"Se as crianças não forem expostas a música estranha, elas podem muito bem crescer, ir à escola, arrumar empregos, ter filhos... e morrer! Sem nunca terem experimentado a loucura! Isso é muito perigoso!" - LUX INTERIOR
sábado, 18 de dezembro de 2010
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 359
1) THE DRUMS – LET’S GO SURFING
2) DARWIN DEEZ – CONSTELLATIONS
3) BIDÊ OU BALDE – ME DEIXA DESAFINAR
4) ARNALDO ANTUNES – A CASA É SUA
5) DISSONANTES – NO SEU LUGAR
6) FOO FIGHTERS – TIMES LIKE THESE
7) CAPTAIN BEEFHEART AND HIS MAGIC BAND – ZIG ZAG WANDERER
8) LED ZEPPELIN – ROCK AND ROLL
9) FORGOTTEN BOYS – SHE BRINGS MY LOVE BACK
10) IDENTIDADE – SENHORITA MOLLY
11) SABONETES – DESCONTROLADA
12) THE KILLERS – WHEN YOU’RE YOUNG
13) SUPERGRASS - GRACE
14) JET – SHE’S A GENIUS
15) LOS HERMANOS – CONDICIONAL
16) MATANZA – EU NÃO GOSTO DE NINGUÉM (AO VIVO)
17) NEVILTON – VITORIOSO ADORMECIDO
18) THE CRAMPS – HYPNO RAY SEX
19) RANCID – RUBY SOHO
20) NOFX – JAMAICA IS ALRIGHT
21) MAD SEASON – RIVER OF DECEIT
22) PEARL JAM – DO THE EVOLUTION
23) RAMONES – 7-11
24) PELEBRÓI NÃO SEI – CÉU SEM COR
25) ANACRÔNICA – EM MIM
26) GIOVANNI CARUSO E O ESCAMBAU – MÔNICA E SUAS ESCULTURAS
27) HOT RATS – LOVECATS
28) ROLLING STONES – SOMETHING HAPPENED TO ME YESTERDAY
Bono, Elton John e Mick Jagger falam sobre John Lennon em novo livro
Os aniversários de morte e nascimento de John Lennon fizeram com que uma avalanche de livros sobre o músico e sua banda fosse publicada. Com diferentes abordagens, todos reúnem informações e histórias sobre o grupo inglês que marcou o rock e a história da música para sempre.
Agora, a Rolling Stone publica "Memórias de John Lennon". Os textos foram editados pela viúva, Yoko Ono, e escritos por outros grandes nomes da música. Bono (U2), Iggy Pop, Chuck Berry, Elton John, Alicia Keys, entre outros, colaboraram com depoimentos, poemas, fotos, entrevistas e desenhos.
Outro não tão famosos também participam da edição. O tecladista Billy Preston e o documentarista Albert Maysles, que trabalharam com John na época dos Beatles, narram as experiências que viveram ao seu lado. Até Mick Jagger contribui contando um pouco sobre a amizade entre os dois vocalistas e brincando com a rivalidade entre as bandas.
Escritores renomados, como Tariq Ali e Norman Mailer, dão sua visão da importância do músico, especialmente o impacto político do ativismo de John e Yoko pela paz no final dos anos 60.
Complementam a edição fotos tiradas para a última participação de Lennon para a revista "Rolling Stone". Annie Leibovitz fotografou o casal em uma sessão que se tornou histórica.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/846661-bono-elton-john-e-mick-jagger-falam-sobre-john-lennon-em-novo-livro.shtml
Morre o roqueiro "Captain Beefheart" aos 69 anos
O roqueiro americano Don Van Vliet, conhecido artisticamente como "Captain Beefheart", morreu nesta sexta-feira (17) aos 69 anos por complicações de esclerose múltipla, informou a revista "Entertainment Weekly".
A publicação citou como fonte um representante da galeria Michael Werner, de Nova York, que abrigou distintas exposições de suas pinturas.
Van Vliet morreu nesta manhã em um hospital do norte da Califórnia, após permanecer vários anos preso em uma cadeira de rodas devido à doença.
"Don Van Vliet foi uma figura complexa e influente nas artes visuais e interpretativas", disse a galeria em comunicado.
"Talvez seja mais conhecido como o incomparável 'Captain Beefheart', que, junto ao Magic Band fez sucesso na década de 1960 com um estilo único, mistura de 'blues' e 'rock and roll' experimental", acrescentou.
Segundo a entidade se trata de "um dos artistas mais originais" na história da música, que após duas décadas como compositor e artista decidiu se retirar para se dedicar totalmente ao mundo da pintura.
"Como sua música, suas exuberantes pinturas são produto de uma visão única", concluiu.
Seu disco "Trout Mask Replica" se situa no posto 58 dentro da lista dos 500 melhores discos de todos os tempos, feita pela revista especializada "Rolling Stone".
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/847737-morre-o-roqueiro-captain-beefheart-aos-69-anos.shtml
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
ENTREVISTA: Lobão
Por Gustavo Ranieri
Repleto de histórias peculiares, sucesso e mais de uma centena de processos, o cantor e compositor lança sua autobiografia. E que ninguém duvide. Lobão não conhece a expressão “pé no freio”. “Não parei de acelerar até agora. E nem pretendo”, dispara. Também não hesita em deixar claro que continua o mesmo: é egocêntrico, ácido, provocador, mas também sensível e tímido. Acima de qualquer coisa, leal a boa parte dos ideais. Inclusive os que cultiva desde quando ainda era o adolescente carioca João Luíz Woerdenbag Filho.
A diferença é que agora, com 53 anos recém-completados, 132 processos na bagagem, algumas prisões por envolvimento com drogas e milhares de discos vendidos, o cantor resolveu, como se diz no jargão popular, fechar a conta e passar a régua do que chama de “primeira etapa da vida”. “Tenho plena consciência de que a parte relevante do meu trabalho ainda não começou a ser escrita”, diz convicto.
É por isso que surge tão certeiro em 50 anos a mil, a autobiografia escrita em parceria com o jornalista Claudio Tognolli, que acaba de chegar ao mercado. São 873 páginas para revelar o perfil do homem que, sem medo algum, largou a casa dos pais, aos 17 anos, para se tornar músico.
Trajetória que soma ao longo de 36 anos a passagem como baterista da banda Vímana, ao lado de Lulu Santos e Ritchie, a criação da Blitz com Evandro Mesquita, embora, por uma série de divergências, tenha abandonado o posto antes do sucesso, e a carreira solo que totaliza 14 álbuns – o último, Acústico MTV, foi lançado em 2007.
Lobão é tudo o que os holofotes evidenciam. E é também a figura que se considera metódica – basta ver que acorda às 5h30 todos os dias – e insuportavelmente bem-humorada. A mesma que nesta entrevista fala sobre o lançamento da publicação, música, televisão e maturidade.
Em que momento nasceu a vontade de escrever a biografia 50 anos a mil?
Foi quando saí do Rio e vim morar em São Paulo, em 2008. Senti naquele momento que era o maior rito de passagem que já havia atravessado.
Isso em que sentido?
Aqui é uma cidade que o impulsiona pelo espírito empreendedor. Fora que gosto de me reunir com meus amigos e vim para cá justamente para poder ter realmente essa vida “afetiva”. Sair para comer juntos, tomar umas, fazer um som... lá no Rio, isso era impossível.
Mas, desde o início, a ideia era ser uma autobiografia ou esse foi o pedido da editora?
Recebi, primeiramente, convite de outra editora para fazer o que eu quisesse. Pensei em livro de crônicas, de poesias, um romance. Mas depois recebi outro convite. Desta vez, da Nova Fronteira, que também deu carta branca. No primeiro momento, a ideia foi escrever sobre o meu case na prisão e fazer algo tipo “Vida bandida, o livro”. Mas foi o Claudio Tognolli que me sugeriu escrever a minha biografa inteira.
50 anos a mil é um título muito sugestivo. É assim que você sente sua vida?
Claro. Não tirei o pé do acelerador até agora, nem pretendo tirar. E essa velocidade é em virtude da minha intensa vida interior e o que proponho a mim mesmo vivenciar. O resultado disso são aventuras das mais variadas e intensas.
Uma Vida louca vida, como você sugere na música...
Bem, sei que tenho uma história e que sou uma pessoa peculiar. Mas acho que se trata de uma trajetória de cura e crescimento. Agora, antes de qualquer coisa, me considero tímido, sedentário e faço tudo para produzir uma densa cortina de fumaça para impedir que descubram quem realmente sou. Até porque devo ser daqueles caras que se mostram exteriormente exatamente o contrário daquilo que são. E isso não deixa de requerer certa habilidade artística. Aliás, todo cara que mexe com arte tem uma performance meio alegórica na vida.
Uma das críticas recorrentes no caso de autobiografias é o fato de que muitos autores omitem fatos de sua própria história. Podemos dizer que você é 100% fiel ao que está em seu livro ou escondeu alguns detalhes?
Vejo a coisa por outro viés. Produzi um belo livro, contei uma grande história, mas sei perfeitamente que se trata de algo absolutamente arbitrário. E isso não me importa se a história é bem escrita. E acredito ser esse o caso. Até porque acho impossível exigir de você escrever uma autobiografia sem impor suas próprias edições.
E como foi que pintou a parceria com o jornalista Claudio Tognolli?
Por meio de uma conversa com meu amigo Marcelo Tas. Contei para ele sobre o livro que tinha para escrever e ele me sugeriu o Tognolli, que, aliás, já conhecia de outras jornadas. Acabamos esse projeto, que levou um ano e meio, já grandes amigos.
Houve preocupação de seguir uma ordem cronológica na biografa ou os fatos aparecem de acordo com o que você considera mais importante?
Eu não tinha a menor ideia de qual seria a ordem. No fim, saiu um formato linear de narrativa. Digo que acabei fazendo uma psicografa de mim mesmo.
E essa psicografa foi dolorosa em algum momento?
Rever sua história por meio de seu próprio punho é, no mínimo, um psicodrama. O que mais me surpreendeu foi saber como eu mesmo me tratei nesse processo. Depois, escrever minha história se tornou algo delicioso, percebi que tenho uma história riquíssima. E posso dizer que acabei o livro mais amoroso com o mundo.
Você acabou de completar 53 anos. Quem é o Lobão de 30 anos atrás e o de agora?
Sou aquele que veio salvar o eu menino, o garoto que gritava por socorro por mim mesmo olhando o homem crescido lá no futuro (que é agora). Escrever esse livro foi entrar na máquina do tempo e resgatar aquele que tanto orava por mim: eu mesmo lá atrás.
E o que esse “garoto” já pressentia do seu futuro que o fazia gritar por socorro?
Me via como uma pessoa que não conseguiria sobreviver àquele tipo de educação que me impunham. Era um grito de desespero, de solidão tamanha que só devo ter achado uma versão minha no futuro, que, por acaso, se dispusesse a me ajudar. Tinha certeza de que não havia outra opção. Mas parece que acertei.
Mas você tem consciência do que mudou e do que ficou igual em vocês ao longo desses anos?
Sei lá. Desde que me entendo por gente, não consigo fazer uma distinção clara. Mas posso dizer que antes era mais desprotegido. No sentido de viver em um país hostil ao que produzo. Só percebi haver realmente uma mudança mais relevante nesse quadro quando, como já disse, cheguei de vez a São Paulo.
Aliás, você acredita em maturidade? Considera-se um homem maduro?
Acredito que sou um ser obsessivo e apaixonado pelo que faz. Hoje, me sinto muito melhor do que sempre fui, graças a essa feliz característica. Meu vigor está intacto, minha capacidade se desenvolveu e continua em pleno desenvolvimento.
Também não se incomoda com a idade nem com o passar do tempo?
Acho que estou melhor do que nunca. E tenho plena consciência de que a parte relevante do meu trabalho ainda não começou a ser escrita. Vim para sacudir os alicerces e nem comecei a festa. Pode crer!
O que seria essa nova etapa de relevância na sua vida?
Já existe essa direção ou você está em processo de descoberta? Bom. Isso é para mais tarde. Agora, estou mesmo em ritmo de espera para uma série de lançamentos importantes.
Para a geração dos anos 1970 e 1980, você é um dos mais renomados artistas do país. Mas e para a geração atual: sua imagem não está na cabeça deles associada mais à televisão, como apresentador da MTV?
Não sei se isso é verdade. Tem de perceber que já estou no cenário de música independente há vários anos e meu público é de gente muito jovem. Mesmo porque não permito adulto contemporâneo, tipo nostálgico, se criar na minha área. Isso é público lixo, meu negócio é outro.
Afinal, a história de ser apresentador começou como uma brincadeira ou existia uma ideia planejada de se consolidar na TV?
Ser apresentador é uma linda brincadeira. E me reinvento sempre que tentam me exterminar. Aliás, isso fica bem claro agora no livro.
Você foi um dos pioneiros a lançar um álbum de modo independente, distribuído para todo o país em bancas de jornal. O que precisa mudar ainda na indústria fonográfica?
As rádios têm de parar com essa malandragem do jabá e de impor as mixagens para as gravadoras. Porque, nessas, eles sempre eliminam as guitarras. Enquanto não houver participação efetiva das rádios em tocar bandas novas, vamos ficar nas mãos desses oligofrênicos produzindo tatibitate teen.
E a pirataria, que vira e mexe volta à tona nas discussões? É possível combatê-la?
Olha, ergueria as mãos para o céu se a pirataria tivesse essa importância na merda em que nos encontramos. O buraco é mais embaixo. Temos de mudar a maneira de pensar das gravadoras, substituir a grande maioria dos executivos, que são meros diletantes, e chamar as rádios na chincha. O resto é puro detalhe.
Como você observa a crítica de que a música brasileira teria empobrecido em criatividade nas últimas décadas?
A música, assim como os políticos eleitos, é de nossa exclusiva responsabilidade. Não adianta reclamar dos outros. Somos essa coisa lastimável, enquanto cultura, por nossa inteira obra e graça. Tipo do caso que não rola uma inter-relação com o outro.
O que você está ouvindo nos últimos tempos?
Principalmente The Wombats, The Kills, The Dead Weather, Them Crooked Vultures e Radiohead.
E lendo?
Nada. Estou em pleno recesso intelectual
Você já causou muito alvoroço ao detonar em entrevista, por exemplo, Chico Buarque, Tom Jobim e João Gilberto. Você se arrepende de alguma dessas declarações?
Não. Nada do que falo é gratuito. Só com o João fui um tanto grosso e peço perdão a ele no livro.
Mas falar tudo o que tem vontade gerou muitos problemas na justiça e inimizades, não?
Já fui muito caçado. Foram 132 processos em todo o Brasil. Agora, não tenho o menor interesse em saber se essas atitudes me deram ou não inimizades. Elas, antes de qualquer coisa, sempre foram muito precisas. Nada pessoal.
E dessa centena de processos, quantos você ganhou ou perdeu?
Todos foram prescritos, porque eram absolutamente absurdos. No livro, o Tognolli elucida tudo com documentos, sentenças, entrevistas. Mas adianto que é uma caçada insana. Vendo hoje, dá até vontade de rir. Eu era tratado como um criminoso, um mal social em todo o território nacional.
Por tudo isso, se formou ao seu redor o estereótipo de “porra-louca”. Incomoda esse rótulo?
O que digo é que minha história sempre prevalecerá. Nunca tive a menor dúvida quanto a isso.
Mas como você lida com a exposição na mídia? Você é conhecido por ter um contato um tanto conturbado com a imprensa...
Não suporto me ver nas manchetes, seja com os altos ou os baixos da minha carreira. Há uns dez anos que nunca leio mais nada a meu respeito. Só me manifesto quando rola algum exagero. Sou tímido, uma alma delicada. Tenho horror à exposição pública e só o faço por minha atividade ser desafortunadamente pública.
Aliás, como é o Lobão fora dessa exposição pública? Você gosta de fazer coisas comuns, como ir ao supermercado ou ao shopping?
Sim. Sou uma pessoa extremamente corriqueira. Quase até um pedestre.
E o Lobão marido [ele é casado há 20 anos com Regina Lopes, sua empresária]. É do tipo carinhoso, acredita no “até que a morte nos separe”?
Bom, espero que sim. Sempre quis viver com minha amada até além do futuro. E assim será.
Por falar em além do futuro, você é espiritualista? Segue alguma religião?
Não, mas acho muito pitoresco. Desde criança, tenho fascinação por mártires, crucificações, mas, assim como Cioran [escritor e filósofo romeno do século 20], acho que a religião é uma forma de obter o enlevo da alma através do mal-estar. É como assistir a um show de MPB tradicional. Você sai se achando mais inteligente, a despeito das duas horas de merda que você gastou ouvindo aquela porcaria culturalista.
Mas e em Deus, você acredita?
Acho justo que exista uma entidade superior, muito embora ela nunca nos tenha brindado com sua real presença. Acho deus na sociedade uma coisa retrógada, sombria e, por que não, pusilânime. Enquanto o diabo... bem, o diabo é só deus de folga, né? Tá tudo dominado.
FONTE:
http://www.revistadacultura.com.br:8090/revista/rc41/index2.asp?page=entrevista
sábado, 11 de dezembro de 2010
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 358
1) LED ZEPELLIN – ROCK AND ROLL
2) MILLENCOLIN - LOOZIN’ MUST
3) CACHORRO GRANDE – AGORA EU TÔ BEM LOUCO
4) ANACRÔNICA – ELES ME QUEREM ASSIM
5) PARAFERNÁLIAS – UM DIA EU
6) COLDPLAY – HARDEST PART
7) STEREOPHONICS – THE BARTENDER AND THE THIEF
8) IDENTIDADE – DANCE
9) GIOVANNI CARUSO E O ESCAMBAU – PROSTITUTA APAIXONADA
10) FOO FIGHTERS – BIG ME
11) IGGY POP – TO BELONG
12) B52’S – PRIVATE IDAHO
13) CANASTRA – MISS SIMPATIA
14) TITÃS – FLORES
15) BIDÊ OU BALDE – ME DEIXA DESAFINAR
16) CAMISA DE VÊNUS – RADINHO DE PILHA
17) RAMONES – CALIFORNIA SUN
18) RANCID – RUBY SOHO
19) GREEN DAY – WAITING
20) LOBÃO – ME CHAMA (ACÚSTICO)
21) RELESPÚBLICA – SOL EM ESTOCOLMO (AO VIVO)
22) THE KILLERS – READ MY MIND
23) THE CLASH – POLICE AND THIEVES
24) CHARME CHULO – NOVA ONDA CAIPIRA
25) DISSONANTES – NO SEU LUGAR
26) FAICHECLERES – ISSO NÃO É TÃO MAL ASSIM
27) ROLLING STONES – SHE’S A RAINBOW
28) JOHN LENNON – STAND BY ME
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
John Lennon
DEUS
Deus é um conceito
Pelo qual medimos
Nossa dor
Falarei de novo
Deus é um conceito
Pelo qual medimos
Nossa dor
Eu não acredito em mágica
Eu não acredito em I-ching
Eu não acredito em Bíblia
Eu não acredito em tarô
Eu não acredito em Hitler
Eu não acredito em Jesus
Eu não acredito em Kennedy
Eu não acredito em Buda
Eu não acredito em Mantra
Eu não acredito em Gita
Eu não acredito em Ioga
Eu não acredito em reis
Eu não acredito em Elvis
Eu não acredito em Zimmerman
Eu não acredito em Beatles
Apenas acredito em mim
Yoko e eu
E essa é a realidade
O sonho acabou
O que posso dizer?
O sonho acabou
Ontem,
Eu era o tecedor de sonhos
Mas agora renasci.
Eu era a morsa,
Mas agora sou John.
Então queridos amigos,
Vocês precisam continuar
O sonho acabou
(John Lennon, na música "God")
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Liam Gallagher, os Beatles e os Stones
Liam Gallagher não está para brincadeira. Ele levou mesmo a sério a ideia de tocar o Oasis sem o irmão Noel. Sua banda, Beady Eye, lançará “Different Gear, Still Speeding” em formato físico dia 28 de fevereiro, acompanhado de um DVD bônus com três vídeos e um documentário. Na semana passada, o grupo anunciou uma série de shows na Europa em março, quase todos com ingressos esgotados.
“Different Gear, Still Speeding” terá 13 canções divididas entre Liam (5), Gem Archer (4) e Andy Bell (4). O álbum foi produzido por Steve Lillywhite, braço forte e mente brilhante por trás da produção de alguns dos álbuns mais conceituados do U2.
A capa é meio bizarra, mas por agora o que mais chama a atenção é o título da faixa 4: “Beatles and Stones”. Alô, Humberto Gessinger…
TRACKLIST
1. Four Letter Word
2. Millionaire
3. The Roller
4. Beatles And Stones
5. Wind Up Dream
6. Bring The Light
7. For Anyone
8. Kill For A Dream
9. Standing On The Edge Of The Noise
10. Wigwam
11. Three Ring Circus
12. The Beat Goes On
13. The Morning Son
FONTE:
www.lucioribeiro.com.br
Descubra os motivos para Keith Richards chamar Mick Jagger de "Brenda"
Bandas quase sempre possuem histórias de problemas em lidar com o ego de alguns de seus integrantes. Com os Rolling Stones não é diferente, afinal eles estão juntos há mais de 40 anos, mais tempo que os muitos casamentos deles.
Keith Richards conta em sua biografia, "Vida", que tem um sério problema em lidar com o ego inflando e o estrelismo de Mick Jagger. Em grande parte dos primeiros anos, o guitarrista esteve tão alucinado com as drogas que simplesmente deixou o controle do grupo nas mãos do vocalista.
Quando Richards conseguiu finalmente se livrar da heroína, decidiu que era o momento de tirar um pouco do peso da responsabilidade das costas de Jagger. Ao contrário do que imaginava, o amigo não gostou e ficou bastante bravo do outro querer tomar o seu lugar. Keith diz que Mick controlava a todos como marionetes e se imaginava o dono deles.
A relação seguiu estremecida desde então e os dois têm problemas de convivência. O músico conta que Jagger sobre da "síndrome do vocalista", ou seja, por toda a atenção que acaba recebendo, ele acredita ser mais importante que os outros integrantes.
Segundo Richards, ele não sabe dançar muito bem e sempre foi um tanto tímido, ainda assim conseguia colocar sua personalidade nas apresentações. Mas em algum momento ele deixou de ser ele mesmo e passou a ser um personagem de si mesmo, que faz o que os empresários exigem. Até aula de canto ele teve, mas quanto isso o guitarrista achou que foi a única coisa positiva.
O relacionamento conturbado entre eles fez com que Keith e os outros colocassem apelidos desagradáveis em Jagger. Veja no trecho abaixo porque eles o chamam de Brenda:
*
No começo dos anos 80, Mick começou a ficar insuportável. Foi quando ele se tornou Brenda, ou Sua Majestade, ou simplesmente Madame. Estávamos em Paris, novamente nos estúdios Pathé Marconi, em novembro e dezembro de 1982, trabalhando nas músicas do álbum Undercover. Fui até a WHSmith, uma livraria inglesa na Rue de Rivoli. Esqueci o título do livro, mas ali estava ele, um romance espalhafatoso escrito por Brenda Jagger. Ah, te peguei! De agora em diante, sabendo ou não, gostando ou não, você vai ser a Brenda. E ele com certeza não gostou nem um pouco. Mick levou séculos para descobrir. Nós ficávamos falando da "Brenda, aquela jararaca", e ele bem ali na sala, sem fazer a mínima ideia de que estávamos falando dele. Mas isso gera algo terrível, e é bem parecido com o modo como Mick e eu tratávamos Brian. Uma vez que você libera esse ácido, ele começa a corroer tudo.
Aquela situação era o ápice de uma série de coisas que vinham acontecendo há vários anos. O maior problema era que Mick tinha adquirido um desejo absoluto de controlar tudo. Na cabeça dele, havia Mick Jagger e os outros. Essa era a atitude que nós víamos nele. Por mais que ele tentasse, não conseguia parar de se esforçar para parecer o numero uno, pelo menos aos próprios olhos. Havia o mundo de Mick, que era um mundo de socialites, e o nosso mundo. Isso não funciona nada bem quando se está tentando manter uma banda unida, ou seus componentes felizes. Ó, céus! Depois de todos esses anos, o sucesso lhe tinha subido à cabeça! Ele ficou tão cheio de si que não havia mais nada. Os integrantes da banda tinham praticamente se tornado empregados, inclusive eu. Essa sempre foi a atitude dele com todo mundo, mas nunca com a banda. Quando a coisa chegou até nós, foi preciso dar um basta.
Um ego inflado é sempre algo difícil de se lidar numa banda, principalmente uma banda que está junta há muito tempo, que é bastante unida e que realmente tem como respaldo uma conduta íntegra, ainda que um tanto bizarra, pelo menos entre os integrantes. A banda é uma equipe. De certo modo, é algo bem democrático. As coisas têm que ser decididas por todo mundo - não tem esse negócio de alguém querer falar mais alto. Qualquer um que tente se elevar acima dos outros está se colocando numa posição perigosa. Charlie e eu revirávamos os olhos, como quem diz: "Você consegue acreditar numa coisa dessas?". E por algum tempo fomos aguentando, enquanto Mick tentava dominar tudo. Quando você para para pensar, nós já estávamos juntos havia uns vinte e cinco anos quando a merda voou no ventilador. A opinião geral é de que mais cedo ou mais tarde isso tinha que acontecer. É algo que acontece mais dia, menos dia com todas as bandas, e havia chegado a hora do teste. Será que nós conseguiríamos segurar essa?
*
Vida
Autor: Keith Richards
Editora: Globo
Páginas: 640
Quanto: R$ 49,90
sábado, 4 de dezembro de 2010
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 357
1) WEEZER – MEMORIES
2) DARWIN DEEZ – CONSTELLATIONS
3) GIOVANNI CARUSO & OS ESCAMBAU – AMOR EM SI BEMOL
4) IDENTIDADE – A SÓS, SEM PUDOR
5) PÚBLICA – CANÇÃO DO EXÍLIO
6) RADIOHEAD – MY IRON LUNG
7) PEARL JAM – GREEN DISEASE
8) PARAFERNÁLIAS – JOSÉ
9) THE KINKS – LOLA
10) JET – SEVENTEEN
11) RAMONES – I DON’T WANT TO GROW UP
12) NEVILTON – VITORIOSO ADORMECIDO
13) PATO FU – SONÍFERA ILHA
14) PARAFERNÁLIAS – UM DIA EU
15) DAVID BOWIE – CHANGES
16) ROLLING STONES – 2000 MAN
17) BEATLES – RAIN
18) ANACRÔNICA – DEUS E OS LOUCOS
19) DISSONANTES – NO SEU LUGAR
20) CARTOLAS – PARTIDO EM FRANJA
21) FRANZ FERDINAND – TAKE ME OUT
22) AC/DC – MONEYTALKS
23) STROKES – JUICEBOX
24) NIRVANA – COME AS YOU ARE
25) RAIMUNDOS – EU QUERO VER O OCO
26) PARAFERNÁLIAS – COLÃ DE LÃ
27) LOBÃO – CORAÇÕES PSICODÉLICOS (ACÚSTICO)
28) RANCID – THE WARS END
29) BAD RELIGION – BEST FOR YOU
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Baterista do AC/DC é multado por posse de maconha
O baterista da banda de rock AC/DC, Phil Rudd, foi condenado por um tribunal da Nova Zelândia nesta quarta-feira a pagar uma multa pela posse de 27 gramas de maconha, o que pode causar-lhe problemas em turnês internacionais.
Rudd, de 56 anos, teve que pagar 250 dólares neozelandeses (US$ 185) por uma falta menor que, no entanto, pode prejudicar sua carreira ao vetar sua entrada em alguns países, indicou seu advogado à imprensa local.
"Não sou uma má pessoa", declarou o baterista australiano, cujo nome legal é Phillip Witschke.
Seu advogado, Tuck Craig, assinalou que Rudd, que em 2009 ganhou US$ 296 milhões em suas excursões com o AC/DC, não tem antecedentes penais e nos últimos meses viajou a trabalho a pelo menos 20 países.
"Ele viaja muito ao redor do mundo e, com esta falta menor, terá problemas em sua carreira", assinalou Craig.
A polícia encontrou a droga em 7 de outubro durante uma batida em uma festa organizada por Rudd na cidade de Tauranga, na costa leste da ilha do Norte, para onde o baterista se mudou recentemente.
O advogado assinalou que Rudd está arrependido, assume as responsabilidades e contribuiu com milhões de dólares à comunidade de Tauranga.
A Polícia, no entanto, se negou a retirar as acusações e a juíza Robyn Paterson disse no julgamento que o integrante do AC/DC, dada sua idade e sua carreira internacional, deveria ter consciência dos riscos causados pelas drogas.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/838853-baterista-do-acdc-e-multado-por-posse-de-maconha-na-nova-zelandia.shtml
Chega ao Brasil biografia de David Bowie
Chegou "Bowie - A Biografia", lançamento da editora Benvirá, sobre a trajetória do camaleão e ícone pop mundial David Bowie. São quase 500 páginas sobre a vida e a carreira do astro britânico de olho azul e castanho, com direito a 16 páginas apenas com fotografias histórias do músico de 63 anos.
O livro foi escrito por Marc Spitz, jornalista especializado em rock e cultura pop, que colabora com o jornal "The New York Times" e com as revistas "Spin", "Nylon", "Maxim" e "Uncut". Também publicou vários livros sobre o movimento punk e a cena inglesa dos anos 80, bem como a biografia sobre a banda Green Day.
Leia um trecho de "Bowie - A Biografia".
*
"Se Bowie fosse simplesmente declarado homossexual pelo jornalista em vez de ele mesmo afirmar "Sou gay e sempre fui, mesmo quando eu era David Jones", como fez, o artigo poderia não ter o mesmo impacto. E seu impacto, em termos relativos, foi sísmico; a história foi pega pelos tabloides muito além dos semanários musicais.
Não é a homossexualidade, mas a bissexualidade sem reservas que torna a história tão irresistível. Watts fala sobre a esposa de Bowie e o bebê. De forma similar, se Bowie não tivesse um material tão forte atrás de si, ninguém teria se importado. "Não despreza David Bowie como músico sério só porque ele gosta de nos provocar", Watts fortuitamente declara no texto. O objetivo da entrevista parece saber que seu novo material vai torná-lo um grande astro. "Vou ser famoso e é bem assustador de certa forma", ele conta a Watts, e então, para mostrar a blindagem de seu destino, anuncia: "Sou gay e sempre fui, mesmo quando era David Jones".
Aqueles que amavam rock'n'roll conheciam o nome David Bowie por causa da qualidade de suas novas músicas, mas aqueles que não gostavam também reconheceriam o nome David Bowie. Watts repara na "jovialidade" da declaração, mas também no seu poder. "Ele sabe que nestes tempos é permissível ser meio vulgar, chocar e ultrajar, que foi sempre o que o pop buscou fazer pela história, é um processo de demolição. E se não é um acinte, é, pelo menos, um espanto. A expressão de sua ambivalência sexual estabelece um jogo fascinante: ele é ou não? Num período de identidade sexual conflitante, ele astuciosamente explora a confusão em torno de masculino e feminino. Bowie conclui a entrevista com um esclarecimento: o vestido que ele usou na capa de "The man who sold the world" não era um vestido de mulher, mas de homem, e, mais genericamente: "Não sou ultrajante. Sou David Bowie".
Quarenta anos à frente, com a homossexualidade ainda como um jogo político, há uma força persistente no artifício de escondê-la. A coragem de assumi-la é levemente enfraquecida quando se sabe que Mick Ronson foi também encorajado a "sair do armário" e recusou. "Nessa ele ficou um pouco solitário", Suzi diz. "David falava para ele: 'Vamos, cara'. Quando saiu a "Melody Maker", a mãe de Mick ficou perplexa. 'Seu filho é uma bicha.' Ele recebeu muita bala por isso. Até minha mãe veio com o jornal, jogou-o longe e disse: 'O que é isso?'. Mas ele era um garoto humilde, do Norte. Foi pela música que Mick ficou. David queria ser uma dessas pessoas vanguardistas, acho que ele conseguiu. Mas suas músicas eram fabulosas."
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/839116-chega-biografia-de-david-bowie-leia-trecho-sobre-bissexualidade.shtml
domingo, 28 de novembro de 2010
Darwin Deez: ótimo disco
LINK PARA DOWNLOAD:
http://www.megaupload.com/?d=GR3IC2IN
Até pouco tempo atrás Darwin Deez era apenas o guitarrista da Creaky Boards, aquela banda que quis processar o Coldplay por plágio, mas sua carreira musical começou aos 16 quando ele escrevia as músicas e as gravava em seu computador velho, com um microfone mediano tocando sua guitarra com quatro cordas e uma afinação secreta. Hoje, Darwin Deez, é o nome de sua banda, que conta com mais 8 integrantes, que variam em diferentes shows. É também conhecido por suas danças malucas e pelo seu visual exótico, além ter uma alta estatura, seus cabelos encaracolados e a faixinha na cabeça que são suas marcas.
Darwin Deez é assim um disco de, com contornos dançáveis guitarras rápidas e animadas, batida forte e contagiante, base eletrônica simples e elegante e boas doses de palminhas e lo-fi servem de camadas pra uma voz arrastada, quase amargurada cantar seus desejos amorosos. Algo como ‘sad songs for happy people’, que realmente funciona na pista.
Darwin Deez (o disco) aguarda assim, como todos nós a chegada de os dias ensolarado sendo perfeito para os dias de praia, com areia e cheiro de mar.
FONTE:
http://hardesthearts.blogspot.com/2010/07/darwin-deez-radar-detector-official.html
sábado, 27 de novembro de 2010
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 356
1) AC/DC – YOU SHOOK ME ALL NIGHT LONG
2) BLACK REBEL MOTORCYCLE CLUB – BERLIN
3) RELESPÚBLICA – O CAMBURÃO (AO VIVO)
4) CAMISA DE VÊNUS – O PONTEIRO TÁ SUBINDO
5) VELHAS VIRGENS – UM HOMEM LINDO
6) WHITE STRIPES – THE HARDEST BUTTON TO BUTTON
7) SEX PISTOLS – GOD SAVE THE QUEEN
8) THE CLASH – ROCK THE CASBAH
9) CACHORRO GRANDE – HEY AMIGO
10) PARAFERNÁLIAS - CADILLAC
11) DISSONANTES – NO SEU LUGAR
12) PEARL JAM – GIVEN TO FLY
13) R.E.M. – NEAR WILD HEAVEN
14) LOBÃO – BLÁ BLÁ BLÁ EU TE AMO (ACÚSTICO)
15) CANASTRA - DIABO APAIXONADO
16) DESCENDENTS – I’M THE ONE
17) SYSTEM OF A DOWN – CHOP SUEY
18) OFFSPRING – GOTTA GET AWAY
19) SABONETES – NANANA
20) CHARME CHULO – NOVA ONDA CAIPIRA
21) SMASHING PUMPKINS – TODAY
22) BEADY EYE – BRING THE LIGHT
23) VAMPIRE WEEKEND – HOLIDAY
24) FORGOTTEN BOYS – QUINTA-FEIRA
25) ANACRÔNICA – DEUS E OS LOUCOS
26) PATO FU – SONÍFERA ILHA
27) KINGS OF LEON – BEACH SIDE
28) INTERPOL – OBSTACLE 1
29) VELVET UNDERGROUND – SWEET JANE
Lobão conta suas relações de drogas e música em autobiografia
Por MARCUS PRETO
Depois de receber do pai um soco na cara, Lobão começou a gritar para que saísse do quarto enquanto terminava de fazer as malas. Estava sendo expulso de casa.
O velho não saía. Avistou, então, os dois violões em cima da cama. Ainda pensou: "O preto ou o de nylon?". O de nylon. Pegou o instrumento e fez dele uma clava.
Deu com força na cabeça do pai repetidas vezes. O homem caiu no chão, arrastou-se para fora do quarto tentando fugir dos golpes, que continuavam. Apanhava em silêncio. Ensanguentado, conseguiu chegar à escada.
Em última tacada, o filho o empurra pelos degraus. Só sossegou porque não havia mais violão para continuar batendo. Em seguida, chamou a irmã: "Vamos sair deste hospício". Nunca mais voltou para casa. Tinha 19 anos.
Hoje, aos 53, o músico reúne histórias como essa --algumas ainda mais pesadas-- na volumosa autobiografia "Lobão - 50 Anos a Mil".
O livro foi escrito com o jornalista Claudio Tognolli. Enquanto o biografado ia fundo nas próprias lembranças, Tognolli fazia a pesquisa factual: compilava notícias publicadas nos últimos 30 anos, recolhia os inúmeros processos judiciais que Lobão teve de responder, entrevistava outros personagens.
O material jornalístico não se mistura às memórias, só as completa. Vem intercalado em capítulos à parte que, segundo Lobão, estão lá "pra ninguém dizer que sou louco e estou inventando história".
O leitor impaciente pode pular esses capítulos sem nenhum prejuízo da narrativa.
Mas é fato que, de tão extraordinárias, muitas das peripécias narradas parecem mesmo pura invenção.
Como o evento da primeira masturbação. Menino carola (pensava em ser padre), era fascinado pela figura do Jesus crucificado, "tinha tesão naquela sunguinha". Construiu, na oficina caseira do pai, uma cruz de seu próprio tamanho e arrastou-a nas costas até o quarto. Fez ali sua solitária estreia sexual.
Outro episódio inacreditável tem como cenário o velório do poeta Julio Barroso (1953-1984). Prestando "uma última homenagem" ao amigo e parceiro morto, Lobão e Cazuza cheiraram cada um uma carreira de cocaína sobre o tampo do caixão.
INDIANA JONES
Lobão conta que escreveu exatamente 871 páginas de memórias. Jogou fora dois terços delas na edição final.
"Eu me tratei como um personagem", diz. "No começo, estava seguindo um caminho mais existencialista. Depois, optei pela velocidade e intensidade. Como se eu fosse um Indiana Jones."
As aventuras do mocinho se confundem sempre com a do bandido. Incluem um período de três meses na cadeia, condenado por porte e consumo de drogas. E, após a saída da prisão, uma relação íntima com traficantes e outros marginais nos morros cariocas.
Há contos divertidos, como o dia em que ele e a irmã obrigaram a mãe a fumar maconha. Ou o golpe que deu na Blitz, uma de suas bandas, escondendo deles que ia sair em carreira solo só para aparecer junto da turma numa capa de revista.
Outros casos são trágicos. Somam-se crises de depressão, tentativas de suicídio dele (por overdose de Rivotril) e da mãe --que, por fim, conseguiu acabar com a própria vida e ainda deixou uma carta culpando ele, o filho.
"O livro inteiro sou eu morrendo muitas vezes, de várias maneiras", ele diz. "E depois, sempre, me reinventando."
É mais que isso. A partir de sua trajetória turbulenta, Lobão traça um painel daquela geração da música pop brasileira, construída e consagrada entre o final dos anos 1970 e meados dos 1980.
Percorrem o livro, entre tantos, Marina Lima, Ritchie, Cazuza, Lulu Santos, Evandro Mesquita, os Titãs, a Gang 90, Herbert Vianna.
Os desentendimentos com este último mereceram espaço generoso. Lobão coleciona uma série de histórias que, segundo ele, comprovam uma "obsessão" do líder dos Paralamas do Sucesso por sua pessoa --incluindo plágios e sabotagens.
"Lobão - 50 Anos a Mil" termina quando o cantor chega a São Paulo para morar, em 2008. É vida nova.
"O que mais me deixou orgulhoso é que o livro está bem escrito", diz. "Se, teoricamente, tudo o que eu contei ali fosse mentira, ele valeria como um bom romance."
50 ANOS A MIL
AUTORES Lobão e Claudio Tognolli
EDITORA Nova Fronteira
QUANTO R$ 59,90 (752 págs.)
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Peter Hook vai regravar músicas do Joy Division com nova banda
O baixista Peter Hook anunciou que irá regravar músicas de sua ex-banda, Joy Division. As versões serão registradas com a ajuda de seu novo projeto, a banda The Light, com participação da ex-vocalista do Happy Mondays, Rowetta.
"Vamos fazer um EP só porque as versões com a Rowetta no vocal têm uma qualidade ótima", disse Hook.
Segundo o site "NME", as músicas que entrarão no EP são "Insight", "New Dawn Fades", "Atmosphere" e "Pictures", uma faixa composta pela banda em 1978, mas nunca lançada.
Ainda resgatando o Joy Division, Hook irá cair na estrada na próxima semana com sua nova banda tocando o clássico álbum "Unkown Pleasures", de 1979. Ele fará nove shows nos Estados Unidos.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/835966-peter-hook-vai-regravar-musicas-do-joy-division-com-nova-banda.shtml
Prodigy e Sex Pistols lideram lista de músicas mais polêmicas
A música "Smack My Bitch Up" da banda Prodigy foi eleita em uma votação na Inglaterra a música mais polêmica de todos os tempos.
A faixa de 1997 repete diversas vezes o verso "smack my bitch up" (espancar minha vadia, em tradução livre). Quando lançada, ela foi banida da rede BBC e a banda foi acusada de misoginia.
No segunda lugar da lista ficou o clássico punk "God Save the Queen", dos Sex Pistols, graças a versos como "deus salve a rainha / ela não é um ser humano". Em terceiro vem a sexualmente explícita "Relax" da banda Frankie Goes To Hollywood.
A lista foi escolhida em votação popular conduzida pela empresa PRS for Music. Confira abaixo as dez mais votadas:
Sex Pistols ficam em segundo lugar em votação da música mais polêmica de todos os tempos
1. The Prodigy - "Smack My Bitch Up"
2. The Sex Pistols - "God Save The Queen"
3. Frankie Goes To Hollywood - "Relax"
4. Eminem - "Kim"
5. Rage Against The Machine - "Killing In The Name"
6. The Shamen - "Ebeneezer Goode"
7. Ozzy Osbourne - "Suicide Solution"
8. Marilyn Manson - "Get You Gunn"
9. Slayer - "Angel Of Death"
10. XTC - "Dear God"
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/836554-prodigy-e-sex-pistols-lideram-lista-de-musicas-mais-polemicas.shtml
O Brasil não sabe mais fazer letra de música
Por ANDRÉ FORASTIERI
Foi uma temporada ouvindo velhos CDs de samba. Foi aquela coleção de CDs do Chico Buarque que está nas bancas e a repercussão do show do Paul McCartney. Dois criadores de melodias inesquecíveis sim, mas não estavam sozinhas. As letras de Chico, como as dos Beatles, marcaram suas gerações e sobrevivem ao tempo.
Vale pesquisa para ver se as letras do rock internacional hoje são piores ou melhores que as de antigamente. No Brasil, não tem polêmica: nossa música popular atual é dominada por rimas pobres, imagens pobres, ideias pobres. Por que as letras das músicas brasileiras de hoje são tão inferiores às de outros tempos?
Não se trata de nostalgia, mas de ter ouvido para ouvir ou olho para ler. Em caso de dúvida, sugiro visita ao site Vagalume, maior repositório de letras da internet. É de assustar. No pagode, no sertanejo, no forró, na MPB, no rock indie mais metido a besta - as letras são horríveis.
Chico, como McCartney, não começou pronto. A Banda não é Roda Viva, certo, mas a ambição estava lá. E sempre teve música chata e letra idiota, sim, mas até um passado recente dava para encontrar em todos os gêneros letras bem boladas, divertidas, bonitas.
Claro que ninguém vai a um show de Ivete Sangalo para ouvir letras inteligentes. Vai para pular, dançar, namorar. Mas Ivete - ou Claudia Leitte, ou Luan Santana, ou Jorge e Mateus, ou Charlie Brown Jr. - precisam de letras tão toscas e infantilizadas? Precisa sempre rimar “você” com “te querer” e “sonhar” com “te amar”?
Cresci com cantoras que não tinham nada a dizer. Por isso procuravam compositores com algo interessante a dizer e uma maneira musicalmente interessante de dizê-lo. Que seria das carreiras de Gal Costa ou Clara Nunes ou Elis Regina se tivessem se limitado a lê-lê-lê, ilariê, a massa, vamo pulá? Não tem um Aldir Blanc para ajudar nossas divas a cantar em português de gente e dizer alguma coisa?
É provável que em algum recanto deste país se esconda um letrista de primeira ou aquela banda de rock que eu tenho que conhecer, que é ótima e não sei o quê. Não se trata disso. O assunto aqui é música popular, música que faz sucesso. Nos antigamentes, tivemos canções que tinham letras simples, mas bem sacadas, bem-humoradas.
Pirata da Perna de Pau, Samba do Arnesto, Asa Branca... ou, para pegar minha temporada de adolescente, Romaria ou Pro Dia Nascer Feliz. Nenhuma obra-prima da literatura, mas dez mil pontos acima de qualquer coisa que você ouviu no rádio em 2010.
Will.I.Am, líder dos Black Eyed Peas, defende uma tese ousada sobre comunicação no mundo moderno. Diz que seu ideal é chegar a canções de uma nota só, e letras compostas exclusivamente de um refrão. Como a gente vive bombardeado de informação e estímulos, diz ele, a única maneira de atravessar todo este ruído e impactar as pessoas é sendo supersimples.
Pode ser uma explicação. Mas na gringa, mesmo no alto da Billboard, você encontra letras com alguma sofisticação - Love The Way You Lie, por exemplo. É chata que dói, e os guinchos de Rihanna doem nos tímpanos, mas Eminem tem ambição. Quer fazer muito sucesso e dizer alguma coisa. Não é demais.
Estou ranzinzando? Ficarei feliz de receber exemplos de boas letras nacionais de 2010. Mas de orelhada, minha sensação é: pioramos.
FONTE:
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2010/11/25/o-brasil-nao-sabe-mais-fazer-letra-de-musica/
Foi uma temporada ouvindo velhos CDs de samba. Foi aquela coleção de CDs do Chico Buarque que está nas bancas e a repercussão do show do Paul McCartney. Dois criadores de melodias inesquecíveis sim, mas não estavam sozinhas. As letras de Chico, como as dos Beatles, marcaram suas gerações e sobrevivem ao tempo.
Vale pesquisa para ver se as letras do rock internacional hoje são piores ou melhores que as de antigamente. No Brasil, não tem polêmica: nossa música popular atual é dominada por rimas pobres, imagens pobres, ideias pobres. Por que as letras das músicas brasileiras de hoje são tão inferiores às de outros tempos?
Não se trata de nostalgia, mas de ter ouvido para ouvir ou olho para ler. Em caso de dúvida, sugiro visita ao site Vagalume, maior repositório de letras da internet. É de assustar. No pagode, no sertanejo, no forró, na MPB, no rock indie mais metido a besta - as letras são horríveis.
Chico, como McCartney, não começou pronto. A Banda não é Roda Viva, certo, mas a ambição estava lá. E sempre teve música chata e letra idiota, sim, mas até um passado recente dava para encontrar em todos os gêneros letras bem boladas, divertidas, bonitas.
Claro que ninguém vai a um show de Ivete Sangalo para ouvir letras inteligentes. Vai para pular, dançar, namorar. Mas Ivete - ou Claudia Leitte, ou Luan Santana, ou Jorge e Mateus, ou Charlie Brown Jr. - precisam de letras tão toscas e infantilizadas? Precisa sempre rimar “você” com “te querer” e “sonhar” com “te amar”?
Cresci com cantoras que não tinham nada a dizer. Por isso procuravam compositores com algo interessante a dizer e uma maneira musicalmente interessante de dizê-lo. Que seria das carreiras de Gal Costa ou Clara Nunes ou Elis Regina se tivessem se limitado a lê-lê-lê, ilariê, a massa, vamo pulá? Não tem um Aldir Blanc para ajudar nossas divas a cantar em português de gente e dizer alguma coisa?
É provável que em algum recanto deste país se esconda um letrista de primeira ou aquela banda de rock que eu tenho que conhecer, que é ótima e não sei o quê. Não se trata disso. O assunto aqui é música popular, música que faz sucesso. Nos antigamentes, tivemos canções que tinham letras simples, mas bem sacadas, bem-humoradas.
Pirata da Perna de Pau, Samba do Arnesto, Asa Branca... ou, para pegar minha temporada de adolescente, Romaria ou Pro Dia Nascer Feliz. Nenhuma obra-prima da literatura, mas dez mil pontos acima de qualquer coisa que você ouviu no rádio em 2010.
Will.I.Am, líder dos Black Eyed Peas, defende uma tese ousada sobre comunicação no mundo moderno. Diz que seu ideal é chegar a canções de uma nota só, e letras compostas exclusivamente de um refrão. Como a gente vive bombardeado de informação e estímulos, diz ele, a única maneira de atravessar todo este ruído e impactar as pessoas é sendo supersimples.
Pode ser uma explicação. Mas na gringa, mesmo no alto da Billboard, você encontra letras com alguma sofisticação - Love The Way You Lie, por exemplo. É chata que dói, e os guinchos de Rihanna doem nos tímpanos, mas Eminem tem ambição. Quer fazer muito sucesso e dizer alguma coisa. Não é demais.
Estou ranzinzando? Ficarei feliz de receber exemplos de boas letras nacionais de 2010. Mas de orelhada, minha sensação é: pioramos.
FONTE:
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2010/11/25/o-brasil-nao-sabe-mais-fazer-letra-de-musica/
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Cantor Lou Reed irrita parte do público em apresentação
Por THALES DE MENEZES
Depois de uma hora e 20 minutos de barulho ininterrupto, o cantor e guitarrista norte-americano Lou Reed, 68, fez um bis inesperado para metade do público que permaneceu até o fim do show no Sesc Pinheiros, ontem. Ele tocou "I'll Be Your Mirror", do Velvet Underground.
Reed foi aplaudido por cerca de três minutos, e sem nenhum sinal de que voltaria, muita gente já havia saído do auditório quando ele reapareceu. O músico parece ter gostado do público brasileiro. Não há outros registros de bis dele nesta turnê e até um "obrigado" em português ele disse durante a apresentação.
O cantor fez show baseado no álbum "Metal Machine Music", de 1975, conhecido por músicas de sons distorcidos e sem voz. Ainda no início, cerca de 10% do público deixou o local --que estava lotado, com 1.100 pessoas.
Lou Reed faz show de uma hora e 20 minutos de barulho ininterrupto no Sesc Pinheiros
Reed permaneceu sentado com sua guitarra o tempo todo. Depois de 36 minutos do show começado, ele abriu a boca e cantou alguma coisa ininteligível. Com 50 minutos, quando a microfonia diminuiu, disse os versos em inglês "eu vejo através dos seus olhos, o que você está vendo?".
Dois músicos acompanham o guitarrista, um tocando saxofone e outro com teclados conectados a um computador.
Faltando dez minutos para acabar, cantou coisas guturais à maneira de um pajé indígena. No encerramento do show, deu dois toques em um bumbo e saiu do palco.
sábado, 20 de novembro de 2010
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 355
1) ARCADE FIRE – THE SUBURBS
2) BELLE AND SEBASTIAN – COME ON SISTER
3) ARNALDO ANTUNES – ENVELHECER
4) SUPERGUIDIS – QUANDO SE É VIDRAÇA
5) SABONETES – NANANA
6) CANSEI DE SER SEXY – LEFT BEHIND
7) DISSONANTES – NO SEU LUGAR
8) CARTOLAS – PARTIDO EM FRANJA
9) MISFITS – AMERICAN PSYCHO
10) NOFX – LIFE O’RILEY
11) GREEN DAY – HOLIDAY
12) NEVILTON – VITORIOSO ADORMECIDO
13) PARAFERNÁLIAS – GATA DA PRAIA
14) PEARL JAM – DOWN
15) PIXIES – ALEC EIFFEL
16) PLEBE RUDE – ATÉ QUANDO ESPERAR
17) IDENTIDADE – JOGO SUJO
18) MATANZA – O CHAMADO DO BAR (AO VIVO)
19) EXPULSADOS – EL OUTRO
20) KINGS OF LEON – BEACH SIDE
21) KAISER CHIEFS - RUBY
22) TEQUILA BABY – 51
23) JÚPITER MAÇÃ – BEATLE GEORGE
24) NIRVANA – SMELLS LIKE TEEN SPIRIT (LIVE)
25) OASIS – SUPERTSONIC
26) THEM CROOKED VULTURES – BANDOLIERS
27) RELESPÚBLICA - CATAVENTO
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Weezer me faz querer voltar lá
Por ANDRÉ FORASTIERI
Vários anos atrás, começo da tarde em Los Angeles - o amigo Pablo Miyazawa corre para ver um show secreto do Weezer, no topo da Virgin da Sunset Strip, loja de discos mega, nem existe mais.
Eu: por que a excitação? Weezer? Vai lá que eu vou para outro lado.
Bem, é geracional. Para uma turma de caras mais novos que eu, e mais sensíveis que eu, ou mais assumidos, Weezer dizia muito. Era rock, mas era rock de óculos, rock irônico, autocrítico, literário, geek.
Rivers Cuomo, líder e vocalista, é um ícone para muita gente esperta. Pablo, agora editor-chefe da Rolling Stone - e quem merece mais? - tinha bons argumentos.
Mas nunca ouvi um álbum. Peguei alguns vídeos, divertidinhos e só. Weezer: canções fáceis de lembrar e fáceis de esquecer.
Até essa. Trombei anteontem à noite na VH1. Quase chorei. A música, o sol californiano, skate na piscina, criançada brincando, o coro, a turma toda de Jackass zoando, Johnny, Stevo. Me bateu.
Tenho meus momentos de maria-mole, você não?
Fui checar a letra agora. Captura a melancolia intermitente que te assombra quando você assume os prazeres da responsabilidade.
Sem autopiedade, e com alguma esperança, de que todos precisamos, e mais ainda quando olhamos para trás.
Hei, Pablo, quero estar lá de volta, como faz? E aproveita e me explica: Cuomo melhorou com a idade, ou eu?
Memories
Pissing in plastic cups before we went on stage
Playing hackey sack back when Audioslave was still Rage
Watching all the freaky Dutch kids vomit then have sex
Listening to techno music on the bus while we earned our checks
Memories make me want to go back there, back there
All the memories make me want to go back there, back there
All the memories, how can we make it back there, back there I want to be there again
Messing with the journalists and telling stupid lies
They had a feeling that something was up
Because of the look in our eyes
In fact we didn't know what we were doing half of the time
We were so sure of ourselves and drove a long way through life
Memories make me want to go back there, back there
All the memories make me want to go back there, back there
All the memories, how can we make it back there, back there
I want to be there again
Now I got so many people that I got to look out for
I never know when I'll be called away to buy some food at the store
I can hear them babies crying and the lawn needs to be moved
I gotta get my groove on because I'm freakin bored!
Memories make me want to go back there, back there
All the memories make me want to go back there, back there
All the memories, how can we make it back there, back there
I want to be there again
FONTE:
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2010/11/16/weezer-me-faz-querer-voltar-la/
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Paul McCartney apanha e dá a outra face desde os anos 60
Por ANDRÉ BARCINSKI
Paul McCartney tem 68 anos e, há meio século, ele é o maior astro pop do mundo.
Mas, apesar de toda a pressão da fama e dos conflitos, raramente se viu McCartney perdendo a esportiva. Ninguém é Sir à toa.
Philip Norman, autor de "Shout", uma das melhores biografias dos Beatles, descreve assim a personalidade de McCartney: "Paul, embora tão individualista quanto John, não possuía nada da rebeldia temerária deste. Tinha uma aversão profunda a toda agressão e confrontação aberta, preferindo dobrar os outros à sua vontade usando a simpatia, a diplomacia e a inocência por vezes enganosa de seus grandes olhos castanhos".
JOHN & YOKO
O momento mais marcante no processo de ruptura dos Beatles foi o romance entre John Lennon e Yoko Ono. No fim dos anos 60, Lennon passou a levar Yoko para o estúdio durante as gravações da banda. "O mais inacreditável era que, ao final de cada tomada de gravação, era para Yoko, não para Paul ou George Martin (produtor), que ele se voltava em busca de um comentário", escreveu Philip Norman.
Apesar dessa interferência rude no trabalho da banda, Paul tentou ser diplomático. Diferentemente de George Harrison, que insultou Yoko, acusando-a de "transmitir vibrações negativas". Lennon acusou McCartney de escrever "Get Back" para Yoko: "Toda vez que ele cantava 'Volte para o lugar de onde você veio', ele olhava para Yoko".
Depois do fim dos Beatles, Lennon não perdeu uma chance de achincalhar McCartney. Em 1971, lançou a rancorosa faixa "How Do You Sleep?" ("Como você dorme?"), um ataque direto a Paul, em que dizia: "Um rostinho bonito dura um ano ou dois" e "a única coisa que você fez foi 'Yesterday'".
Dois anos depois dessa briga pública, Lennon estava separado de Yoko e passando por um período difícil, afundado em álcool e drogas. E quem saiu em socorro do ex-parceiro e ajudou o casal a se reconciliar?
"Eu quero que o mundo saiba que foi uma coisa muito tocante o que Paul fez por John", disse Yoko. "Ele ouviu boatos de que John estava com problemas e ficou genuinamente preocupado com seu velho parceiro. John sempre dizia que não entendia por que Paul tinha feito isso por nós, mas ele fez."
A admiração de Yoko por Paul, entretanto, não durou muito. Certa vez, comparou Lennon a Mozart e McCartney a Salieri, o rival menos talentoso de Mozart. E quando McCartney pediu a Yoko que os créditos de algumas canções, como "Yesterday", fossem mudados para "McCartney/Lennon", ela recusou. "A princípio, ela concordou. Mas ligou algumas horas depois, mudara de ideia", disse McCartney.
MICHAEL
Outra megacelebridade com quem McCartney entrou em conflito foi Michael Jackson. No início dos anos 80, McCartney e Jackson gravaram juntos as músicas "Say Say Say" e "The Girl Is Mine". A parceria entre os dois tinha tudo para durar.
Até que McCartney casualmente contou a Jackson que estava ganhando muito dinheiro com edição musical. O ex-beatle, que havia comprado o catálogo das canções de Buddy Holly, disse a Jackson que a melhor maneira de faturar com música era comprar os direitos de edição de canções famosas.
Jackson não titubeou: em 1985, comprou por 47 milhões de dólares cerca de 200 músicas dos Beatles, vencendo o próprio McCartney, que também havia feito uma oferta. "Isso não está certo", disse McCartney, comentando o caso. "Toda vez que eu faço um show e toco 'Hey Jude', preciso pagar". Quando McCartney procurou Jackson, este respondeu: "Ah, Paul, mas são apenas negócios!".
Em 2008, para piorar um pouco as coisas, Michael Jackson lançou o "remix" de seu álbum mais famoso, "Thriller", e simplesmente apagou os vocais de McCartney da faixa "The Girl Is Mine", substituindo o ex-beatle por Will.I.am, do Black Eyed Peas.
Pouco mais de um ano depois, em junho de 2009, Jackson morreu. McCartney, sempre diplomático, foi só elogios ao ex-parceiro: "É muito triste e chocante. Me sinto privilegiado por ter conhecido e trabalhado com Michael. Ele era um menino-homem incrivelmente talentoso e com uma alma gentil".
HEATHER
Mas nenhum conflito de McCartney foi tão feio quanto seu divórcio da ex-modelo e ativista Heather Mills. Eles se casaram em 2002 e tiveram uma filha, Beatrice, em 2003. O relacionamento deteriorou rapidamente, e o casal se separou em 2006. Os detalhes da vida conjugal viraram um banquete para os tabloides sensacionalistas ingleses.
Logo após a separação, Heather Mills foi à imprensa e destruiu McCartney: culpou sua filha, a estilista Stella McCartney, pela separação, ameaçou divulgar fitas de McCartney em sessões de análise e acusou o marido de ser viciado em drogas e álcool.
Em março de 2008, um juiz de Londres concedeu o divórcio. Heather Mills saiu do tribunal com R$ 84 milhões.
Desta vez, ele desabafou, ainda que timidamente: "Não vai haver mais tumulto, nem caos, nem Heather. Enfim, eu tenho paz!".
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/832238-paul-mccartney-apanha-e-da-a-outra-face-desde-os-anos-60.shtml
Patti Smith ganha prêmio literário nos EUA
A roqueira Patti Smith estava entre as grandes vencedoras na cerimônia de entrega do Prêmio Nacional do Livro (National Book Awards) dos Estados Unidos na quarta-feira por seu livro de memórias "Só Garotos". Ela recebeu o prêmio às lágrimas e pediu que as editoras não deixem a tecnologia acabar com os livros tradicionais.
Tom Wolfe, autor de best-sellers como "A Fogueira das Vaidades", "Os Eleitos" e "O Teste do Ácido do Refresco Elétrico", venceu a medalha pela contribuição às letras norte-americanas.
Jaimy Gordon superou autores como Peter Carey e Nicole Krauss ao ganhar o prêmio na categoria de ficção por "Senhor de Misrule", publicada pela McPherson & Co.
A noite teve espaço para piadas sobre a condição atual da indústria editorial de livros, que está vivendo um período conturbado com o surgimento do mercado de livros eletrônicos.
Smith, uma cantora, compositora e poeta norte-americana de 63 anos, se emocionou ao receber o prêmio de não-ficção por "Só Garotos", sobre suas dificuldades durante a juventude e o relacionamento com o fotógrafo americano Robert Mapplethorpe.
"Não existe nada mais belo que um livro, o papel, a fonte, o tecido", disse Smith, cujo livro foi publicado pela Ecco, da HarperCollins. "Por favor, não importa o quanto avancemos tecnologicamente, por favor nunca abandonem o livro."
Wolfe, de 79 anos, um dos defensores do estilo "novo jornalismo" nos anos 1960, lembrou de seus primeiros trabalhos de reportagem e deu o conselho aos futuros romancistas: "Primeiro, deixe o prédio e depois sente para escrever."
O prêmio de poesia foi para Terrance Hayes por sua quarta coleção "Lighthead", da Penguin Books.
Kathryn Erskine venceu o prêmio de literatura para jovens, por "Mockingbird", publicada pela Philomel Books, da Penguin Young Readers Group.
Na lista de um dos prêmios literários mais importantes dos Estados Unidos estavam 13 mulheres entre os 20 finalistas. Segundo a Fundação Nacional do Livro norte-americana foi o maior número de mulheres indicadas na história da premiação. Cinco finalistas disputam cada uma das quatro categorias, e o vencedor recebe 10 mil dólares.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/832468-cantora-patti-smith-ganha-premio-literario-nos-eua.shtml
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Baixe o novo disco do Dissonantes
Em seu segundo registro oficial intitulado apenas “2”, os Dissonantes apresentam uma proposta diferente do primeiro disco (Cassino – 2008). Literalmente pesam a mão com uma sonoridade mais agressiva e fiel às atuais influências dos integrantes, mas sem esquecerem da receita que faz suas músicas não saírem da cabeça do público. Com a saída deAllan Woellner (teclados) em 2009, resolveram incorporar uma guitarra extra ao novo som e para isso chamaram Hermes Bruchmann.
LINK:
http://www.easy-share.com/1912981087/Dissonantes%20(Blog%20A%20Cena).rar
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Discos do Queen serão relançados
A banda Queen encerrou 40 anos de parceria com a gravadora EMI, com a qual trabalhou desde o início de sua carreira. O grupo assinou com a Universal Music Group e irá aproveitar as mudanças, e o aniversário de quatro décadas, que acontece em 2011, para lançar versões remasterizadas, repaginadas e com diversos conteúdos extras de seus 15 discos de estúdio.
Os cinco primeiros álbuns, Queen, Queen II, Sheer Heart Attack, A Night at the Opera e A Day at the Races, chegam às lojas em março. Os outros sairão aos poucos ao longo do ano (as datas ainda não foram definidas).
Sobre o assunto, o guitarrista Brian May declarou: "Estamos muito animados de, depois de todo esse tempo, embarcar em uma nova fase na nossa carreira - com uma nova gravadora - com novas ideias e novos sonhos".
FONTE:
http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/discos-do-queen-serao-relancados/
sábado, 13 de novembro de 2010
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 354
1) NIRVANA – OH THE GUILT
2) STROKES – YOU ONLY LI VE ONCE
3) NEVILTON – VITORIOSO ADORMECIDO
4) SABONETES – DESCONTROLADA
5) LOS HERMANOS – O VENCEDOR
6) THE HIVES – I HATE TO SAY I TOLD YOU SO
7) SYSTEM OF A DOWN – CHOP SUEY
8) METALLICA – WHISKEY IN THE JAR
9) KAISER CHIEFS - RUBY
10) ANACRÔNICA – ELES ME QUEREM ASSIM
11) ARNALDO ANTUNES – A CASA É SUA
12) BELLE AND SEBASTIAN – COME ON SISTER
13) GUNS N’ ROSES – LIVE AND LET DIE
14) QUEEN – CRAZY LITTLE THING CALLED LOVE
15) TNT – EU NÃO SEI
16) CASCAVELLETES – MOTO
17) MAGAZINE – COMEU
18) AEROSMITH – WALK THIS WAY
19) OZZY OSBOURNE – MAMMA I’M COMING HOME
20) JOAN JETT - I LOVE ROCK AND ROLL
21) JÚPITER MAÇÃ – CALLING ALL BANDS
22) TEQUILA BABY – BALÃO NA BOCA
23) SUPERGUIDIS – SPIRAL ARCO-ÍRIS
24) MORDIDA – MALUCA
25) RED HOT CHILLI PEPPERS – ROAD TRIPPING
26) THE PAINS OF BEING PURE AT HEART – EVERYTHING WITH YOU
27) RAMONES – NO GO
Guns n' Roses gravará novo álbum em breve
O Guns N'Roses está se preparando para trabalhar em mais um álbum de inéditas. Em entrevista ao Artisan New Service, o guitarrista DJ Ashba revelou que os fãs não precisarão aguardar mais 15 anos (como foi o caso de Chinese Democracy, de 2008) para um novo disco.
"Estamos falando sobre isso agora", disse ele. "Estamos com uma série de ideias e será bom. Não demorará tanto [quanto o Chinese Democracy]. Prometo." Ele contou ainda que a banda está no início do processo de composição para o que será o sétimo álbum de estúdio da banda.
Considerando que o grupo ainda se encontra nos primeiros estágios de elaboração do álbum, obviamente ainda não há informação acerca de detalhes sobre o trabalho.
FONTE:
http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/guns-n-roses-gravara-novo-album-em-breve/
Atração do Rock in Rio, Metallica vai trabalhar em novo álbum em 2011
O baterista do Metallica, Lars Ulrich, anunciou que a banda quer começar a escrever músicas para o sucessor de "Death Magnetic", lançado em 2008, no ano que vem. As informações são da revista "NME".
"Nós não temos escrito desde 2006, 2007 e nós queremos voltar a ser criativos novamente", disse Ulrich. "Atualmente estamos só relaxando, e devemos começar em março ou abril".
Ulrich também disse que uma turnê futura com as bandas Anthrax, Slayer e Megadeth também está nos planos. "A vibração com eles é boa demais para ignorarmos".
A banda toca no Rock in Rio, que acontece entre 23 de setembro e 2 de outubro de 2011, no Rio. A banda fará parte da terceira noite do festival, dedicada ao heavy metal, que tem ainda as bandas brasileiras Sepultura e Angra.
Os ingressos para o Rock in rio começam a ser vendidos no dia 19 de novembro no site oficial do evento.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/830251-atracao-do-rock-in-rio-metallica-vai-comecar-a-trabalhar-em-novo-album-em-2011.shtml
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Stone Temple Pilots virá ao Brasil em dezembro
A casa de shows paulistana Via Funchal recebe os norte-americanos do Stone Temple Pilots no dia 9 de dezembro. Os ingressos custam entre R$200 (pista) e R$300 (camarote). Rumores dão conta de que a banda também se apresenta no Circo Voador, no Rio de Janeiro, mas a assessoria do local diz que o show ainda não está confirmado.
Em 2008, após anos de hiato, o Stone Temple Pilots, que iniciou sua carreira nos anos 80, voltou para a estrada em uma turnê de reunião e, em maio deste ano lançou o primeiro disco de estúdio em nove anos.
O grupo liderado por Scott Weiland virá para cá depois de realizar três apresentações no México. Ao ir embora do Brasil, ele segue para o Peru e, posteriormente, para a Colômbia. No último mês de setembro, o quarteto adiou diversas datas de apresentações que faria nos Estados Unidos, mas a turnê foi retomada na primeira metade de outubro.
FONTE:
http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/stone-temple-pilots-vira-ao-brasil/
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Belle & Sebastian volta ao Brasil com disco maduro
Por JULIANA ZAMBELO
Ser fã de Belle & Sebastian nos anos 90 era guardar um segredo. A banda lançava seus trabalhos por um selo pequeno, quase não fazia shows e fugia da imprensa. Aos poucos, com o reconhecimento da crítica, veio o aumento do público e as turnês mundiais, mas esta fase também passou.
Hoje, graças a uma pausa de três anos e meio, o "hype" se foi e a banda está de volta a um espaço reservado no qual se sente mais confortável.
Com 14 anos de estrada e sete integrantes, o grupo escocês lançou em outubro seu oitavo álbum, "Write About Love", e embarcou em uma turnê pequena, que passa esta semana por São Paulo e Rio. A sua primeira vinda ao Brasil aconteceu em 2001.
Em entrevista à Folha, o vocalista e principal compositor, Stuart Murdoch, falou sobre a volta aos palcos, o novo trabalho e as lembranças que guarda de sua primeira visita ao Brasil:
Folha: Como tem sido a nova turnê até agora?
Stuart Murdoch - Está ótima, muito divertida. Temos tocado apenas cinco músicas do novo disco até agora, porque cada música nova que você toca ao vivo leva um tempo para encontrar seu lugar.
O repertório dos shows está variando bastante. Como vocês escolhem o set list? É difícil deixar todo mundo feliz?
Não tentamos deixar todo mundo feliz, para ser honesto. Eu só tento me deixar feliz, o que parece um jeito bastante egoísta de fazer as coisas, mas tem sido divertido voltar a fazer shows e tocar as músicas mais antigas.
E como será o repertório no Brasil?
Algumas pessoas do Brasil já entraram no nosso site e mandaram pedidos, que eu não vou contar quais foram, mas vamos tentar tocar alguma coisa de cada disco.
Como foi voltar aos palcos depois de três anos e meio de pausa?
Foi estranho por mais ou menos dez minutos no primeiro show e logo depois parecia que não tínhamos parado.
Vocês passaram pelo Brasil em 2001. Qual sua lembrança mais forte daqui?
No dia seguinte ao show em São Paulo nós tivemos um tempo livre. Nós saímos e acabamos encontrando algumas pessoas que estavam no show no dia anterior e foi interessante conhecer essas pessoas em um dia normal, cuidando de suas vidas.
Vocês mantiveram contato com essas pessoas que conheceram aqui?
Nós nos correspondemos logo depois com algumas delas, mas isso se perdeu com o tempo. Será interessante ver se as mesmas pessoas vão estar no show.
Algumas críticas ao novo disco descrevem este novo trabalho como "maduro". Você considera isso um elogio?
Não li muitas críticas, mas acho perfeitamente ok. Outro dia a gravadora disse que queria nos afastar do rótulo "adulto contemporâneo", mas eu sou um adulto e não acho que tem nada errado em agir de acordo com a minha idade. Eu tenho 42 anos. Alguns aspectos da minha música mudaram, não componho mais da mesma forma e eu não acho que devo pedir desculpas por isso.
Os dois últimos álbuns do grupo brincam mais com estilos, ritmos, enquanto esse é mais homogêneo. Até a capa lembra os primeiros trabalhos. Vocês tomaram essa decisão conscientemente?
Nada em relação ao nosso grupo vem de uma decisão consciente, nós normalmente só seguimos nossos instintos. Dessa vez, nós fizemos o álbum mais rapidamente, escrevemos as músicas em pouco tempo, então eu acho que isso pode ter contribuído para o disco ficar mais homogêneo. Eu também queria que ele fosse honesto em relação a como estávamos nos sentindo na época ao invés de ser sobre diferentes personagens.
Quanto tempo o disco levou para ser gravado?
Escrevemos as músicas em fevereiro e começamos a gravar em abril. Para nós, isso foi rápido. No estúdio foi mais ou menos um mês.
Em seu diário no site oficial da banda você, comentando o vazamento do disco na internet, disse que talvez não passe mais por esse processo de novo. Do que exatamente você está falando?
Tentamos manter o disco em segredo até o lançamento, mas não conseguimos. Podemos tentar isso na próxima vez, mas isso significa que não poderíamos trabalhar novamente com uma gravadora, teríamos que gravar e lançar nós mesmos. É uma possibilidade.
Como você se sente hoje em relação aos seus primeiros trabalhos?
Eu os ouço quando estou tentando lembrar das músicas para tocar ao vivo, mas eu gosto mais de ouvir os mais recentes, a produção é melhor. Eu me sinto feliz por ter feito aqueles discos, sinto como se eles fossem velhos amigos
Quando você começou a banda, havia muitos outros grupos surgindo em Glasgow e existia um intercâmbio grande entre os artistas, mas faz alguns anos que essa movimentação parou. O que aconteceu?
Eu acho que ainda acontece, mas você fica velho, não sai mais tanto. Eu e minha mulher tentamos sair e ver o que está acontecendo com os mais jovens, mas ele estão em outros círculos, tendo experiências diferentes e toda a ação acontece às três da manhã e não estamos lá porque estamos na cama. Mas ainda tem muito movimento, eu sinto.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/826345-belle--sebastian-volta-ao-brasil-com-disco-maduro-e-planos-de-voltar-a-ser-indie.shtml
McCartney arrisca português e levanta público com Beatles
Por IVAN FINOTTI
Com nove minutos de britânico atraso, Paul McCartney iniciou ontem em Porto Alegre a perna latino-americana de sua Up and Coming Tour. O show começou com a tríade "Venus and Mars"/ "Rock Show"/"Jet", com oito minutos de duração.
Mas o Beira-Rio veio abaixo às 21h17, com os acordes beatlenianos de "All My Loving". A festa sessentista seguiu com "Drive My Car" e "The Long and Winding Road". De seu material solo, tocou ainda "Highway", "Let Me Roll It", "1985" e "Let'em In". E da antiga banda, "I've Just Seen a Face", "And I Love Her" e "Blackbird".
Sem surpresas no repertório, mas com uma qualidade de som e de imagem (em dois enormes telões) pouco vista no Brasil, McCartney caprichou na simpatia, rebolou, acenou, falou português, tirou o paletó roxo, mostrou os suspensórios, trocou baixo por guitarra e dançou a valer.
No português, se estendeu, com a ajuda de um teleprompter instalado no chão: "Esta música é para minha gatinha Linda [sua ex-mulher, já morta]. Mas dedico a todos os namorados aqui". E começou a balada "My Love". Desnecessário dizer a quantidade de suspiros soltos pela plateia enamorada.
EXCLUSIVO
Cerca de 50 mil fãs acompanharam a apresentação, mas apenas 200, que compraram o pacote Emotion a R$ 1.400, puderam assistir à passagem de som, às 16h. Na ocasião, McCartney tocou por uma 1h30, inclusive canções que não fazem parte da lista atual, como "Magical Mistery Tour" e "Comin" Up".
Também executou "I'm Looking Through You", "Yesterday", "Band on the Run" e "Something".
Ao fim do minishow, os portões foram abertos para que os cerca de 48.800 outros fãs entrassem no estádio. Alguns com a roupa do time de futebol Internacional (o dono do estádio), muitos com camisetas da Up and Coming Tour (R$ 30), todos chegavam com uma blusa extra, já aguardando as baixas temperaturas da noite gaúcha.
O show de McCartney estava programado para terminar por volta da meia-noite.
Devido a uma lei municipal que obriga shows internacionais a programarem também uma atração local, os produtores brasileiros haviam acertado uma abertura com Kleiton e Kledir.
A ideia foi descartada pelo produtor inglês do espetáculo. Para não descumprir a lei, os promotores colocaram um DJ gaúcho no palco, ao lado de um saxofonista e de um guitarrista, às 19h30. Foram 25 minutos de show.
FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/827072-mccartney-arrisca-portugues-e-levanta-publico-com-beatles.shtml
Tom Waits relançará seus quatro primeiros discos
Tom Waits anunciou em seu site oficial que irá relançar os quatro primeiros dos 21 álbuns de estúdio de sua carreira. Closing Time (1973), The Heart of Saturday Night (1974), Nighthawks at the Diner (1975) e Small Change (1976) chegarão às lojas no dia 21 de dezembro em uma versão em vinil vermelho 180 gramas.
A arte gráfica original dos discos foi reproduzida e a edição de colecionador é limitada: serão produzidas apenas mil cópias de cada. O site www.tomwaitsstore.com realiza a pré-venda dos trabalhos até o dia 18 de dezembro, para que as encomendas possam ser entregues até o dia 24, a tempo de serem presenteadas no Natal.
Amy Winehouse fará quatro shows no Brasil em janeiro
Depois de meses de negociação, a produtora Mondo confirmou as datas dos quatro shows da inglesa Amy Winehouse no Brasil, em janeiro, em festivais voltados à música soul e R&B.
A cantora do hit "Rehab" abrirá a turnê no país no dia 8, em Florianópolis. Depois, ela segue para o Rio de Janeiro, no dia 11, e Recife, no dia 13. O último show está marcado para o dia 15 de janeiro, em São Paulo.
sábado, 6 de novembro de 2010
PROGRAMA EDIÇÃO Nº 353
1) KINGS OF LEON – RADIOACTIVE
2) TOM WAITS – LOWDOWN
3) SUPERGUIDIS - MALEVOLOSIDADE
4) ULTRAJE A RIGOR – NÓS VAMOS INVADIR SUA PRAIA
5) CASCAVELLETES – JESSICA ROSE
6) THE DRUMS – LET’S GO SURFING
7) PEARL JAM – AMONGST THE WAVES
8) CACHORRO GRANDE – RODA GIGANTE
9) GIOVANNI CARUSO & O ESCAMBAU – PROSTITUTA APAIXONADA
10) LOBÃO – ME CHAMA
11) MGMT – TIME TO PRETEND
12) LUNA – SPEEDBUMPS
13) ROLLING STONES – LOVE IS STRONG
14) GUNS N’ ROSES – I USED TO LOVE HER
15) DISSONANTES – O TAL
16) BIDÊ OU BALDE – TUDO BEM
17) CARTOLAS – MEU BEM E O ASSOVIO
18) STROKES – HARD TO EXPLAIN
19) THE SMITHS – HAND IN GLOVE
20) R.E.M. – NEAR WILD HEAVEN
21) TEQUILA BABY – 51
22) PATO FU – SONÍFERA ILHA
23) PETER BJORN AND JOHN – LET’S CALL IT OFF
24) THE SHINS – GONE FOR GOOD
25) ANACRÔNICA – DEUS E OS LOUCOS
26) PELEBRÓI NÃO SEI – FAZ ISSO POR MIM
27) EL MATO A UM POLICIA MOTORIZADO – EL ULTIMO SERENO
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Pearl Jam lança compilação ao vivo em janeiro
A banda norte-americana Pearl Jam anunciou em seu site oficial o lançamento de uma coletânea ao vivo. "Live on ten legs" chegará às lojas em 17 de janeiro do ano que vem para comemorar o aniversário de 20 anos da banda.
O álbum reúne 18 músicas gravadas entre os anos de 2003 e 2010. Entre elas, estão alguns dos maiores sucessos do grupo como "Jeremy", "Alive" e "Nothing as it seems", além das covers inéditas de "Public image" (Public Image Ltd.) e "Arms aloft" (Joe Strummer & The Mescaleros).
O álbum estará disponível em mp3, CD e numa edição de luxo, que inclui dois discos de vinil, 4 minipôsters de shows da banda e fotos dos integrantes tocando ao vivo.
Veja o repertório completo de "Live on ten legs":
"Arms aloft"
"World wide suicide"
"Animal"
"Got some"
"State of love and trust"
"I am mine"
"Unthought known"
"Rearview mirror"
"The fixer"
"Nothing as it seems"
"In hiding"
"Just breathe"
"Jeremy"
"Public image"
"Spin the black circle"
"Porch"
"Alive"
"Yellow ledbetter"
FONTE:
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/11/pearl-jam-lanca-compilacao-ao-vivo-em-janeiro.html
O bom e velho Bob Dylan
Este ano não teve disco novo de Bob Dylan com canções inéditas, mas, para compensar esta lacuna, sua gravadora – a Sony Music americana – resolveu colocar no mercado algumas preciosidades de seu catálogo em nova embalagem. A primeira delas é uma caixa chamada “The Mono Box”, contendo os oito primeiros discos da carreira de Dylan em sua forma original de gravações monaurais.
Daí, muitos vão perguntar: “pra que lançar novamente em mono?”. É simples, no início dos anos 60, a gravação monaural era tudo que os artistas tinham de recurso sonoro. Os discos foram concebidos em mono e a intenção desses projetos e de artistas como Dylan eram que sua obra naquele momento soasse dessa maneira, pois era o único recurso existente até então. Com o surgimento do sistema estereofônico ainda na década de 60, muitos discos foram remixados para estéreo.
No caso de Bob Dylan, esses primeiros álbuns soavam muito estranho para quem estava acostumado com eles em mono. O álbum “Blonde On Blonde”, de 1966, é um bom exemplo disso. A tentativa de transformá-lo em estéreo foi quase um desastre, segundo alguns fãs. “Blonde On Blonde” tem uma certa mágica em suas mixagens em mono e perdeu tudo isso quando transformado.
Há alguns anos, o selo americano Sundazed lançou esses primeiros álbuns de Bob Dylan em vinil no formato mono. Agora, finalmente a Sony lança essa versão em CD numa belíssima caixa, cujas capinhas de cada disco imitam a arte original dos LPs. Além disso, um livreto ilustrado e repleto de informações acompanha a caixa. Para muitos isso talvez não signifique nada, tanto faz ouvir Bob Dylan em mono ou estéreo, mas para aqueles fãs mais exigentes como eu, isso acaba se tornando um item indispensável na minha coleção de Bob Dylan.
Além dessa caixa, Bob Dylan também remexeu em seus arquivos e colocou à disposição em um CD duplo “The Bootleg Series Volume 9 – The Witmark Demos”. Periodicamente, o músico busca em seus arquivos gravações inéditas e raridades, batizando-as de “The Bootleg Series”. A primeira delas foi em 1991, com os volumes de 1 a 3 reunidos em uma belíssima caixa, apresentada nos formatos vinil e CDs. Esta edição de volume 9 traz gravações que aparecem para um lançamento comercial 50 anos após terem sido gravadas. São 47 músicas em que Bob Dylan toca violão folk, gaita e, ocasionalmente, piano. O nome Witmark vem de seus editores na época M. Witmark & Sons, entre 1962 e 1964.
Um jovem e talentoso Bob Dylan é o que encontramos nessas gravações, que foram feitas antes dele completar 24 anos de idade. Algumas permaneceram inéditas até hoje, outras viraram clássicos como “Blowin’ in -tThe Wind”, “Mr Tambourine Man” e “The Times They Are A Changin’”. A qualidade das gravações é discutível, pois na verdade não passam de rascunhos de canções de Bob Dylan, que posteriormente ganhariam gravações oficiais e se tornariam sucessos de sua carreira. Servem apenas para documentar a maneira pela qual elas foram concebidas e o processo criativo de Bob Dylan. Mais um item para fãs e completistas da coleção de Bob Dylan.
Por falar em fãs mais curiosos, um outro item recém-lançado de Bob Dylan é “The Folksinger’s Choice”, um curioso documento lançado em CD. Trata-se de uma gravação ao vivo que Bob Dylan fez aos 20 anos para uma rádio de Nova York. O programa apresentado pela cantora folk e locutora Cynthia Goodings, no dia 11 de março de 1962, é um achado precioso da carreira de Dylan. Essa gravação foi feita algumas semanas antes do músico lançar seu primeiro disco.
Interessante é que Dylan canta músicas de seus heróis como Hank Willians, Woody Guthrie e Big Joe Willians, algum material inédito, mas nenhuma música que fez parte de seu primeiro disco. São 11 músicas que sobreviveram ao tempo, mais de 50 anos, e a qualidade do material é excelente. As performances ao vivo são interrompidas ao final de cada música por um bate-papo de Bob Dylan com a entrevistadora. Cynthia estava deslumbrada ao ver aquele garoto de 20 anos de idade e sentia nele algo extremamente promissor. Uma das perguntas, a mais divertida, é aquela que ela faz perguntando ao jovem sobre seu chapeuzinho de cantor folk. Ela diz: “Você pretende continuar usando esse seu chapeuzinho quando você ficar rico e famosos?” – ele responde: “Oh!! Eu nunca serei rico e famoso.”
Mais uma vez eu repito, para um fã de Dylan como eu, ouvir uma entrevista dessas é de arrancar lágrimas dos olhos ao sentir aquele talentoso garoto de 20 anos de idade, com uma ingenuidade e simplicidade que impressionam a cada música. Todos que ouvirem esse CD vão sacar que aquele moleque tinha o mundo pela frente e, em breve, a seus pés. Se você gosta de Bob Dylan, não perca esse documento “The Folksinger’s Choice”.
Já que estou falando de relançamentos e raridades, gostaria de aproveitar para recomendar uma grande reedição deste final de ano. Trata-se do álbum “Stand Up”, da consagrada banda britânica Jethro Tull. Foi o segundo disco do grupo, lançado em setembro de 1969, e uma das minhas capas favoritas. Na edição original em vinil, era um LP com capa dupla e quando você abria aparecia um ‘pop up’ que se montava automaticamente com os integrantes da banda.
A mistura do blues e da música folk já vinha desde o primeiro disco, “This Was” (1968), mas nesse segundo a flauta mágica e clássica de Ian Anderson faz um dos instrumentais mais brilhantes de toda história com a música “Bourée”, um arranjo para uma peça clássica de Bach. Um disco que marca a transição do Jethro Tull usando elementos de hard rock, folk, blues, jazz, clássico e psicodelia.
A partir daí, a banda se tornaria um dos maiores expoentes do rock progressivo da década de 70, lançando clássicos como “Aqualung” (1971), “Thick as a Brick” (72), “A Passion Play” (72) e “Minstel In The Gallery” (75), dentre outros grandes álbuns. Nessa reedição de “Stand Up”, que saiu este mês na Europa, encontramos 2 CDs e um DVD. No primeiro CD são 11 faixas-bônus, além das músicas originais de “Stand Up”. No segundo, um concerto ao vivo em 1971 no Carnegie Hall. No DVD-audio, um mix especial do show do Carneggie Hall e uma entrevista exclusiva com Ian Anderson. Quarenta e um anos depois de seu lançamento, “Stand Up” ainda soa como um disco atual e não perdeu sua validade e acredito que jamais perderá. É por essa razão que nos habituamos a chamá-lo de ” clássico do rock”.
FONTE:
http://colunistas.yahoo.net/posts/6137.html