram uma versão muito longa de "Alive".
Já com telão colorido, Veder fez muito marmanjo chorar com uma versão emocionada do hit-fossa "Black", seguida de "Better Man".
Simpático, elogiou o público brasileiro e afirmou que, nos shows do Pearl Jam nos Estados Unidos e na Europa, a bandeira brasileira está sempre presente.
Cantou, então, "Rearviewmirror", fechando a bonita apresentação com cover de "Rockin' in the Free World", de Neil Young.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Lou Reed diz que fãs do Metallica ameaçam atirar nele depois do lançamento de "Lulu"
Lou Reed anda preocupado diante das reações a "Lulu", o álbum que ele gravou com o Metallica. Em entrevista ao USA Today, o roqueiro novaiorquino disse que fãs da banda de heavy metal o culparam pelo resultado da parceria - lançado no dia 31 de outubro, o disco tem recebido críticas negativas em escala mundial. "Eles estão ameaçando atirar em mim. Nem sequer ouviram o álbum, mas já estão recomendando várias formas de tortura e morte", disse o cantor.
Apesar disso, o cantor de 69 anos garante que pouco se importou com as reações do público. "Eu não tenho fãs mesmo. Depois de 'Metal machine music' (controverso álbum lançado por ele em 1975) todos fugiram. E quem liga para isso? Eu estou nessa pela diversão", afirmou.
Reed admitiu que a recepção ao disco não foi lá das melhores - o que não quer dizer que ele tenha encerrado desta forma a parceria com seus "irmãos de sangue metaleiros" do Metallica. "Ninguém quer um 'Lulu parte 2', mas na Radio Lou, na minha cabeça, onde eu ouço estas músicas, eu quero mais disso", provocou o artista, que na próxima terça-feira fará uma aparição com o Metallica no programa "Later... with Jools Holland".
Mais sensível, Lars Ulrich, o baterista do Metallica, parece ter ficado com o que julga incompreeensão com a obra, arrasada generosamente em sites especializados em música, blogs de fãs e redes sociais em geral. O músico conclamou os fãs da banda a abrirem seus ouvidos para "Lulu". "É algo que eles nunca ouviram antes. Ninguém ouve ritmos ou escreve poesia do jeito que Lou faz. Sei que não é para todos, mas eu penso que é um disco fantástico", disse.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Baixe coletânea comemorativa do Gorillaz
Todos os singles lançados entre 2001 e 2011 reunidos!
FAIXAS:
01. Tomorrow Comes Today
02. Clint Eastwood
03. 19-2000
04. Rock The House
05. Feel Good Inc
06. DARE
07. Dirty Harry
08. Kids With Guns
09. El Manana
10. Stylo
11. Superfast Jellyfish
12. On Melancholy Hill
13. Doncamatic
14. Clint Eastwood (Ed Case And Sweetie Irie Refix)
15. 19-2000 (Soulchild Remix)
LINK:
http://www.multiupload.com/0YRX4AFXRI
Baixe "The Smile Sessions", dos Beach Boys
CD 1
1 Our Prayer
2 Gee
3 Heroes and Villains
4 Do You Like Worms (Roll Plymouth Rock)
5 I’m in Great Shape
6 Barnyard
7 My Only Sunshine (The Old Master Painter / You Are My Sunshine)
8 Cabin Essence
9 Wonderful
10 Look (Song for Children)
11 Child Is Father of the Man
12 Surf’s Up
13 I Wanna Be Around / Workshop
14 Vega-Tables
15 Holidays
16 Wind Chimes 3:06
17 The Elements: Fire (Mrs. O’Leary’s Cow)
18 Love to Say Da Da
19 Good Vibrations
Bonus tracks
20 You’re Welcome
21 Heroes and Villains (Stereo Mix)
22 Heroes and Villains Sections (Stereo Mix)
23 Vega-Tables Demo
24 He Gives Speeches
25 Smile Backing Vocals Montage
26 Surf’s Up 1967 (Solo Version)
27 Psycodelic Sounds: Brian Falls Into a Piano
CD 2
1 Our Prayer “Dialog” (9/19/66)
2 Heroes and Villains: Part 1
3 Heroes and Villains: Part 2
4 Heroes and Villains: Children Were Raised (1/27/67)
5 Heroes and Villains: Prelude to Fade (2/15/67)
6 My Only Sunshine (11/14/66)
7 Cabin Essence (10/3/66)
8 Surf’s Up: 1st Movement (11/4/66)
9 Surf’s Up: Piano Demo (12/15/66)
10 Vega-Tables: Fade (4/12/67)
11 The Elements: Fire Session (11/28/66)
12 Cool, Cool Water (Version 2) (10/26-10/29/67)
13 Good Vibrations Session Highlights
LINK:
http://www.filesonic.com/file/2820160805/tbb_tss.rar
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