"Se as crianças não forem expostas a música estranha, elas podem muito bem crescer, ir à escola, arrumar empregos, ter filhos... e morrer! Sem nunca terem experimentado a loucura! Isso é muito perigoso!" - LUX INTERIOR
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Crowe faz documentário comportado sobre Pearl Jam
Por DANIEL OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM TORONTO
O show passava das duas horas de duração e as 18 mil pessoas no Air Canada Centre, em Toronto, no último domingo, já pareciam satisfeitas com o que tinham visto e ouvido do Pearl Jam.
Foi quando a banda iniciou os acordes de "Rockin' in the Free World", cover de Neil Young. E eis que o próprio surge no palco para uma jam de quase dez minutos.
A mensagem deixada ali é clara: aos 20 anos, o grupo continua vivo. Não só vivo como em clima de celebração.
Dentro das comemorações, está o lançamento oficial do documentário "Pearl Jam Twenty", dirigido pelo cineasta Cameron Crowe ("Quase Famosos"), no Festival de Toronto, no último sábado.
O projeto conta com um livro homônimo, escrito por Jonathan Cohen, e um CD duplo da trilha do filme, que sai no próximo dia 20, data em que o longa será exibido nos cinemas brasileiros. O DVD sairá em 25 de outubro.
No Brasil, a festa de verdade começa em novembro, quando a banda passa por São Paulo (dias 3 e 4), Rio (6), Curitiba (9) e Porto Alegre (11).
O documentário não traz confissões nem lavagem de roupa suja. É uma mera recapitulação dos principais momentos da história do Pearl Jam, compilados dentre mais de 1.200 horas de material por um amigo de longa data.
Crowe conhece o grupo desde sua formação em Seattle. Em entrevista coletiva, disse que seu objetivo era "fazer um filme que desse a sensação que um show ou um CD do Pearl Jam dão".
Os marcos estão ali: da morte de Andrew Wood, vocalista da banda Mother Love Bone (que, anos mais tarde, daria origem ao Pearl Jam) ao estouro do álbum "Ten" e à briga com a Ticketmaster nos anos 1990, passando pela tragédia no festival de Roskilde, na Dinamarca, em 2000, quando nove pessoas morreram durante um show.
Os momentos mais dramáticos, como este último, porém, são tratados de forma episódica, quase superficial.
Segundo o vocalista, Eddie Vedder, para lidar com o grupo, Crowe teve de agir como um caçador de borboletas. "Você não pode segurá-las com muita força, sabe?"
O filme narra a busca dos integrantes por manter os mesmos princípios dos cinco adolescentes que começaram a fazer música em Seattle.
Cameron Crowe segura o que ele chama de "espelho para mostrar como o Pearl Jam se parece para mim".
Segundo o baixista Jeff Ament, a beleza do filme é "olhar para os primeiros cinco ou seis anos e encontrar algum sentido naquilo tudo".
Para Vedder, "é incrível ter isso colocado na nossa frente. Para que saibamos apreciar um pouco mais. E para sabermos que temos um alicerce forte para seguir pelos próximos 20 anos", concluiu.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/974202-crowe-faz-documentario-comportado-sobre-pearl-jam.shtml
Muito bom! Parabéns pelo blog!
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