"Se as crianças não forem expostas a música estranha, elas podem muito bem crescer, ir à escola, arrumar empregos, ter filhos... e morrer! Sem nunca terem experimentado a loucura! Isso é muito perigoso!" - LUX INTERIOR
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
McCartney arrisca português e levanta público com Beatles
Por IVAN FINOTTI
Com nove minutos de britânico atraso, Paul McCartney iniciou ontem em Porto Alegre a perna latino-americana de sua Up and Coming Tour. O show começou com a tríade "Venus and Mars"/ "Rock Show"/"Jet", com oito minutos de duração.
Mas o Beira-Rio veio abaixo às 21h17, com os acordes beatlenianos de "All My Loving". A festa sessentista seguiu com "Drive My Car" e "The Long and Winding Road". De seu material solo, tocou ainda "Highway", "Let Me Roll It", "1985" e "Let'em In". E da antiga banda, "I've Just Seen a Face", "And I Love Her" e "Blackbird".
Sem surpresas no repertório, mas com uma qualidade de som e de imagem (em dois enormes telões) pouco vista no Brasil, McCartney caprichou na simpatia, rebolou, acenou, falou português, tirou o paletó roxo, mostrou os suspensórios, trocou baixo por guitarra e dançou a valer.
No português, se estendeu, com a ajuda de um teleprompter instalado no chão: "Esta música é para minha gatinha Linda [sua ex-mulher, já morta]. Mas dedico a todos os namorados aqui". E começou a balada "My Love". Desnecessário dizer a quantidade de suspiros soltos pela plateia enamorada.
EXCLUSIVO
Cerca de 50 mil fãs acompanharam a apresentação, mas apenas 200, que compraram o pacote Emotion a R$ 1.400, puderam assistir à passagem de som, às 16h. Na ocasião, McCartney tocou por uma 1h30, inclusive canções que não fazem parte da lista atual, como "Magical Mistery Tour" e "Comin" Up".
Também executou "I'm Looking Through You", "Yesterday", "Band on the Run" e "Something".
Ao fim do minishow, os portões foram abertos para que os cerca de 48.800 outros fãs entrassem no estádio. Alguns com a roupa do time de futebol Internacional (o dono do estádio), muitos com camisetas da Up and Coming Tour (R$ 30), todos chegavam com uma blusa extra, já aguardando as baixas temperaturas da noite gaúcha.
O show de McCartney estava programado para terminar por volta da meia-noite.
Devido a uma lei municipal que obriga shows internacionais a programarem também uma atração local, os produtores brasileiros haviam acertado uma abertura com Kleiton e Kledir.
A ideia foi descartada pelo produtor inglês do espetáculo. Para não descumprir a lei, os promotores colocaram um DJ gaúcho no palco, ao lado de um saxofonista e de um guitarrista, às 19h30. Foram 25 minutos de show.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/827072-mccartney-arrisca-portugues-e-levanta-publico-com-beatles.shtml
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