"Se as crianças não forem expostas a música estranha, elas podem muito bem crescer, ir à escola, arrumar empregos, ter filhos... e morrer! Sem nunca terem experimentado a loucura! Isso é muito perigoso!" - LUX INTERIOR
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Cantor do Arctic Monkeys diz que baixa uma coisa ou outra da internet
Por DIOGO ANTONIO RODRIGUEZ
Em 2006, ano de lançamento do álbum de estreia "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not", parecia que os Arctic Monkeys eram a banda do futuro.
Os anônimos da pequena cidade de Sheffield, na Inglaterra, conseguiram se fazer conhecidos graças à rápida disseminação de suas faixas por sites e redes sociais.
Mesmo antes de o disco chegar às lojas, a banda já havia conquistado fãs pelo mundo e em seu país natal, o que se refletiu nas vendas do álbum: 360 mil cópias em uma semana, estabelecendo novo recorde britânico para uma estreia fonográfica.
Como qualquer outra banda que fica grande e vai ao "mainstream", os Arctic Monkeys agora são vítimas da internet que os lançou.
O novo disco, "Suck It and See", vazou na rede antes da data de lançamento mundial, 6 de junho. Talvez por isso a banda disponibilizou o áudio, em streaming, em seu site, desde anteontem.
Em entrevista à Folha, o vocalista e guitarrista Alex Turner revelou que, também na hora de compor as novas canções, os integrantes do Arctic Monkeys já agem como veteranos.
"Decidimos montar uma fundação forte para as canções antes de gravá-las. Tentei ouvir música country e bons compositores, como Nick Cave, Leonard Cohen, Roger Miller e George Jones. São pessoas que escreveram ótimas letras e canções simples", afirma Turner.
"Quando estamos juntos, ouvimos coisas pesadas, como Black Sabbath, mas também ouvimos os Stone Roses", completa.
A CORES
Depois de citar um punhado de artistas que estão mais para o lado "dark" do rock do que para as animadas e rápidas músicas de seus álbuns anteriores, Turner explica: "Há um pouco de escuridão [nas músicas], mas há muitas canções em tons maiores. É um disco colorido".
Se para uma boa parte dos músicos gravar é um processo comparado ao parto, para o Arctic Monkeys, fazer o novo álbum - produzido por James Ford, que já havia trabalhado com a banda nos dois discos anteriores - não é assim tão sofrido.
"Não temos dificuldade para gravar. Gostamos muito. Nesse disco, demoramos um pouco, nos demos mais tempo. Fica mais fácil alcançar as coisas, mais fácil fazer o tipo de disco que queremos fazer", diz o vocalista.
RECEITA
O caminho que o Arctic Monkeys fez para chegar ao "estrelato" foi pioneiro na época, mas hoje se tornou uma possibilidade real, e não apenas uma exceção.
Poderia uma banda fazer o mesmo percurso? "Agora o cenário é diferente, eu suponho. A internet acelerou o processo para nós", diz.
"Muitas bandas novas se fazem escutar hoje em dia, compartilham a música na internet. Conosco, foi por acidente. Era um conceito relativamente novo a ideia de que os amigos podiam compartilhar uma demo on-line", diz.
"Tentávamos fazer bons shows e gravar algumas músicas. As pessoas começaram a subir as faixas e a compartilhá-las", explica.
Como um verdadeiro veterano, Alex Turner dá uma declaração surpreendente para quem foi revelado graças à rede: "Baixo uma coisa ou outra, mas ouço mais discos, que é uma das melhores maneiras de ouvir música".
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/923248-cantor-do-arctic-monkeys-diz-que-baixa-uma-coisa-ou-outra-da-internet.shtml
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