"Se as crianças não forem expostas a música estranha, elas podem muito bem crescer, ir à escola, arrumar empregos, ter filhos... e morrer! Sem nunca terem experimentado a loucura! Isso é muito perigoso!" - LUX INTERIOR
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Vote nos Parafernálias!
AE GALERA, ESTA CHEGANDO AO FIM AS VOTAÇÕES DO FESTIVAL...
QUEM NAO VOTOU, PODE VOATAR AINDA ATÉ QUINTA-FEIRA (30/09).
ENVIE ESTE E-MAIL PARA SUA REDE DE CONTATOS PEDINDO O VOTO.
JÁ QUE ESTAMOS EM RITMO DE VOTAÇÃO... MAS ESSA É BEM DIFERENTE!!!
PRECISAMOS DO SEU VOTO PARA ESTARMOS ENTRE OS 12. VAMOS LÁ... VAMO, VAMO PARAFERNALICOS (PLAGIANDO A TORCIDA COLORADA).
SEGUE ANEXO O LINK!!!
http://abarata.com.br/adm/enquete/default.asp
ABRAÇOS PARAFERNÁLICOS...
Pavement ao vivo: baixe agora!!!
Dando sequência à babação de ovo em cima do Pavement, ontem achei um mini-tesourinho: uma gravação pirata com áudio de alta qualidade do primeiro show desta nova fase da banda. Gravada na Nova Zelândia em 1º de março deste ano, foi a primeira apresentação em dez anos. Além do áudio perfeito, pode ficar ainda mais contente porque são "só" 25 músicas!!! Na foto, o cartaz do show pra vocês verem que eu não estou mentindo.
LINK:
http://rapidshare.com/#!download|806|361627452|Pavement_-_Town_Hall__Auckland__New_Zealand_01-03-2010.rar|131027
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Nada destrói uma banda como a vida na estrada
Por ANDRÉ BARCINSKI
Acabei de ver “Tell Me Do You Miss Me’, um ótimo documentário sobre os últimos dias de uma ótima banda, o Luna (foto).
O Luna foi o projeto que Dean Warehem criou logo depois de acabar com o Galaxie 500, um trio lo-fi que fez história com um pop etéreo, que influenciou não só a distorção do My Bloody Valentine quanto as melodias sessentistas do Teenage Fanclub.
O Luna era uma grande banda. “Penthouse”, de 1995, é o maior disco deles, e um que ainda ouço de cabo a rabo. Coisa fina.
Dean Wareham e o Luna estiveram no Brasil em 2001. Acabaram sendo entrevistados e tocaram ao vivo no Garagem, o programa que apresento com meu amigo Paulo Cesar Martin.
“Tell Me Do You Miss Me” mostra os últimos seis meses da carreira do Luna, desde o momento em que a banda anuncia sua última turnê.
É um caso raro de documentário sobre rock que não tenta glamourizar a vida na estrada, mas que mostra a pura verdade: o que mata bandas, mais que brigas ou desentendimentos, são as turnês.
O Luna nunca fez grande sucesso. Tem fãs em todos os lugares, mas nunca passou de uma banda média, em termos de popularidade. Nos Estados Unidos, tocava para 300, 400 pessoas. Nas cidades maiores, podia chegar a uns 800.
E a vida para essas bandas não é fácil: viajar de van por oito horas de uma cidade a outra, no meio de tempestades de neve; comer em lanchonetes horríveis numa estradinha perdida em algum fim de mundo qualquer; montar seu próprio equipamento e desmontar tudo depois do show, só para entrar na mesma van apertada e pegar mais oito horas de estrada.
Quando o Luna chega para shows no Japão, logo antevemos cenas de histeria em aeroportos e fãs correndo atrás da banda.
Nada disso. Os quatro aparecem dormindo no saguão de um hotel meia boca, exaustos. Depois, carregam os equipamentos e vão para a passagem de som – de metrô!
É o suficiente para deixar qualquer um maluco. Especialmente pessoas como estas, que têm uma vida fora da banda, que gostam de ler, de ir ao cinema, que têm filhos, esposas e ex-esposas.
“Tell Me Do You Miss Me” é como a própria música do Luna: um filme calmo e reflexivo, que consegue passar sua mensagem sem apelar para táticas de choque.
No fim, você fica chateado pelo fim da banda, que é melhor que 99% das porcarias que o Pitchfork anuncia todo dia. Mas estranhamente aliviado por ver que essas pessoas estão livres do martírio da estrada.
FONTE:
http://andrebarcinski.folha.blog.uol.com.br/
Neil Young lança disco minimalista e tem esquisitices contadas em biografia
Por ANDRÉ BARCINSKI
"Pense em mim como aquele que você nunca entendeu", canta Neil Young em "Powderfinger" (1979). A frase o define: um artista imprevisível que parece sempre contrariar o senso comum. Nunca se sabe o que fará ou por que faz certas coisas.
Nesta semana, saiu nos Estados Unidos "Le Noise", o mais recente disco de Young. Contando os LPs da carreira solo e os gravados com Buffalo Springfield e Crosby, Stills, Nash & Young, ele já lançou perto de 60 discos. "Le Noise" é, certamente, um dos mais estranhos.
É um álbum radical e anticomercial, o que não é novidade para quem já foi processado pela própria gravadora por ser anticomercial.
Ele parece gostar de confundir todos. Inclusive os fãs.
A prova são os "Neil Young Archives" (sem previsão para chegar ao Brasil), um empreendimento tão monumental quanto confuso. São tantos títulos e tão grande a confusão de datas e informações que até o colecionador mais obsessivo tem dificuldade em acompanhar.
A "Performance Series", por exemplo, uma série de gravações de shows, chegou às lojas pelo volume 2, seguido pelos números 3, zero e 12. Ninguém sabe quando sairão os outros.
Em 2003, ele finalmente permitiu o lançamento em CD de "On the Beach" (1974) --já esgotado no Brasil. Por que deixou uma de suas obras-primas inédita em CD por quase 20 anos, ninguém sabe. E Neil não explica.
Assim como não explica por que relança agora, sem faixas extras, os quatro primeiros álbuns solo: "Neil Young" (1968), "After the Goldrush" (1970), "Everybody Knows This Is Nowhere" (1969) e "Harvest" (1972).
Ninguém entendeu também por que, depois de autorizar o jornalista Jimmy McDonough a escrever sua biografia e passar quase seis anos sendo entrevistado, resolveu cancelar o projeto.
Mas essa ele perdeu: McDonough processou-o e conseguiu publicar "Shakey" (Anchor, US$ 13 na Amazon, 786 págs.). O livro relata, em minúcias, todas as esquisitices de Young.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/806138-neil-young-lanca-disco-minimalista-e-tem-esquisitices-contadas-em-biografia.shtml
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Dias nublados me fazem lembrar de Sigur Ros
Trilha sonora para ET, som glacial, música esquisita pra caramba! Dias nublados me fazem lembra do Sigur Ros. São lá da gélida Islândia. Não dá pra entender nada do que cantam (dê uma olhada no nome das músicas), mas é bonito pra caralho. Baixe o disco "Ágætis Byrjun" (1999) e compreenda o que estou falando:
TRACKLIST:
01 Intro
02 Svefn-g-englar
03 Starálfur
04 Flugufrelsarinn
05 Ný Batterí
06 Hjartað Hamast (bamm bamm bamm)
07 Viðrar Vel Til Loftárása
08 Olsen Olsen
09 Ágætis Byrjun
10 Avalon
LINK:
http://www.megaupload.com/?d=ORIVMY7A
Sóbrio e solteiro, Ron Wood volta à carreira solo
Por DEAN GOODMAN
Os Rolling Stones jamais vão sofrer do medo de serem esquecidos enquanto contarem com Ron Wood para manter a banda britânica em evidência nos tabloides.
O guitarrista, de 63 anos, brinda os Stones com sua dose de alegria desde 1975 --o que muitas vezes ajuda a dissipar tensões entre os irritadiços Mick Jagger e Keith Richards.
Mas, como já faz três anos que a banda não cai na estrada, Wood resolveu levar seus talentos para outras áreas: foi flagrado com uma adolescente russa, se divorciou da segunda mulher, sofreu uma recaída no álcool e nas drogas e teve vários outros envolvimentos com mocinhas mais jovens --tudo devidamente registrado pela mídia.
Não só isso, como também achou tempo para gravar o sétimo álbum da sua carreira solo, um a mais do que a soma de Jagger e Richards.
"I Feel Like Playing", seu primeiro trabalho individual em nove anos, sai na terça-feira pelo selo Eagle Entertainment.
Desnecessário dizer que a gravação foi uma benvinda distração, e também uma válvula de escape emocional.
"Eu não sabia bem o que eu queria dizer, mas sabia que não havia enfraquecido sob a tensão de sair de casa e começar uma nova vida já numa idade tão avançada", disse ele à Reuters, rindo amargamente, numa recente entrevista.
Ele considera que o álbum é uma celebração do que ele chama de sua "recém-descoberta liberdade" como homem solteiro.
"Acho que a liberdade é a palavra operacional aí. Passei tantos anos sob pressão que realmente não estava pensando por conta própria. Estavam pensando tudo por mim."
Talvez por isso sua carreira tenha tantas vezes sido surpreendida pelo alcoolismo e por decisões financeiras erradas, o que obrigou suas esposas e seus agentes a arrumarem toda a confusão que ele deixava.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/805563-sobrio-e-solteiro-ron-wood-volta-a-carreira-solo.shtml
LINK PARA DOWNLOAD:
http://hotfile.com/dl/71688302/5481915/RW-IFLP.rar.html
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
The Name: excelente trio de pós-punk de Sorocaba
Não conhecia. Estava perdendo tempo. The Name é um ótimo trio de pós-punk, nascido em Sorocaba (SP). Vi um clip fim de semana na VH1. Fui atrás, achando que era gringo. Lembra Rapture, só que é BEEEEM melhor! Lançaram alguns singles e esse EP, que é do começo do ano passado, chamado "Assonance". Vale a pena BAIXAR.
LINK:
http://www.mediafire.com/?yufy2uoiymt
SITE:
www.thenamemusic.com/
Por uma lei municipal de incentivo à cultura
A banda rondonense Hell Bullet (www.myspace.com/hellbullethrash) está conseguindo uma façanha e tanto. Andando com as próprias pernas e levando tudo no peito e na raça estão conseguindo uma projeção inimaginável no Brasil em se tratando de um grupo que se propõe a fazer thrash metal em uma cidade onde não existe praticamente nenhum público e muito menos apoio para eventos musicais que estejam fora da linha bailão e dupla sertaneja.
Com um disquinho de apenas quatro faixas lançado em 2008 e gravado com grana do próprio bolso, resolveram divulgar o seu trabalho principalmente na internet. Colheram os frutos vendendo algumas centenas de CDs e alcançando alguns milhares de downloads gratuitos. Depois, seguiram-se alguns shows por alguns Estados brasileiros.
Mas, as surpresas continuaram. Comprovando a qualidade do trabalho, o Hell Bullet teve o seu disco, chamado “Kill for Beer”, lançado em CD na Rússia e depois houve outro lançamento em fita K-7 na Tailândia. E, agora, o disco acaba de ser lançado na Hungria em vinil de 7 polegadas. Tudo em edições limitadas, coisa rara, de colecionador. Vende que é uma beleza!
Formado pelos irmãos rondonenses Jeca (baixo e vocal) e Rodrigo (bateria) e pelos guitarristas Chuck e Tonho, o Hell Bullet pretende gravar um novo disco este ano. Pelo jeito, tudo de novo no peito e na raça.
A trajetória do Hell Bullet me faz pensar mais uma vez em por que não existe um incentivo público maior do município para os artistas rondonenses, gente que faz das tripas coração e tem um reconhecimento praticamente zero da nossa comunidade. Experiências de outros municípios mostram que é possível, através de uma lei de incentivo à cultura, publicar livros, gravar discos, promover mostras de pintura, fomentar grupos profissionais de teatro e muito mais. Seria uma ajuda e tanto para quem tem coragem e talento para ser artista, sem com isso nem chegar perto de comprometer o orçamento público.
Eventos como o Miss Rondon (que por sinal este ano esteve muito bem organizado), apresentações de danças folclóricas e desfiles cívicos são importantes para o município. Mas, temos condições e devemos fazer mais pela nossa área cultural. Marechal Cândido Rondon precisa e os artistas rondonenses merecem...
"A marvada pinga que me atrapaia"
O Stone Temple Pilots anunciou que irá adiar a sua turnê norte-americana. Segundo o site "NME", a sequência de dez shows que terá início no Texas foi transferida para outubro.
A mudança nas datas das apresentações foi anunciada depois que o vocalista Scott Weiland contou aos fãs que terá que tirar algum tempo para tratar seus problemas de dependência química.
"Eu voltei a beber. Eu me divorciei da minha mulher e meu mundo simplesmente está de cabeça para baixo. Então eu vou cuidar de mim mesmo", declarou Weiland durante apresentação em 19 de setembro.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/804945-stone-temple-pilots-adia-turne-para-vocalista-largar-alcool.shtml
domingo, 26 de setembro de 2010
Pato Fu: Música de Brinquedo
Mineirinhos lançam disco de covers gravado com instrumentos de brinquedo...
LINK:
http://www.easy-share.com/1911837546/1911837546
TRACKLIST:
1.Primavera (vai Chuva)
2. Sonífera Ilha
3. Rock And Roll Lullaby
4. Frevo Mulher
5. Ovelha Negra
6. Todos São Surdos
7. Live And Let Die
8. Pelo Interfone
9. Twiggy Twiggy
10. My Girl
11. Ska
12. Love Me Tender
sábado, 25 de setembro de 2010
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 347
1) STONE TEMPLE PILOTS – BETWEEN THE LINES
2) STEREOPHONICS – THE BARTENDER AND THE THIEF
3) NEVILTON – VITORIOSO ADORMECIDO
4) PELEBRÓI NÃO SEI – MAIS UM BLÁ BLÁ
5) AC/DC – WAR MACHINE
6) LINKIN PARK – NEW DIVIDE
7) BEATALLICA – GARAGE DAYS NITE
8) RAIMUNDOS – O PÃO DA MINHA PRIMA
9) TITÃS – TUDO EM DIA
10) MORDIDA – TOKYO
11) THE HIVES – YOU GOT IT ALL
12) BELLE AND SEBASTIAN – COME ON SISTER
13) THE DOORS – LOVE STREET
14) GEORGE HARRISON – MY SWEET LORD
15) CARTOLAS – PARTIDO EM FRANJA
16) FAICHECLERES – ISSO NÃO É TÃO MAL ASSIM
17) ROLLING STONES – ROCKS OFF
18) NIRVANA – MOLLY’S LIPS (LIVE)
19) SUPERGUIDIS – MALEVOLOSIDADE
Le Noise: novo disco de Neil Young
Próximo aos 70 anos de idade e Neil Young ainda consegue compor músicas como estas de "Le Noise". Digam o que disserem, o que importa é que Neil Young é um dos maiores rockers em todos os tempos!
LINK:
http://www.portaldomp3.com/2010/09/baixar-cd-neil-young-le-noise-2010/
TRACKLIST:
1. Walk With Me
2. Sign Of Love
3. Someone’s Gonna Rescue You
4. Love And War
5. Angry World
6. Hitchhiker
7. Peaceful Vally Boulevard
8. Rumblin’
Carl Barat
Em entrevista ao semanário britânico NME, o vocalista do LIBERTINES, Carl Barat, revelou que sua antiga banda, a DIRTY PRETTY THINGS, acabou por que ele estava em uma "zona de conforto" em função do excesso de álcool e drogas. A informação é do Terra.
"Eu me vi numa situação que só pode ser descrita como uma zona de conforto. Jaqueta de couro, jeans justo, garrafa de uísque, coca, sabendo que eu podia tocar algumas músicas do Libertines e Bang Bang You're Dead para uma audiência cada vez menor e mais desapontada", contou Barat à publicação. O vocalista também afirmou que fazer seu disco solo e escrever o livro "Threepenny" foi a sua volta por cima: "A banda acabou bem antes de eu saber que ia fazer o disco solo. Agora, sair desta zona de conforto, escrever esse álbum, escrever esse livro, me proporcionou uma forma de catarse".
O LIBERTINES deve lançar um novo álbum de estúdio em 2011.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Built to Spill
Já que essa semana eu falei do Pavement, então não podia deixar passar em branco o Built To Spill, espécie de primo pobre da banda de Stephen Malkmus.
Ícone dos anos 90 (e em grande fase ainda nos dias de hoje!), o Built to Spill teve culhões de sair do independente e gravar pela Warner, gravadora onde cometeu o seu melhor trabalho "Keep it like a secret" (1999), e na sequência lançar um "Live" totalmente fora dos padrões de qualquer major: apenas nove músicas sendo nenhum hit e duas canções de 20 minutos cada (uma é um cover de "Cortez The Killer", do Neil Young)!!!
Abaixo link pra download de "Keep It Like A Secret". Combinamos assim: você baixa esse e corre atrás dos outros depois. O último a baixar é a mulher da padre!
LINK:
http://www.megaupload.com/?d=jgl585qp
Ao vivo em 1978
1. Rockaway Beach
2. Teenage Labotomy
3. Blitzkrieg Bop
4. I Wanna Be Well
5. Glad To See You Go
6. Gimme Gimme Shock Treatment
7. You're Gonna Kill That Girl
8. I Don't Care
9. Sheena Is A Punk Rocker
10. Havana Affair
11. Here Today, Gone Tomorrow
12. Surfin Bird
13. Cretin Hop
14. Listen To My Heart
15. California Sun
16. I Don't Wanna Walk Around With You
17. Pinhead
18. Do You Want To Dance
19. Chainsaw
20. Today Your Love, Tomorrow The World
21. Now I Wanna Be A Good Boy
22. Suzy Is A Headbanger
23. Let's Dance
24. Oh Oh I Love Her So
25. Now I Wanna Sniff Some Glue
26. We're A Happy Family
LINK:
http://rs543.rapidshare.com/files/283296223/RAM203LAP20G_ANGUS77.rar
Bob Dylan clandestino
A incrível história do “álbum perdido” de Dylan, as lendas em torno dele e como The Great White Wonder inventou o mercado de discos piratas
Por Alexandre Matias
“Consideramos o lançamento deste disco um abuso da integridade de um grande artista. Ao publicar material sem o conhecimento ou a aprovação de Bob Dylan ou da Columbia Records, os vendedores deste disco estão privando grosseiramente um grande artista da oportunidade de aperfeiçoar sua performance até onde ele crê em sua integridade e validade. Eles difamam o artista e fraudam seus admiradores ao mesmo tempo. Por estas razões, a Columbia, em conjunto com os advogados de Bob Dylan, seguirá todos os procedimentos legais para interromper a distribuição e a venda deste álbum.”
Tarde demais. A nota divulgada pela gravadora de Dylan em setembro de 1969 sobre a existência de um disco chamado The Great White Wonder veio registrar, nos autos da própria indústria fonográfica, a existência de um registro sonoro inédito que começava a ganhar dimensões improváveis para o que deveria ser uma mera produção caseira. Vendido na casa dos milhares, o vinil duplo trazia dois momentos distintos de Dylan (doze canções gravadas em um hotel em 1961 e outras nove faixas de baixa qualidade acompanhado da mesma banda com quem excursionava, em 1967) e surgia imponente como aquilo que o editor da Rolling Stone, Jann Wenner, chamara de “o disco perdido de Bob Dylan”, na capa da edição de 22 de junho de 1968. Na matéria, eram descritas treze canções que circulavam por meios alternativos, que comporiam um próximo álbum do contratado da Columbia Records. “O conceito de um disco coeso já está presente”, escreveu, antes de clamar: “A fita do porão de Dylan precisa ser lançada.”
“Havia uma enorme demanda por Dylan e ele não lançava nada”, me explica Greil Marcus, uma das principais autoridades sobre o músico norte-americano. “Naquela época, um artista de seu porte não lançar nada por seis meses era algo improvável - que dizer do período de um ano e meio entre Blonde on Blonde (1966) and John Wesley Harding (1968). Neste sentido, os piratas preencheram a lacuna. Como aconteceu, haviam tantos lançamentos - sobras de estúdio, shows, músicas que nunca foram lançadas etc. - que constituem toda uma carreira à sombra - que Robert Polio recentemente construiu no livro Tin House”.
Em menos de um ano, The Great White Wonder veio à tona; as primeiras cópias eram vendidas em Los Angeles e logo se replicaram pelo mundo. Mais do que compartilhar com o grande público gravações que já eram conhecidas dentro da metiê fonográfico, o LP é o primeiro passo em uma história que todo fã de música pop adora: o disco pirata. Uma história em que o próprio Bob Dylan é um de seus principais protagonistas.
Like a Rolling Stone
Volte no tempo cinco anos e encontre Bob Dylan no auge de sua carreira. Mais do que se enamorar pelo rock’n’roll, o antigo garoto-prodígio da cena folk e a então voz de sua geração viu na combinação barulhenta de country e rhythm’n’blues em instrumentos elétricos uma capacidade de comunicação mais instantânea e mais ampla do que o beco sem saída das ladainhas ao violão que andava metido. O rock se tornava a nova música popular, o novo som das ruas. Ele reconhecia a reverência que a geração da Invasão Britânica fazia aos grandes nomes do rádio norte-americano dos anos 50 – não à toa, batizou um disco de Bringing it All Back Home (”Trazendo Tudo de Volta pra Casa”).
“Os Beatles estavam fazendo o que mais ninguém fazia”, disse Dylan em 1971 a um de seus biógrafos, Anthony Scaduto. “Os acordes eram ultrajantes e suas harmonias vocais validavam tudo. Você só pode fazer isso com outros músicos. Foi quando comecei a pensar em trabalhar com outras pessoas. Todo mundo pensava que os Beatles eram pra adolescentes, que logo iam passar. Pra mim, eles tinham chegado pra ficar. Sabia que eles apontavam o rumo que a música devia seguir.”
Desde o primeiro momento em que optou pelo rock, não havia meio-termo – tanto que sua “conversão” elétrica foi em alto e bom som no Newport Folk Festival. Dylan subiu no palco no dia 24 de junho de 1964 ao lado do tecladista Al Kooper e da Blues Band de Paul Butterfield, os mesmos músicos com quem, havia pouco mais de uma semana, gravara o hino “Like a Rolling Stone”. O single chegou às paradas no mesmo dia em que Dylan encerraria o evento. Ele foi chamado ao palco com entusiasmo pelo cantor Pete Seeger, um dos organizadores, o mesmo que dali a pouco tentaria cortar o cabo de eletricidade com um machado quando a banda de Dylan começou a tocar “Maggie’s Farm”.
Era guerra. Chamou os canadenses dos Hawks para ser sua banda e juntos cruzaram 1965 e 1966 na famosa turnê. Na primeira metade do show, Dylan tocava sozinho seu violão; na segunda parte, vinha com a banda e presenteava o público com uma descarga musical bruta e agressiva. A resposta vinha em forma de vaias.
O choque foi intenso para a banda, formada pelo guitarrista Robbie Robertson, o pianista Richard Manuel, o baixista Rick Danko, o organista Garth Hudson e o baterista Levon Helm – tanto que este pediu as contas em novembro de 65, pois não suportava mais ser vaiado. Acostumada a tocar em pequenos pardieiros, a banda era atirada às mais reputadas salas de espetáculo do mundo, do Hollywood Bowl ao Royal Albert Hall, secundando um dos principais artistas jovens da época, e ainda por cima para ser agredida pela platéia. Que, por sua vez, pagava para vaiar.
Se a banda estava chocada, o mesmo não parecia acontecer com Dylan. Desafiava o público, os fãs, os jornalistas e quem mais se colocasse entre ele sua nova música com um humor nonsense e aparente desprezo por todos. Seus discos haviam encontrado, no público de rock que aos poucos amadurecia, uma audiência maior que o conservadorismo folk. Mas aquilo parecia ter ampliado ainda mais seu papel de “voz de uma geração”. A agressividade musical parecia atrair outro tipo de agressividade. Violência gera violência. As vaias eram substituídas por xingamentos e pesadas trocas de acusação entre o cantor e a platéia, numa onda cada vez mais crescente em que a própria vida de Dylan parecia correr risco. “Olha o que eles fizeram com o Kennedy em Dallas!”, assustou-se o cantor folk Phil Ochs ao assistir ao confronto no estádio de Forest Hills, em Nova York.
Essa história é registrada magistralmente em dois dos mais importantes documentários da história do rock, Don’t Look Back do diretor D.A. Pennebaker, que acompanha o braço inglês da turnê de 1965 e foi crucial para difundir o novo Dylan para todo um planeta ainda não unificado pela TV via satélite, quando foi lançado em 1967; e No Direction Home, de Martin Scorsese.
Woodstock
Precisando descansar, Dylan comprou uma casa de campo em Woodstock, assim como seu empresário Albert Grossman, pouco antes de reiniciar a turnê americana, em 1966. Impressionados com a tranqüilidade pastoral da região, próxima de Nova York, os quatro canadenses dos Hawks (só Levon era norte-americano) mudaram-se para uma enorme casa rosa em West Saugerties, próximo à casa de Bob. Montaram seus instrumentos no apertado mas confortável porão de uma horrorosa casa rosa (a “Big Pink”), onde começaram a ensaiar com freqüência, muitas vezes acompanhados por Dylan.
Até que, no dia 30 de julho de 1966, as rádios dos Estados Unidos passaram a noticiar que Bob havia sofrido um acidente de motocicleta.
Ninguém sabe ao certo o que aconteceu e a gravidade do estado de Dylan após os freios de sua Tryumph 500 terem parado de funcionar perto de sua casa, quando foi acompanhar a mulher, Sara Lownds, que saía de carro, em uma volta pela região, no dia 29 de julho. Na época, falavam que ele estava entre a vida e a morte, que o acidente estava apenas encobrindo o fato de ter enlouquecido, que a CIA havia sabotado sua moto. Depois do acidente, Dylan se isolou: não recebia visitas, falava com os amigos por meio de um interfone e não saía mais de seu quarto.
Quando começou a fazê-lo, encontrou sua banda em outro plano. Sem bateria, tocavam mais devagar e mais baixo, sem perder a pegada rock. A atmosfera do porão dava uma estranha vida ao local e som ecoava por mais tempo, como uma velha transmissão de radio. O lugar combinava com o som que lembrava em sua reclusão, som de infância, entre o blues e a música folk, de artistas anônimos e trovadores atordoados. À medida em que se recuperava, voltou a tocar com a banda, que não tinha mais nome. Eram apenas “The Band”.
Puseram o gravador para funcionar e em abril de 1967 começaram os históricos registros. Poucos instrumentos, tocados informalmente, entre tentativas e risadas, eram o centro dessa viagem ao passado em que nem Dylan nem a Band, podiam saber, conjurou espíritos de diferentes eras do som gravado nos EUA. Os cinco se tornavam um conjunto vocal, a princípio parodiando cantores antigos com vozes cômicas que, pouco a pouco, ganhavam um novo significado. Compunham músicas com se estivessem apenas tentando lembrar delas, numa jam session espiritual de retorno à infância de suas musicalidades. Ao comparar o som do porão ao de um laboratório, o Greil Marcus ouviu algo bem diferente de Robbie Robertson: “Não”, disse o guitarrista no livro Invisible Republic. “Aquilo era uma conspiração. Era como as fitas de Watergate. Pra muitas coisas, Bob dizia ‘devíamos destruir isso!’.”
Quatorze dessas faixas foram transformadas em discos de acetato por Albert Grossman. Dylan não tinha a intenção de lançar aquelas gravações, mas aproveitou para oferece-las a outros intérpretes. “Quinn the Eskimo” foi para Manfred Mann; “You Ain’t Goin’ Nowhere” para os Byrds; “This Wheel’s on Fire” caiu com Julie Driscoll, Brian Auger & the Trinity; “Too Much of Nothing” ficou com Peter, Paul & Mary. Cada artista que registrava algo daquele misterioso material dava dimensões ainda maiores às versões originais, como se elas encobrissem algum segredo.
O segredo, na verdade, eram as próprias fitas – já então apelidadas com seu nome clássico de “basement tapes” (”fitas do porão”). Dylan, aos poucos, voltava à carreira via country (o disco John Wesley Harding, gravado em Nashville, e na aparição no show em tributo a Woody Guthrie no Carniege Hall, em janeiro de 1968). Ao mesmo tempo, cópias daquele acetato circulavam entre artistas, jornalistas, fãs e empresários, revelando a música que Bob Dylan vinha fazendo quando virou as costas para o Verão do Amor. Reuniu-se com os amigos e voltou para o passado, num clima de convivência mais honesto e intenso que o sexo desesperado do amor livre, a piração ablué das drogas psicodélicas ou o ruído estridente do rock’n'roll. Eram apenas amigos fazendo música. Folk, direitos civis, psicodelia – estava cansado de pegar carona na onda dos outros.
Com as “fitas do porão”, era a vez dos outros seguirem sua onda. E foi assim que os Rolling Stones saíram do abismo paz e amor onde nunca deveriam ter ido, exilados uma chácara no interior de São Paulo, no Brasil, para compor seu disco mais “raiz”, Beggar’s Banquet, ouvindo as basement tapes sem parar. Nos Beatles, foi George Harrison quem deu a dica de Dylan e fez Paul McCartney bolar o conceito do disco Get Back, em que o grupo voltaria a descobrir o prazer de estar junto tocando músicas velhas – um projeto que deu errado, acelerou o fim da banda, e culminou nos disco e filme de mesmo nome, Let it Be. A música country era reavaliada e tinha sua importância ressarcida. Woodstock tornou-se o palco para o megafestival e sinônimo de todo aquele sentimento. Uma saída melancólica mas digna para a autodestrutiva psicodelia, já em rota de colisão, as basement tapes foram uma espécie de amuleto para a passagem dos anos 60 para os 70.
The Basement Tapes
Daí que em 1969 veio The Great White Wonder, dali a pouco Troubled Troubador, Waters of Oblivion e vários outros discos piratas, que ampliavam ainda mais o número de músicas do porão – das 14 originais foram para 23 em 1975, o ano em que a Columbia oficializar o disco, com todas as faixas (24! Uma única faixa desconhecida dos fãs, “Goin’ to Acapulco”, indicava que ainda havia mais a se descobrir) num mesmo volume. Mas a gravadora não gostou do som das fitas e fez a Band regravar algumas partes, descaracterizando-as. Oficializado, The Basement Tapes chegou aos dez discos mais vendidos na semana de seu lançamento: “Eu pensava que todo mundo já tivesse essas músicas!”, disse Dylan, surpreso.
Contudo, duas novas coletâneas piratas Blind Boy Grundy & the Hawks volumes 1 e 2 (o título vem dos nomes que Dylan e a Band usavam antes de serem conhecidos), só com faixas inéditas foram lançadas logo após o disco da Columbia, ampliando ainda as basement tapes. No livro Bootleg: The Secret History of Rock and Roll, o escritor Clinton Heylin localiza a origem deste segundo lote quando um amigo de Robbie Robertson deu uma série de fitas a uma loja no noroeste americano. Um terceiro lote de fitas seria encontrado e todas as gravações conhecidas das basement tapes seriam compiladas numa caixa de cinco CDs de 1990 – que melhoraram edição após edição até chegar ao box A Tree With Roots, de 2001.
A quantidade de artigos da pirataria Dylan o torna o artista mais lançado extra-oficialmente do mundo – até mais que os Beatles, pois eles terminaram em 1970. Só a existência de Jewels and Binoculars, uma única caixa com 26 CDs dedicadas a seus shows em um ano (1966, da gravadora Vigotone) já deveria servir como prova disso. Ele também contribui, produzindo mais do que pode lançar, trocando versões matadoras por faixas fracas em cima da hora, refazendo discos sem pestanejar. Tanto que começou a desovar este material em coletâneas oficias, como na Biography, em que comenta sobre a pirataria no encarte: “Eles tem coisas que se faz em uma cabine telefônica. Quando não tem ninguém por perto. Você num motel, sozinho, não conhece ninguém e… É como se o telefone estivesse grampeado… Aí aparece num disco pirata. Com uma foto de você que foi tirada debaixo da sua cama e com um título meio strip-tease, custando 30 contos. E depois você pergunta porque tantos artistas são paranóicos.”
Dylan entrou pra valer no jogo quando lançou sua série pirata, em 1991. A princípio, uma caixa com três CDs cheios de relíquias para maníacos e faixas incríveis para o público em geral, as Bootleg Series já estão em seu sétimo volume (a trilha sonora de No Direction Home) e nem sinal das basement tapes oficializadas mesmo – na íntegra, sem retoques, sem remasterização moderna. Como o documentário de Scorsese termina no misterioso acidente de moto, já especula-se sobre um segundo filme, que nos levaria às profundezas do mítico porão.
“Dylan, mais do que muitas figuras públicas viveu numa nuvem de desinformação e mito, boa parte deliberadamente criada ou encorajada por ele para aumentar sua própria imagem”, me disse Howard Sounes, outro biógrafo do músico. Marcus conclui: “Eu não tenho a menor idéia do que Dylan acha disso tudo. Contudo, não fui o único a notar que seu disco de 1970, Self Portrait (Auto-retrato), era um apanhado de faixas ao vivo, sobras, versões de segunda categoria e peças inacabadas, muito parecido com o disco que o precedeu, The Great White Wonder”, conclui Marcus.
FONTE:
http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/2006/03/15/bob-dylan-clandestino.htm
R.E.M. termina de gravar novo álbum
O R.E.M. encerrou o trabalho de estúdio de seu novo álbum. Segundo o site Gigwise informou nesta quarta, 22, o 15º disco de estúdio da carreira do grupo ainda não tem um nome, mas está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2011.
De acordo com o site oficial da banda, o R.E.M. passou as últimas semanas na cidade de Nashville, Tennessee (Estados Unidos), fazendo algumas últimas gravações e a mixagem do sucessor de Accelerate (2008). O álbum, produzido por Jacknife Lee (que já trabalhou com o grupo em Live at The Olympia e Accelerate), foi gravado majoritariamente em Berlim, Alemanha, antes de ser finalizado nos Estados Unidos.
O vocalista Michael Stipe postou no último dia 10, no site do R.E.M., um vídeo que mostra a banda no estúdio de Nashville.
Mais R.E.M.
Na semana passada, o trio anunciou que chega às lojas em 26 de outubro o DVD R.E.M. Live From Austin, TX. Ele foi gravado no dia 13 de março de 2008 em uma participação da banda no Austin City Limits, o programa musical mais antigo da televisão norte-americana, veiculado pela rede PBS. A gravação traz 17 faixas tocadas por eles na performance, inclusive três que não foram mostradas na exibição original do programa.
Stone Temple Pilots adia diversos shows
Nenhuma explicação oficial foi dada, mas discurso confuso feito por Scott Weiland durante apresentação da banda é apontada como um possível motivo para a alteração na turnê.
O Stone Temple Pilots, que se reuniu em 2008 após seis anos de separação, adiou doze datas de shows da sua atual turnê. De acordo com nota publicada nesta quarta, 22, pelo site da Rolling Stone EUA, as alterações foram feitas para que a banda possa "fazer um breve intervalo".
Apesar de nenhuma razão oficial para a suspensão da turnê ter sido divulgada, a nota aponta como um possível motivo o comportamento de Scott Weiland no show realizado no último domingo,19. Na ocasião, além de a banda ter começado a tocar com uma hora de atraso, o vocalista iniciou a performance com um longo e confuso desabafo, segundo o site do semanário Houston Press. Dentre outros assuntos desconexos, ele abordou seu vício em drogas no passado, o significado do movimento grunge para ele e o fato de que voltou a beber após a morte de seu irmão em 2007.
A turnê - que já havia sido notícia anteriormente por causa das especulações de que Weiland estaria utilizando playback para se apresentar - tem tido uma venda de ingressos fraca, de acordo com o jornal El Paso Times, que aponta esta como outra possível razão para a mudança nas datas.
A pausa na maratona de shows começou na última terça, 21, quando o primeiro show desmarcado deveria ter acontecido em El Paso, Texas, e dura até 8 de outubro, quando a banda pretende voltar a subir ao palco na Flórida.
FONTE:
http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/stone-temple-pilots-adia-diversos-shows/
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
O rock brasileiro precisa morrer
Por Vladimir Cunha
Tecnicamente, o rock é um negócio limitado pra caralho. E, justamente por conta disso, ele sempre foi movido por sua capacidade de gerar possibilidades, sejam elas de fuga ou de autoafirmação. O poder mobilizador do rock não está em uma resposta consciente a uma determinada construção simbólica.
A música não arrebata ou emociona pelo seu aspecto formal e sim pelas possibilidades de criação que permite ao ouvinte. Nos últimos 50 anos, o que o rock pôde oferecer nesse sentido sempre foi mais interessante do que aquilo que ofereceu como expressão artística.
É o que explica a sua necessidade de reinvenção e conflito consigo mesmo, na qual está metido desde que, dos anos 60 em diante, gerações de músicos floresceram negando umas às outras, conflitando símbolos e pontos de vista, oferecendo aos ouvintes um ciclo contínuo de morte e renascimento.
Foi preciso que a invasão britânica fornecesse um novo ponto de vista ao rock’n’roll para que, a partir dela, todos os subestilos do rock se desenvolvessem na segunda metade dos anos 60.
E quando os códigos e paradigmas dessa mesma geração se transformaram na pretensão vazia e elitista do rock progressivo – que fornecia escapismo, mas não diversão e catarse -, surge o punk rock, pronto para criar um novo horizonte de possibilidades para os jovens sem futuro de todo o mundo.
Quando não se tem isso, trata-se apenas de música pop no seu pior sentido, um produto da indústria do entretenimento com propósito e vida útil bastante definidos.
Agora imagine que você é um garoto de 12 anos, ainda meio confuso com os pentelhos crescendo, as espinhas na cara e o súbito interesse por meninas da rua, curando com muita punheta e site de mulher pelada o fato de que todas elas o acham um Zé Mané.
Você não é mais criança, mas também não é adulto e precisa encontrar uma trilha sonora decente para esse período de turbulência. Você sintoniza uma “rádio rock” qualquer, liga a TV e ai vem a pergunta: que possibilidades de criação, revolta e catarse oferece a você o rock brasileiro dos anos 00?
Provavelmente nenhuma. Essa foi a única resposta que passou pela minha cabeça enquanto via a banda Cine lançar o clipe de Garota Radical, seu primeiro single, uma overdose de cores cítricas e penteados mirabolantes na qual os músicos são apresentados como se fossem caixas de sabão em pó.
A produção profissional e higiênica ocupa tanto espaço que não existe aqui nenhuma brecha para a criação de um novo olhar. Mas, espertamente, e por ser um produto voltado para adolescentes do sexo feminino, a imaginação foi deliberadamente substituída pela fantasia, seja ela sexual ou afetiva.
É assim que se apresenta o rock brasileiro nos anos 2000: como um veículo de satisfação imediata, que por ser baseado em regras de mercado, e não em imaginação e força criativa, não possibilita o estabelecimento de um novo paradigma ou de uma nova percepção.
NXZero, Fresno, CPM 22, Leela, Capital Inicial, Cachorro Grande… todos esses grupos apresentam-se apenas como produtos da indústria cultural e como uma caricatura de transgressão e não como proponentes de novas possibilidades de criação.
Quando o mundo é uma merda
Junho de 2008. No estúdio VIP do Mosh, um megacomplexo de estúdios de gravação na Barra Funda, em São Paulo, Marcelo Nova reclama da nova geração do rock brasileiro enquanto Marcão e Paciência – que, junto comigo, vieram gravar um depoimento do músico sobre o disco Viva!, do Camisa de Vênus, para o último episódio de 2008 do Discoteca MTV – arrumam a luz e posicionam as câmeras.
“O problema, cara”, grita Marcelo, agitado, “é que o adolescente PRECISA gritar que o mundo é uma merda porque quando você é adolescente o mundo É UMA MERDA. Mas quem quer gritar hoje em dia que o mundo é uma merda? NINGUÉM, PORRA!”
O homem não para quieto. Enquanto fala, se mexe de um lado para o outro, dando um trabalho da porra para Marcão, cada vez mais agoniado na impossibilidade de acertar a luz e a marcação das câmeras. E então dá um pulo da cadeira quando me ouve falar a palavra “emo”.
“Aí não… emo é foda. Esse negócio de emo me torra a porra do saco. Pega essas bandinhas aí… tudo com aquele cabelinho, aquele… aquele sebo no cabelo, aquela seborreia…”, diz ele de pé, gesticulando sem parar, eu dando risada, sem coragem de pôr ordem no recinto, “Levei um chifre’, ‘ai meu cu’, ‘ai não sei o quê’… porra, isso não é rock, meu filho. Isso é uma porra de SERTANEJO DISFARÇADO. PUTAQUEOPARIU!”.
Ele sabe do que está falando. Afinal, teve o ímpeto de gritar que o mundo era uma merda. E de me fazer, aos 12 anos, em 1986, criar um novo paradigma pessoal a partir das músicas que gravou com o Camisa de Vênus, aquele rock sombrio e barulhento com letras sobre estupro e morte; sobre yuppies em crise de identidade; capaz de misturar em uma mesma música marxismo, Jesus Cristo, Freud e pós-punk.
Foi por meio do Camisa de Vênus que comecei a negar o pop brasileiro dos anos 80 e me interessar pelo movimento punk – na falta de um rótulo melhor a imprensa brasileira da época associou Marcelo e companhia a bandas como The Clash e Sex Pistols. E foi o punk que me levou à new wave, ao skate, ao pós-punk, ao thrash metal e ao hardcore.
É por isso que não canso de me perguntar qual é a do rock brasileiro nos anos 2000. Acomodado nos já não tão confortáveis braços da indústria da música, cada vez mais combalida pela pirataria, ele se apresenta apenas como um acessório estético de revolta controlada, que não avança em suas proposições justamente por se conformar aos jogos de poder e mercado.
Como o pop supostamente sensível do Capital Inicial, dos anos 80, mas renascido nos anos 2000 e cada vez mais semelhante a um livro de autoajuda para adolescentes em crise, e a fantasia “sex, drugs & rock’n’roll” do Cachorro Grande, milimetricamente sujos e descuidados, como se os Rolling Stones tivessem surgido repentinamente do provador de um brechó da Benedito Calixto direto para um editorial do curso de moda da Fundação Álvares Penteado.
Ou mesmo a suposta dureza de CPM 22, Fresno e NXZero, com suas tatuagens e visual estilizado, que se confrontam com o vazio do discurso e a ausência de imaginação, abraçando como única razão de sua existência a trilha sonora de uma adolescência conformada.
Hora de voltar ao clipe do Cine. Um pop de videogame em cores berrantes como um vídeo de aeróbica da Jane Fonda. O que a banda oferece é saturação sensorial e fantasias afetivas vagas, porém em quantidade suficiente para estimular as primeiras explosões hormonais de meninas recém-saídas da infância.
É uma história de amor com começo, meio e fim, envolvendo o vocalista aloirado e a Garota Radical que empresta seu nome à música. Um telão espalha abstrações pelo cenário e a banda dá uns pulinhos como um enxame de clones de Mario Bros. E quando sobe o aviso de game over, o impacto é tão profundo quanto o de um comercial de pasta de dentes.
O fim da História
Pra mim, o rock brasileiro acabou em 1991, quando Paralamas do Sucesso e Titãs lançaram os seus piores discos até então, respectivamente Os Grãos e Tudo Ao Mesmo Tempo Agora. Logo depois, o Nirvana dominou o mundo.
Em comparação com o trio de Seattle, QUALQUER rock feito no Brasil soava anacrônico, mofado e desprovido de sentido (Sepultura corria por fora e é uma outra história). O Capital Inicial e a infame Mickey Mouse em Moscou só nós deram mais certeza de que, naquele momento, era necessário virar as costas para o país.
Foram precisos três anos, duas bandas de Pernambuco, quatro moleques de Brasília e um bando de maconheiros do Rio de Janeiro para que fosse possível confirmar a viabilidade de uma música pop genuinamente brasileira.
O mangue bit, os Raimundos e o Planet Hemp mudaram tudo ao cruzar gêneros, desafiar convenções de mercado e estabelecer um novo padrão de composição, que fugia do rock, se aproximava do rap e tinha como referência as contradições das grandes cidades brasileiras.
Suicidal Tendencies e forró, hip-hop e a malandragem da Lapa, skate e maracatu. Ídolos pop de uma linhagem suburbana, a continuação pós-moderna do imigrante que enxerga a metrópole a partir de uma perspectiva muito particular. Cabelo carapinha, pele escura e dreadlocks em choque com o arianismo gélido e encapotado do rock dos anos 80.
Mas a onda que quebraria com toda a força em 1994 recuou e se diluiu, ainda que seus respingos estejam por aí. E o ciclo de destruição pop se repete quando a música jovem feita hoje no Brasil, pelo menos a que se impõe no mainstream, surge da negação da década passada ao abraçar o rock tradicional da mesma maneira que a geração dos anos 80.
O som é californiano e o padrão estético a ser perseguido não está na periferia das cidades brasileiras e sim nos subúrbios norte-americanos; sejam eles reais, idealizados ou mesmo replicados de maneira pobre nos condomínios de São Paulo e da Barra da Tijuca.
A saída pode estar na nova eletrônica brasileira do Montage, dos tecnobregas de Belém do Pará, do Bonde do Rolê ou até mesmo na nova MPB feita pela vanguarda paulistana, liderada por Curumin, Céu, Lucas Santana e Fernando Catatau. Mas, mesmos estes, parecem pequenos e segmentados demais para fazer algum barulho fora do gueto chique da Vila Madalena.
Enquanto isso, o rock brasileiro – ou o pop, caso seja preciso usar um termo mais amplo – continua devendo uma nova possibilidade de criação e uma nova construção de significados. Só assim será possível dar vazão à vontade adolescente de gritar que o mundo é uma merda.
(*)Vladimir Cunha é jornalista e assina o blog Tudo Joia.
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FONTE:
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2010/09/21/o-rock-brasileiro-precisa-morrer/
Cansei de Ser Sexy prepara terceiro álbum
Por MARCUS PRETO
Gravando o terceiro álbum, o Cansei de Ser Sexy --ou CSS, como foi rebatizado para facilitar a pronúncia em língua inglesa-- está de volta ao Brasil. Para morar - mas não para tocar.
Com sete anos de carreira (dos quais mais de três foram vividos em Londres), a banda já fez shows em todos os cantos do mundo.
Estiveram na China, Japão, Austrália, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido, Finlândia, Portugal, etc.
Na maior parte desses países, passaram mais de uma vez. Em alguns, muitas. Mas, ironicamente, ainda esperam o momento de fazer a primeiríssima turnê aqui, no país em que nasceram.
A única apresentação brasileira da banda desde que eles "fugiram para o mundo", em 2006, aconteceu no Festival Planeta Terra de 2007. Depois, nunca mais.
"As pessoas [no Brasil] até chamam a gente, mas é pra tocar no quintal da casa de alguém --o que, a essas alturas, não dá pra fazer", diz a guitarrista Ana Resende.
É a memória do que eles foram. Até o lançamento do primeiro disco, em 2005, o Cansei era conhecido, sobretudo no circuito alternativo paulistano, por shows completamente despretensiosos, em qualquer buraco que lhes oferecesse abrigo e alguma bebida de graça.
E, dá para apostar, ainda estariam nesse esquema mambembe se não tivessem ido tentar a vida lá fora.
RONALDINHO
Ainda em 2006, arrancaram declarações entusiasmadas de importantes publicações estrangeiras como o "NME" e a "Uncut" que os chamavam de "uma das dez bandas novas mais quentes do mundo", "a coisa mais espantosa a sair do Brasil desde Ronaldinho Gaúcho".
Sob esse calor, a banda lançou em 2008 o segundo álbum, "Donkey", em quase todos aqueles países já citados nesta reportagem.
Emplacou músicas em trilhas de videogames, seriados e comerciais (ganharam uma boa grana quando "Music Is my Hot Hot Sex", do primeiro disco, foi escolhida para o lançamento mundial do iPod Touch, da Apple).
Mas, tudo isso, longe dos olhos brasileiros. Eles cresceram, mas, aqui em casa, ninguém se deu conta disso.
A baterista Carolina Parra afirma que, hoje, toda a estrutura do CSS está na Inglaterra --de cenário e equipamento a equipe. Empresário, assistente de palco, iluminador, técnico de som --"o mesmo que trabalha com o Motorhead e o AC/DC".
"A gente sabe que tudo isso é caro e vai dificultar muito a viabilização dessa primeira turnê brasileira", diz. "Mas por que aqui abriríamos mão das coisas boas que a gente conquistou e faríamos um show de qualquer jeito? Faria algum sentido?"
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/802252-cansei-de-ser-sexy-prepara-terceiro-album-e-sonha-com-turne-no-brasil.shtml
Pavement
Só para alegrar o dia... Bela foto do Pavement em ação no último dia 19, no Brooklyn (EUA). Depois de 10 anos, a banda ícone do indie rock dos 90's está de volta... e vem para o Brasil em novembro... e eu não vou ver... buááááááá... buááááááá... buáááááá...
Para marcar a volta, o Pavement lançou este ano uma coletânea com o melhor da carreira. Baixe já!
LINK:
http://www.megaupload.com/?d=AQQG3JB9
Tracklist:
01. Gold Soundz
02. Frontwards
03. Mellow Jazz Docent
04. Stereo
05. In The Mouth A Desert
06. Two States
07. Cut Your Hair
08. Shady Lane / J VS S
09. Here
10. Unfair
11. Grounded
12. Summer Babe (Winter Version)
13. Range Life
14. Date With Ikea
15. Debris Slide
16. Shoot The Singer (One Sick Verse)
17. Spit On A Stranger
18. Heaven Is A Truck
19. Trigger Cut / Wounded Kite At 17
20. Embassy Row
21. Box Elder
22. Unseen Power Of The Picket Fence
23. Fight This Generation
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Novo do Belle & Sebastian cai na rede
O lançamento estava previsto para o dia 11 de outubro, mas este final de semana caiu na rede o novo disco do Belle & Sebastian, o primeiro de inéditas em quatro anos.
A trupe escocesa, famosa pelas suas influências pop sessentistas e pelas músicas fofas está de volta em grande estilo. "Come On Sister", o primeiro single do novo álbum é boa demais.
O disco se chama "Write About Love" e é o oitavo da carreira. O tracklist é esse:
1. I Didn't See It Coming
2. Come On Sister
3. Calculating Bimbo
4. I Want The World To Stop
5. Little Lou Ugly Jack Prophet John
6. Write About Love
7. I'm Not Living In The Real World
8. Ghost Of Rockschool
9. Read The Blessed Pages
10. I Can See Your Future
11. Sunday's Pretty Icons
LINK:
http://hotfile.com/dl/70642100/e50ae48/gher09.rar.html
Paul McCartney dá depoimento sobre Ozzy Osbourne em documentário
Ninguém menos do que Paul McCartney entrou para o rol de artistas que participaram do documentário Wreckage of My Past: The Story of Ozzy Osbourne. O filme sobre a vida do "Príncipe das Trevas" foi produzido pelo filho do músico, Jack Osbourne.
Em entrevista ao programa Rock Show, da rádio londrina Xfm, na última segunda, 20, Ozzy contou como foi o momento em que Jack lhe revelou que gostaria de chamar o ex-beatle para dar um depoimento. "Eu disse a ele que Paul não teria tempo para fazer uma entrevista sobre mim, ele tem mil coisas para fazer. Jack me respondeu que já havia pedido, Paul já havia aceitado e já estava tudo filmado. Eu respondi: 'O quê?!'", relatou Ozzy, que sempre se declarou fã dos Beatles e de McCartney. Ele contou ainda que está tão empolgado para ver o resultado quanto o resto do mundo, porque seu filho não o deixa assistir ao vídeo.
A ideia por trás do documentário é tirar o estigma de maluco que o cantor ganhou na mídia depois de aparecer no reality show The Osbournes, da MTV, e mostrar o Ozzy Osbourne real, trazendo entrevistas com diversas pessoas que conviveram com ele, incluindo sua família e ex-integrantes do Black Sabbath.
Sobre a proposta, o músico comentou que o filme não poderia ser sobre "como ele é maravilhoso o tempo todo", porque ele não é assim. "Todo mundo acorda de mau humor, todo mundo é um pouco idiota às vezes e todos temos bons dias. Sou humano, sabe? Espero que Jack inclua o bom e o ruim. Um documentário sobre a minha vida é uma ótima ideia, mas para cada coisa boa existe uma ruim. Quando eu estava bebendo e usando drogas por aí acredito que não fosse o 'Senhor Encantador'", constata o cantor.
Wreckage of My Past: The Story of Ozzy Osbourne foi anunciado em 2008, e ainda não tem data oficial de lançamento.
Mais Ozzy nas telonas
Em abril deste ano, Sharon Osbourne, esposa de Ozzy, declarou que outro filme, um longa-metragem de ficção baseado
FONTE:
http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/paul-mccartney-ira-aparecer-em-documentario-sobre-ozzy-osbourne/
Vocalista do Aerosmith vai lançar single solo
O vocalista da banda Aerosmith, Steven Tyler, declarou em entrevista ao site Tokyograph que vai lançar seu primeiro single solo no dia 24 de novembro deste ano. A música, "Love Lives", será usada como tema do filme japonês "Space Battleship Yamato".
No ano passado, o vocalista ameaçou deixar o Aerosmith após uma série de brigas que tinham a ver com o seu retorno às drogas. O grupo chegou a cancelar a turnê após Tyler cair do palco e quebrar o ombro durante um show em Dakota do Sul.
No entanto, Tyler se internou em uma clínica de reabilitação e, desde que voltou à ativa, mostra que nunca esteve tão bem.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/801914-steven-tyler-vocalista-do-aerosmith-vai-lancar-single-solo.shtml
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Uma Noite em 67
Por TÚLIO BRAGANÇA
Um festival de música popular brasileira nos anos 60 era muito mais do que só canções, cantores e melodias. Com a ditadura forte como nunca por aqui, a explosão do rock lá fora (com a turma de Beatles e Rolling Stones) e o aparecimento na mesma época de tantos artistas que marcariam gerações brasileiras, Uma Noite em 67 (Videofilmes/Rede Record) foi uma baita de uma noite.
O documentário retrata todos os detalhes daquele 21 de outubro de 1967, quando a Rede Record realizou no Teatro Paramount (SP) o 3° Festival de Música Brasileira. O que era para ser um simples programa de TV, com preocupações normais com audiência e produção, acabou se tornando um marco na música brasileira.
No mesmo palco, competindo, estavam Roberto Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo, Sérgio Ricardo e Os Mutantes. O que estava em disputa não era apenas o primeiro lugar no festival, mas sim os rumos da própria música nacional.
De um lado estavam Caetano e Gil com suas ideias inovadoras e tropicalistas, usando guitarras e a força do rock. Eles batiam de frente com a turma mais conservadora e purista, que dizia que guitarra era coisa de gringo e a música brasileira não poderia ser contaminada por isso. Correndo por fora havia a turma jovem da Jovem Guarda e do iê-iê-iê e um Chico Buarque que confessa no filme ter se sentido sozinho no meio de tudo isso.
Com imagens da época misturadas aos depoimentos de hoje daqueles que participaram, Uma Noite em 67 é o retrato de uma geração musical nunca antes visto no Brasil. São detalhes, músicas, bastidores e até mesmo uma autocrítica dos músicos que ajudaram a transformar melodias e harmonias nacionais em um ícone do país em todo mundo. Desde o organizador do evento – dizendo que ele via o festival como uma novela onde era preciso ter o mocinho, o bandido, o pai da noiva – a jurados – confessando que foram idiotas por participar de uma marcha contra a guitarra elétrica – o documentário mostra todos os personagens daquela mítica noite, inclusive o público ativo e um tanto quanto intolerante não se atendo somente aos músicos.
E há também Caetano Veloso, ao violão, tentando hoje se lembrar como se tocava “Alegria, Alegria”; Chico Buarque sentindo saudade da beleza da juventude e esboçando a letra de “Roda-Viva”; Gilberto Gil confessando o ataque de pânico que teve antes de entoar “Domingo no Parque”; e Sérgio Ricardo dizendo que não se arrependeu de ter brigado com o público e quebrado um violão em um ataque de fúria.
Hoje praticamente não importa mais qual canção saiu em primeiro ou ficou em quinto lugar naquele festival, mas sim que toda a música brasileira saiu ganhando. E com certeza nunca mais foi a mesma.
FONTE:
http://www.mondobacana.com/filmes-setembro-2010/uma-noite-em-67.html
Rolling Stone: lista das melhores músicas sobre sangue
Na sexta-feira, inspirados pelo machucado sofrido por Bret Michaels durante a premiere de True Blood na HBO, a revista Rolling Stone americana perguntou aos seus leitores qual seria a sua música favorita sobre sangue.
Depois de contar os votos, a música "It's All Right, Ma (I'm Only Bleeding)" de BOB DYLAN venceu a votação, ficando na frente de bandas como PEARL JAM, Black Sabbath e AC/DC.
As 15 mais votadas podem ser vistas abaixo:
1. Bob Dylan – “It’s All Right, Ma, (I’m Only Bleeding)”
2. U2 - “Sunday Bloody Sunday”
3. Red Hot Chili Peppers – “Blood Sugar Sex Magik”
4. Black Sabbath – “Sabbath Bloody Sabbath”
5. Pearl Jam- “Blood”
6. AC/DC - “If You Want Blood (You’ve Got It)”
7. Alice Cooper – “Only Women Bleed”
8. Elton John – “Funeral For A Friend/Love Lies Bleeding”
9. The Rolling Stones – “Let It Bleed”
10. Pixies – “I Bleed”
11. Linkin Park – “Bleed It Out”
12. Slayer – “Raining Blood”
13. Alice In Chains – “Bleed the Freak”
14. Foreigner – “Hot Blooded”
15. Michael Jackson – “Blood on the Dance Floor”.
FONTE:
http://whiplash.net/materias/melhores/090922-bobdylan.html
Radiohead terminou de gravar músicas de novo álbum
O baixista do Radiohead, Colin Greenwood, declarou em entrevista à revista "Index On Censorship" que a banda já terminou de gravar mais um grupo de músicas para seu novo álbum, que deve ser lançado até o final do ano.
Ainda segundo Greenwood, a banda está pensando em uma nova maneira de lançar o disco digitalmente.
"Parece que ficou mais difícil ter música de um jeito tradicional, em um objeto físico como o CD, e ao invés disso a música parece a prima pobre dos programas, ouvidas em streaming ou trancafiadas em um dispositivo como um telefone ou um iPod", escreveu o músico.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/801251-radiohead-diz-que-ja-terminou-de-gravar-musicas-de-novo-album.shtml
sábado, 18 de setembro de 2010
PROGRAMA EDIÇÃO N° 346
1) THE DRUMS – LET’S GO SURFING
2) THE PAINS OF BEING PURE AT HEART – EVERYTHING WITH YOU
3) RELESPÚBLICA – GAROA E SOLIDÃO (AO VIVO)
4) MORDIDA – TOKYO
5) RED HOT CHILI PEPPERS – CAN’T STOP
6) FOO FIGHTERS – BREAKOUT
7) B 52’S – ROCK LOBSTER
8) THE CLASH – SHOULD I STAY OR SHOULD I GO (AO VIVO)
9) CINDY FEIJÃO – ONDE ESTÃO OS ANJOS
10) TEQUILA BABY – FALA DEMAIS
11) IRA! – CHORANDO NO CAMPO
12) VAMPIRE WEEKEND – A-PUNK
13) FLAMING LIPS – SHE DON’T USE JELLY
14) QUEEN – BOHEMIAN RAPSHODY
15) R.E.M. – MAN ON THE MOON
16) CARTOLAS – PARTIDO EM FRANJA
17) SABONETES – DESCONTROLADA
18) REPLICANTES – NICOTINA
19) TALKING HEADS – PSYCHO KILLER
20) JÚPITER MAÇÃ – CALLING ALL BANDS
21) SUPERGUIDIS – RETARDADO (ACÚSTICO)
22) LOBÃO – BLÁ BLÁ BLÁ EU TE AMO (ACÚSTICO)
23) LEMONHEADS – THE GREAT BIG NO
24) INTERPOL – ROLAND
25) PIXIES – BIRD DREAM OF THE OLYMPUS MONS
26) CACHORRO GRANDE – O CERTO E O ERRADO
Novo disco do Weezer
Depois de uns disquinhos bem chatos, o Weezer volta à velha forma. "Hurley", o novo disco, também é o primeiro da banda a ser lançado pela gravadora Epitaph, a mesma que deu ao mundo nomes como Offspring, Rancid, NOFX, Bad Religion e mais um monte de bandas legais... E, sim, o gordinho aí da capa é o gordinho da série LOST.
TRACKLIST:
1. Memories 3:16
2. Ruling Me 3:29
3. Trainwrecks 3:21
4. Unspoken 3:00
5. Where’s My Sex? 3:28
6. Run Away 2:55
7. Hang On 3:33
8. Smart Girls 3:10
9. Brave New World 3:56
10.Time Flies 4:04
11.All My Friends Are Insects 1:53
12.Viva La Vida 4:06
13.I Want To Be Something 2:56
14.Represent (Rocked Out Mix) 4:12
LINK:
http://modemdownloads.net/cd-weezer-hurley-deluxe-edition/
Restart é rock de verdade
POR ANDRÉ FORASTIERI
O Restart ganhou tudo no VMB 2010. Parabéns. Explicação: ganhou porque é rock de verdade. Rock é tudo aquilo que um jovem ama e seus pais desprezam. Pode ser um corte de cabelo, um tipo de roupa, um grupo de amigos, até música, e preferencialmente tudo junto.
Rock é rebelião adolescente. Arte, poesia, sucesso, “tocar bem” etc. são outros papos, e irrelevantes. Esses dias um camarada me cumprimentou por explicar neste blog por que essas bandas tipo Restart, Cine etc. são o verdadeiro rock de 2010, e não os alternativos que tocam em festivais, muito menos os tiozinhos dos anos 80.
Horas depois, duas colegas de trabalho na casa dos vinte e poucos me contavam de shows que viram dos Titãs, Paralamas, um tributo a Legião Urbana. Fiz cara de comigo não, violão.
Mas Forasta, você não gosta disso? Daquilo? Daquele outro? Hmm, não. Me rendo ao Capital Inicial, a única banda de sua geração ainda relevante, e falando com jovens, não sessão nostalgia para quarentões.
E disse isso para o Dinho um ano e tanto atrás. Mas não ouço Capital, não é e nunca foi para mim. A amiga me contou que viu um show dos Paralamas terrivelmente desanimado, o público sentado em mesas.
Eu, que me lembro dos Paralamas quando eram pra pular, achei estranhíssimo. Horas depois, na mesa de bar, a piada politicamente incorreta: só porque o Herbert não pode mais levantar, todo mundo tem que assistir o show sentado?
Hei, vibrei com Cabeça Dinossauro, e Camisa de Vênus, e Selvagem!, e, vá lá, me dá um apertinho no coração se esbarro com “Índios” na rádio. Os roqueiros mais velhos, irmãos dos meus amigos achavam tudo uma porcaria, porque mal tocado - bom era rock progressivo, Genesis, Yes etc.
Eram bandas formadas por pessoas ligeiramente mais velhas, só o suficiente para eu estar na plateia e eles no palco, e muitas vezes palquinhos minúsculos. Não são da minha geração - compartilham com jornalistas um tico mais velhos, alguns bons amigos meus. E isso explica muita coisa.
Os cinco anos que me separam da geração 80 do rock brasileiro, e da geração de jornalistas de cultura e/ou música equivalente, são uma vala intransponível. Esses caras passaram a adolescência, o colegial, nos anos 70, na ditadura militar.
Ser do contra era gostar do que seus pais, e os milicos, não gostavam - ser ripongo, de esquerda (mas não do PC; Libelu era a opção mais descolada; assunto para outro dia), tomar chá de cogumelo e, se interessados por música brasileira, idolatrar e emular Caetano e Gil, que na época não faziam sucesso.
Sério. Caetano e Gil eram artistas “alternativos” na segunda metade dos 70. Os anos de relevância da Tropicália iam longe. Os sucessos radiofônicos eram memória distante.
A chave só virou em 1979/1980, com o reempacotamento de Caetano e Gil, e também Rita Lee, Cor do Som etc. para as novas gerações.
Bem, em 1980 eu fiz 15 anos, e troquei Beatles e Pink Floyd e KC & The Sunshine Band por B-52's, Devo, Tom Petty, Clash etc., e nenhum artista brasileiro falava comigo, muito menos esses baianos cabeludos.
Nunca confie num hippie, era o slogan punk, e eu era só um molequinho piracicabano, mas comprei essa de coração. Música brasileira 1980-1985 era o que eu assistia no Cassino do Chacrinha e boa.
Claro que o rock dos anos 80 produziu boas canções e momentos de reverberação cultural. Mas nunca me pegaram pelas tripas. O que me facilitou muito a vida quando “militei” no jornalismo musical, Folha e Bizz e General, 1988-1995.
Eu não era da turma, e me sentia muito à vontade para caçoar das bandas, com a crueldade gratuita de quem não quer ser aceito. Em toda a geração 80 do rock e do jornalismo cultural se vê essa marca dos 70.
Nem Renato Russo você curte, perguntou minha colega de trabalho. Depois de Eduardo e Mônica e Faroeste Caboclo? Nem Cazuza e Lobão? Não.
Existe ótima música no Rio, mas não rock, porque no Rio não há ruptura - tudo é absorvido organicamente, cooptado e perfumado para divertir a corte.
Pensei por pouco tempo que talvez tivesse encontrado minha geração aos 25, 27 anos, com a chegada à cena dos Raimundos, Skank, Nação Zumbi etc. Durou pouco.
Depois que vi Gil em 1995, aliás em um VMB, arrotando que tinha descoberto o Mangue Beat, e Chico Science sorrindo ao lado, aquiescendo, baixando a cabeça...
Essa vala geracional intransponível que me separou do rock dos 80 existe também entre as teens doidas pelo Restart e minhas colegas de trabalho de vinte e poucos. Impossível o diálogo.
Apedrejar o Restart - ou Elvis, os Beatles, o RPM ou Luan Santana - pela paixão de suas fãs é inútil. O Restart é a rebelião adolescente do momento.
Se você não é mais adolescente, o problema é seu. Cinco anos me separam da geração rock 80. São irmãos mais velhos, com outro jeito de se rebelar, que me diz pouco, e que questiono automaticamente.
Não discuto talento, vendas, a letra melhor ou pior, a melodia; nem que eles tenham dito - e digam, muito a muitas pessoas.
Falo de viver e sentir. Meu coração vibra em três acordes.
FONTE:
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2010/09/17/restart-e-rock-de-verdade/
Mark Chapman fala sobre o assassinato de John Lennon
Mark Chapman, o assassino de John Lennon, falou sobre alguns dos motivos que o levaram a matar o ex-beatle durante depoimento à Comissão de Liberdade Condicional do estado de Nova York. As declarações foram divulgadas nesta sexta, 17, pela BBC.
"Eu não estava pensando direito", disse ele. "Tomei uma decisão terrível de acabar com a vida de uma pessoa por motivos egoístas. Achava que ao matar John Lennon me tornaria alguém e, no entanto, acabei virando um assassino, e assassinos não são alguém." Ele ainda comentou que sua vida mudou graças a Jesus. "Eu o conheço, ele está comigo, está comigo agora. Está me ajudando a falar com você agora. Sem ele não sou nada", afirmou. Ele ainda comentou que possuía uma seleção de famosos que queria matar, incluindo nomes como o do apresentador Johnny Carson e o da atriz Elizabeth Taylor. O de John Lennon, contudo, ocupava o topo da lista.
O criminoso foi condenado a cumprir entre 20 anos e prisão perpétua por ter matado Lennon a tiros em outubro de 1980, em frente ao edifício Dakota, em Manhattan, onde o músico morava. No dia 7 de setembro, o sexto pedido de liberdade condicional lhe foi negado pela Comissão, que se baseou, entre outras coisas, nestes depoimentos de Chapman. "A libertação continua inapropriada neste momento e incompatível com o bem-estar da comunidade", informou a junta que avaliou o assassino. Após 29 anos detido, ele deverá esperar agora até agosto de 2012 para tentar sair da cadeia novamente. Desde que cumpriu pena mínima, Chapman tenta a cada dois anos obter liberdade condicional (a primeira aconteceu em 2000 e as demais em 2002, 2004, 2006 e 2008).
FONTE:
http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/mark-chapman-fala-sobre-o-assassinato-de-john-lennon/
Sacha Baron Cohen viverá Freddie Mercury no cinema
Borat de Freddie Mercury? Pois é. Segundo informou a agência de notícias Reuters, Sacha Baron Cohen interpretará o frontman do Queen em um longa-metragem sobre os dias de glória do cantor.
O roteiro está sendo escrito por Peter Morgan e ainda não há um diretor anunciado - tampouco título. As filmagens terão início no ano que vem, de acordo com o produtor Graham King. A GK Films, de King, estabeleceu uma parceria para a elaboração do projeto com a Tribeca Productions, de Robert De Niro e Jane Rosenthal, e Jim Beach, que era o empresário de Freddie Mercury. Ainda não se sabe quando a produção será lançada.
O longa-metragem conta também com o apoio dos outros integrantes do Queen. O guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor irão supervisionar a parte musical do projeto, que terá faixas originais da banda, além de material solo do cantor.
Freddie Mercury morreu em 1991, vítima da aids.
FONTE:
http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/sacha-baron-cohen-vivera-freddie-mercury-no-cinema/
"Eu não descobriria tanto brinquedo se não fosse pela minha filha", diz John, do Pato Fu
Apenas 24h depois de anunciado o show de lançamento do álbum "Música de Brinquedo", praticamente todos os ingressos para a apresentação do Pato Fu em São Paulo já estavam vendidos. Para John Ulhoa, guitarrista e compositor da banda mineira, a procura, que foi surpreendente, pode ser atribuída também à curiosidade. "Acho que as pessoas ficam pensando como é que a gente vai resolver as músicas com esses instrumentos. É engraçado que tem muitos músicos na plateia".
O show que acontece hoje, sábado e domingo em São Paulo apresenta o mais novo disco da banda --gravado usando apensas instrumentos de brinquedo-- segue a mesma linha do CD e leva ao palco pianinhos e guitarrinhas de plástico, uma minibateria e um xilofone colorido, surpreendentemente bem afinados.
John conta que a descoberta e a pesquisa com os sons infantis foram, em parte consequencia de ser pai. "Não é só por que tenho filha. Mas é matemático: eu nao entraria nas lojas de brinquedo e descobriria tanta coisa se nao fosse para dar de presente para a Nina". Filha de John e Fernanda Takai, Nina também participa no disco.
O repertório reúne sucessos de outros artistas, como "Primavera", famosa na interpretação de Tim Maia, e "Live and Let Die", de Paul McCartney, que ganhou "vocais nervosos" de crianças no refrão. As versões, muito longe de parecerem paródias, ficam divertidas.
"Até poderíamos compor, mas ia tirar a graça. O legal é você reconhecer o arranjo, que já é familiar com outros instrumentos", explica John. Ele conta ainda que a escolha do repertório foi "emocional", com canções escolhidas também pelos outros integrantes Fernanda Takai, Ricardo Koctus, Xande Tamietti e Lulu Camargo. Mas ele explica que foram levados em conta aspectos técnicos que permitissem usar os brinquedos.
Numa onda em que já embarcaram Adriana Calcanhoto, Edgard Scandurra e Arnaldo Antunes, fazer música "de qualidade, que também comunique com o público infantil sem ser infantilóde" era também uma vontade do Pato Fu, como conta John. Segundo ele, as comparações e sugestões de "imitação" não aconteceram.
"Quando o 'Pequeno Cidadão' [trabalho de Scandurra e Antunes, Taciana Barros e Antonio Pinto] foi lançado, o Scandurra foi lá em casa, e comentávamos justamente sobre essas coisas que surgem ao mesmo tempo. Acho que tem a ver com um momento por que passa nossa geração". disse.
Se a geração encaretou? "Envelheceu, com certeza. Mas há atitude em mostrar um jeito criativo de se expressar. Às vezes, assumir uma postura rock'n'roll é bem mais vazio", defende.
Ao longo das gravações, e mesmo durante as reações inusitadas dos instrumentos no show, foram inevitáveis as gargalhadas. Também contribuiu para a "brincadeira" a convivência com as crianças, que gravavam por que "estavam ali por perto, sem ser pesado para elas".
Mas a diversão dos membros da banda, segundo John, não é exclusiva dos trabalhos, assim, lúdicos. "Não abandono muito a bobeira interior."
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Festival SWU terá especial pela Rede Globo
De acordo com o blog do jornalista Daniel Castro, que faz parte do portal R7, o festival SWU terá os principais shows transmitidos pelo canal pago Multishow.
A Globo terá uma cobertura jornalística, promoção em programas como o Altas Horas e Caldeirão do Huck e pelo menos um especial com os melhores momentos, conforme previsto em plano comercial enviado a agências de publicidade.
O gigantismo do SWU lembra o Rock'n'Rio e os maiores festivais da atualidade. Ocupará uma área de 200 mil metros quadrados preparada para receber 300 mil pessoas em três dias. Serão ao todo 70 atrações brasileiras e internacionais produzindo mais de 50 horas de shows, durante mais de 12 horas por dia, em quatro palcos.
Entre as atrações do SWU, quew acontece de em Itu (SP) de 9 a 11 de outubro, estão Pixies, Linkin Park, Queens of The Stone Ages
A Globo terá uma cobertura jornalística, promoção em programas como o Altas Horas e Caldeirão do Huck e pelo menos um especial com os melhores momentos, conforme previsto em plano comercial enviado a agências de publicidade.
O gigantismo do SWU lembra o Rock'n'Rio e os maiores festivais da atualidade. Ocupará uma área de 200 mil metros quadrados preparada para receber 300 mil pessoas em três dias. Serão ao todo 70 atrações brasileiras e internacionais produzindo mais de 50 horas de shows, durante mais de 12 horas por dia, em quatro palcos.
Entre as atrações do SWU, quew acontece de em Itu (SP) de 9 a 11 de outubro, estão Pixies, Linkin Park, Queens of The Stone Ages
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Baixe novo single do Kings of Leon
Lux Interior (1948-2009)
Família Restart, Xuxa e os Menudos
É coisa da idade, então deixa elas brincarem de ser rebeldes. E nessa brincadeira a gente que é mais crescidinho vai rindo também... Falo dessas bandinhas coloridas que estão fazendo sucesso hoje no Brasil, tipo Cine e Restart. Esta última até já formou uma grande família: tão unida e cruel na defesa de seus interesses quanto a família Corleone, de O Poderoso Chefão. Ah, se eu não tiver a minha pulseirinha... Vou xingar muito no Twitter... Don Corleone que se cuide!
A coisa está tão infiltrada na mente da molecada, mas tão infilrada que a modinha de roupinhas coloridas e cabelinho desarrumado chegou até em Marechal Cândido Rondon, cidade onde qualquer moda costuma chegar com uns dois anos de atraso. Desta vez foi rápido, demorou só um ano. Mas ainda chegou no ápice da moda Restart. E a garotada se diverte e muito! Ontem ganhou até destaque nas páginas do jornal O Presente...
Essa moda está assentada em três coisas básicas: música, visual (roupa, cabelo e acessórios) e comportamento. Todas porcamente copiadas principalmente da geração da década de 80.
As tais roupas de cores berrantes não são nada mais do que uma releitura do visual new wave que varreu o mundo nos anos 1980. A banda Blitz do hoje ator Evandro Mesquita que o diga. A new wave é derivada da cena punk rock dos anos 70. No punk se usava muita roupa preta, cabelos desgrenhados, se discutia muito o lado podre da sociedade e também havia muito negativismo envolvido.
A new wave foi uma continuidade do punk, só que se inverteu o conteúdo. As bases musicais permaneceram semelhantes, só que se cantava sobre coisas mais alegres. Em vez de ser revoltado, a geração pós-punk era mais alegrinha, mais dançante, mais alto astral. Visualmente, o pretinho básico dos punks deu lugar ao coloridinho chamativo dos new wavers... Colorido que acabou também apropriado pelo Menudo e tals... Taí, Restart e Cine são os Menudos dos dias atuais!
Já ouviram aquela frase: na indústria cultural nada se cria, tudo se copia. Então, tudo isso que aconteceu com as modinhas rockers da molecada nos últimos cinco anos no Brasil não foi nada mais do que uma reapropriação muito da sem vergonha do punk e do new wave das décadas de 70 e 80.
Lembram daquela onda emo, quando a molecada andava muito chorona, vestida de preto e fazendo um sonzinho meio punk rock? De repente, de uma hora pra outra, esses meninos e meninas viram que podiam também sorrir, deixar o preto e lado e viver alegre e contente. Prolongaram a infância até os 15 anos e perceberam que ainda dá pra ser feliz e brincar com o palhaço Ronald no parquinho de diversões do McDonalds.
Nada se cria, tudo se copia. Do punk pro new wave. Do emo pra família Restart. Mudam os personagens, mas o roteiro é igual. Talvez só um pouco piorado.
Mas não vou dar uma de tiozão mal humorado. Deixa a criançada brincar de ser rebelde em paz. Deixa as meninas se escabelarem gritando LINDOOOOOO para os meninos que parecem meninas!!! Afinal, a vida é tão bonita. A Xuxa nos anos 80 (que coincidência!) já nos ensinava muito sobre as cores e que o que vale nessa vida é ser feliz. Então vamos lá, quem sabe canta junto esse xuxexo!!!
Vou pintar um arco-íris de energia
Pra deixar o mundo cheio de alegria
Se tá feio ou dividido
Vai ficar tão colorido
O que vale nessa vida é ser feliz
Com o azul eu vou sentir tranqüilidade
O laranja tem sabor de amizade
Com o verde eu tenho a esperança
Que existe em qualquer criança
E enfeitar o céu nas cores do amor
No amarelo um sorriso
Pra iluminar feito o sol tem o seu lugar
Brilha dentro da gente
Violeta mais uma cor que já vai chegar
O vermelho pra completar meu arco-íris no ar
Toda cor têm em si
Uma luz uma certa magia
Toda cor têm em si
Emoções em forma de poesia
Toda cor têm em si
Uma luz uma certa magia
Toda cor têm em si
Emoções em forma de poesia
Eô, eô
Eô, eô
Eô, eôôôôôô...
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