sábado, 18 de dezembro de 2010

PROGRAMA EDIÇÃO Nº 359


1) THE DRUMS – LET’S GO SURFING
2) DARWIN DEEZ – CONSTELLATIONS
3) BIDÊ OU BALDE – ME DEIXA DESAFINAR
4) ARNALDO ANTUNES – A CASA É SUA
5) DISSONANTES – NO SEU LUGAR
6) FOO FIGHTERS – TIMES LIKE THESE

7) CAPTAIN BEEFHEART AND HIS MAGIC BAND – ZIG ZAG WANDERER
8) LED ZEPPELIN – ROCK AND ROLL
9) FORGOTTEN BOYS – SHE BRINGS MY LOVE BACK
10) IDENTIDADE – SENHORITA MOLLY
11) SABONETES – DESCONTROLADA
12) THE KILLERS – WHEN YOU’RE YOUNG

13) SUPERGRASS - GRACE
14) JET – SHE’S A GENIUS
15) LOS HERMANOS – CONDICIONAL
16) MATANZA – EU NÃO GOSTO DE NINGUÉM (AO VIVO)
17) NEVILTON – VITORIOSO ADORMECIDO
18) THE CRAMPS – HYPNO RAY SEX
19) RANCID – RUBY SOHO
20) NOFX – JAMAICA IS ALRIGHT

21) MAD SEASON – RIVER OF DECEIT
22) PEARL JAM – DO THE EVOLUTION
23) RAMONES – 7-11
24) PELEBRÓI NÃO SEI – CÉU SEM COR
25) ANACRÔNICA – EM MIM
26) GIOVANNI CARUSO E O ESCAMBAU – MÔNICA E SUAS ESCULTURAS
27) HOT RATS – LOVECATS
28) ROLLING STONES – SOMETHING HAPPENED TO ME YESTERDAY

Bono, Elton John e Mick Jagger falam sobre John Lennon em novo livro


Os aniversários de morte e nascimento de John Lennon fizeram com que uma avalanche de livros sobre o músico e sua banda fosse publicada. Com diferentes abordagens, todos reúnem informações e histórias sobre o grupo inglês que marcou o rock e a história da música para sempre.

Agora, a Rolling Stone publica "Memórias de John Lennon". Os textos foram editados pela viúva, Yoko Ono, e escritos por outros grandes nomes da música. Bono (U2), Iggy Pop, Chuck Berry, Elton John, Alicia Keys, entre outros, colaboraram com depoimentos, poemas, fotos, entrevistas e desenhos.

Outro não tão famosos também participam da edição. O tecladista Billy Preston e o documentarista Albert Maysles, que trabalharam com John na época dos Beatles, narram as experiências que viveram ao seu lado. Até Mick Jagger contribui contando um pouco sobre a amizade entre os dois vocalistas e brincando com a rivalidade entre as bandas.

Escritores renomados, como Tariq Ali e Norman Mailer, dão sua visão da importância do músico, especialmente o impacto político do ativismo de John e Yoko pela paz no final dos anos 60.

Complementam a edição fotos tiradas para a última participação de Lennon para a revista "Rolling Stone". Annie Leibovitz fotografou o casal em uma sessão que se tornou histórica.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/846661-bono-elton-john-e-mick-jagger-falam-sobre-john-lennon-em-novo-livro.shtml

Morre o roqueiro "Captain Beefheart" aos 69 anos


O roqueiro americano Don Van Vliet, conhecido artisticamente como "Captain Beefheart", morreu nesta sexta-feira (17) aos 69 anos por complicações de esclerose múltipla, informou a revista "Entertainment Weekly".

A publicação citou como fonte um representante da galeria Michael Werner, de Nova York, que abrigou distintas exposições de suas pinturas.

Van Vliet morreu nesta manhã em um hospital do norte da Califórnia, após permanecer vários anos preso em uma cadeira de rodas devido à doença.

"Don Van Vliet foi uma figura complexa e influente nas artes visuais e interpretativas", disse a galeria em comunicado.

"Talvez seja mais conhecido como o incomparável 'Captain Beefheart', que, junto ao Magic Band fez sucesso na década de 1960 com um estilo único, mistura de 'blues' e 'rock and roll' experimental", acrescentou.

Segundo a entidade se trata de "um dos artistas mais originais" na história da música, que após duas décadas como compositor e artista decidiu se retirar para se dedicar totalmente ao mundo da pintura.

"Como sua música, suas exuberantes pinturas são produto de uma visão única", concluiu.

Seu disco "Trout Mask Replica" se situa no posto 58 dentro da lista dos 500 melhores discos de todos os tempos, feita pela revista especializada "Rolling Stone".

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/847737-morre-o-roqueiro-captain-beefheart-aos-69-anos.shtml

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ENTREVISTA: Lobão


Por Gustavo Ranieri

Repleto de histórias peculiares, sucesso e mais de uma centena de processos, o cantor e compositor lança sua autobiografia. E que ninguém duvide. Lobão não conhece a expressão “pé no freio”. “Não parei de acelerar até agora. E nem pretendo”, dispara. Também não hesita em deixar claro que continua o mesmo: é egocêntrico, ácido, provocador, mas também sensível e tímido. Acima de qualquer coisa, leal a boa parte dos ideais. Inclusive os que cultiva desde quando ainda era o adolescente carioca João Luíz Woerdenbag Filho.

A diferença é que agora, com 53 anos recém-completados, 132 processos na bagagem, algumas prisões por envolvimento com drogas e milhares de discos vendidos, o cantor resolveu, como se diz no jargão popular, fechar a conta e passar a régua do que chama de “primeira etapa da vida”. “Tenho plena consciência de que a parte relevante do meu trabalho ainda não começou a ser escrita”, diz convicto.

É por isso que surge tão certeiro em 50 anos a mil, a autobiografia escrita em parceria com o jornalista Claudio Tognolli, que acaba de chegar ao mercado. São 873 páginas para revelar o perfil do homem que, sem medo algum, largou a casa dos pais, aos 17 anos, para se tornar músico.

Trajetória que soma ao longo de 36 anos a passagem como baterista da banda Vímana, ao lado de Lulu Santos e Ritchie, a criação da Blitz com Evandro Mesquita, embora, por uma série de divergências, tenha abandonado o posto antes do sucesso, e a carreira solo que totaliza 14 álbuns – o último, Acústico MTV, foi lançado em 2007.

Lobão é tudo o que os holofotes evidenciam. E é também a figura que se considera metódica – basta ver que acorda às 5h30 todos os dias – e insuportavelmente bem-humorada. A mesma que nesta entrevista fala sobre o lançamento da publicação, música, televisão e maturidade.

Em que momento nasceu a vontade de escrever a biografia 50 anos a mil?
Foi quando saí do Rio e vim morar em São Paulo, em 2008. Senti naquele momento que era o maior rito de passagem que já havia atravessado.

Isso em que sentido?
Aqui é uma cidade que o impulsiona pelo espírito empreendedor. Fora que gosto de me reunir com meus amigos e vim para cá justamente para poder ter realmente essa vida “afetiva”. Sair para comer juntos, tomar umas, fazer um som... lá no Rio, isso era impossível.

Mas, desde o início, a ideia era ser uma autobiografia ou esse foi o pedido da editora?
Recebi, primeiramente, convite de outra editora para fazer o que eu quisesse. Pensei em livro de crônicas, de poesias, um romance. Mas depois recebi outro convite. Desta vez, da Nova Fronteira, que também deu carta branca. No primeiro momento, a ideia foi escrever sobre o meu case na prisão e fazer algo tipo “Vida bandida, o livro”. Mas foi o Claudio Tognolli que me sugeriu escrever a minha biografa inteira.

50 anos a mil é um título muito sugestivo. É assim que você sente sua vida?
Claro. Não tirei o pé do acelerador até agora, nem pretendo tirar. E essa velocidade é em virtude da minha intensa vida interior e o que proponho a mim mesmo vivenciar. O resultado disso são aventuras das mais variadas e intensas.

Uma Vida louca vida, como você sugere na música...
Bem, sei que tenho uma história e que sou uma pessoa peculiar. Mas acho que se trata de uma trajetória de cura e crescimento. Agora, antes de qualquer coisa, me considero tímido, sedentário e faço tudo para produzir uma densa cortina de fumaça para impedir que descubram quem realmente sou. Até porque devo ser daqueles caras que se mostram exteriormente exatamente o contrário daquilo que são. E isso não deixa de requerer certa habilidade artística. Aliás, todo cara que mexe com arte tem uma performance meio alegórica na vida.

Uma das críticas recorrentes no caso de autobiografias é o fato de que muitos autores omitem fatos de sua própria história. Podemos dizer que você é 100% fiel ao que está em seu livro ou escondeu alguns detalhes?
Vejo a coisa por outro viés. Produzi um belo livro, contei uma grande história, mas sei perfeitamente que se trata de algo absolutamente arbitrário. E isso não me importa se a história é bem escrita. E acredito ser esse o caso. Até porque acho impossível exigir de você escrever uma autobiografia sem impor suas próprias edições.

E como foi que pintou a parceria com o jornalista Claudio Tognolli?
Por meio de uma conversa com meu amigo Marcelo Tas. Contei para ele sobre o livro que tinha para escrever e ele me sugeriu o Tognolli, que, aliás, já conhecia de outras jornadas. Acabamos esse projeto, que levou um ano e meio, já grandes amigos.

Houve preocupação de seguir uma ordem cronológica na biografa ou os fatos aparecem de acordo com o que você considera mais importante?
Eu não tinha a menor ideia de qual seria a ordem. No fim, saiu um formato linear de narrativa. Digo que acabei fazendo uma psicografa de mim mesmo.

E essa psicografa foi dolorosa em algum momento?
Rever sua história por meio de seu próprio punho é, no mínimo, um psicodrama. O que mais me surpreendeu foi saber como eu mesmo me tratei nesse processo. Depois, escrever minha história se tornou algo delicioso, percebi que tenho uma história riquíssima. E posso dizer que acabei o livro mais amoroso com o mundo.

Você acabou de completar 53 anos. Quem é o Lobão de 30 anos atrás e o de agora?
Sou aquele que veio salvar o eu menino, o garoto que gritava por socorro por mim mesmo olhando o homem crescido lá no futuro (que é agora). Escrever esse livro foi entrar na máquina do tempo e resgatar aquele que tanto orava por mim: eu mesmo lá atrás.

E o que esse “garoto” já pressentia do seu futuro que o fazia gritar por socorro?
Me via como uma pessoa que não conseguiria sobreviver àquele tipo de educação que me impunham. Era um grito de desespero, de solidão tamanha que só devo ter achado uma versão minha no futuro, que, por acaso, se dispusesse a me ajudar. Tinha certeza de que não havia outra opção. Mas parece que acertei.

Mas você tem consciência do que mudou e do que ficou igual em vocês ao longo desses anos?
Sei lá. Desde que me entendo por gente, não consigo fazer uma distinção clara. Mas posso dizer que antes era mais desprotegido. No sentido de viver em um país hostil ao que produzo. Só percebi haver realmente uma mudança mais relevante nesse quadro quando, como já disse, cheguei de vez a São Paulo.

Aliás, você acredita em maturidade? Considera-se um homem maduro?
Acredito que sou um ser obsessivo e apaixonado pelo que faz. Hoje, me sinto muito melhor do que sempre fui, graças a essa feliz característica. Meu vigor está intacto, minha capacidade se desenvolveu e continua em pleno desenvolvimento.

Também não se incomoda com a idade nem com o passar do tempo?
Acho que estou melhor do que nunca. E tenho plena consciência de que a parte relevante do meu trabalho ainda não começou a ser escrita. Vim para sacudir os alicerces e nem comecei a festa. Pode crer!

O que seria essa nova etapa de relevância na sua vida?
Já existe essa direção ou você está em processo de descoberta? Bom. Isso é para mais tarde. Agora, estou mesmo em ritmo de espera para uma série de lançamentos importantes.

Para a geração dos anos 1970 e 1980, você é um dos mais renomados artistas do país. Mas e para a geração atual: sua imagem não está na cabeça deles associada mais à televisão, como apresentador da MTV?
Não sei se isso é verdade. Tem de perceber que já estou no cenário de música independente há vários anos e meu público é de gente muito jovem. Mesmo porque não permito adulto contemporâneo, tipo nostálgico, se criar na minha área. Isso é público lixo, meu negócio é outro.

Afinal, a história de ser apresentador começou como uma brincadeira ou existia uma ideia planejada de se consolidar na TV?
Ser apresentador é uma linda brincadeira. E me reinvento sempre que tentam me exterminar. Aliás, isso fica bem claro agora no livro.

Você foi um dos pioneiros a lançar um álbum de modo independente, distribuído para todo o país em bancas de jornal. O que precisa mudar ainda na indústria fonográfica?
As rádios têm de parar com essa malandragem do jabá e de impor as mixagens para as gravadoras. Porque, nessas, eles sempre eliminam as guitarras. Enquanto não houver participação efetiva das rádios em tocar bandas novas, vamos ficar nas mãos desses oligofrênicos produzindo tatibitate teen.

E a pirataria, que vira e mexe volta à tona nas discussões? É possível combatê-la?
Olha, ergueria as mãos para o céu se a pirataria tivesse essa importância na merda em que nos encontramos. O buraco é mais embaixo. Temos de mudar a maneira de pensar das gravadoras, substituir a grande maioria dos executivos, que são meros diletantes, e chamar as rádios na chincha. O resto é puro detalhe.

Como você observa a crítica de que a música brasileira teria empobrecido em criatividade nas últimas décadas?
A música, assim como os políticos eleitos, é de nossa exclusiva responsabilidade. Não adianta reclamar dos outros. Somos essa coisa lastimável, enquanto cultura, por nossa inteira obra e graça. Tipo do caso que não rola uma inter-relação com o outro.

O que você está ouvindo nos últimos tempos?
Principalmente The Wombats, The Kills, The Dead Weather, Them Crooked Vultures e Radiohead.

E lendo?
Nada. Estou em pleno recesso intelectual

Você já causou muito alvoroço ao detonar em entrevista, por exemplo, Chico Buarque, Tom Jobim e João Gilberto. Você se arrepende de alguma dessas declarações?
Não. Nada do que falo é gratuito. Só com o João fui um tanto grosso e peço perdão a ele no livro.

Mas falar tudo o que tem vontade gerou muitos problemas na justiça e inimizades, não?
Já fui muito caçado. Foram 132 processos em todo o Brasil. Agora, não tenho o menor interesse em saber se essas atitudes me deram ou não inimizades. Elas, antes de qualquer coisa, sempre foram muito precisas. Nada pessoal.

E dessa centena de processos, quantos você ganhou ou perdeu?
Todos foram prescritos, porque eram absolutamente absurdos. No livro, o Tognolli elucida tudo com documentos, sentenças, entrevistas. Mas adianto que é uma caçada insana. Vendo hoje, dá até vontade de rir. Eu era tratado como um criminoso, um mal social em todo o território nacional.

Por tudo isso, se formou ao seu redor o estereótipo de “porra-louca”. Incomoda esse rótulo?
O que digo é que minha história sempre prevalecerá. Nunca tive a menor dúvida quanto a isso.

Mas como você lida com a exposição na mídia? Você é conhecido por ter um contato um tanto conturbado com a imprensa...
Não suporto me ver nas manchetes, seja com os altos ou os baixos da minha carreira. Há uns dez anos que nunca leio mais nada a meu respeito. Só me manifesto quando rola algum exagero. Sou tímido, uma alma delicada. Tenho horror à exposição pública e só o faço por minha atividade ser desafortunadamente pública.

Aliás, como é o Lobão fora dessa exposição pública? Você gosta de fazer coisas comuns, como ir ao supermercado ou ao shopping?
Sim. Sou uma pessoa extremamente corriqueira. Quase até um pedestre.

E o Lobão marido [ele é casado há 20 anos com Regina Lopes, sua empresária]. É do tipo carinhoso, acredita no “até que a morte nos separe”?
Bom, espero que sim. Sempre quis viver com minha amada até além do futuro. E assim será.

Por falar em além do futuro, você é espiritualista? Segue alguma religião?
Não, mas acho muito pitoresco. Desde criança, tenho fascinação por mártires, crucificações, mas, assim como Cioran [escritor e filósofo romeno do século 20], acho que a religião é uma forma de obter o enlevo da alma através do mal-estar. É como assistir a um show de MPB tradicional. Você sai se achando mais inteligente, a despeito das duas horas de merda que você gastou ouvindo aquela porcaria culturalista.

Mas e em Deus, você acredita?
Acho justo que exista uma entidade superior, muito embora ela nunca nos tenha brindado com sua real presença. Acho deus na sociedade uma coisa retrógada, sombria e, por que não, pusilânime. Enquanto o diabo... bem, o diabo é só deus de folga, né? Tá tudo dominado.

FONTE:
http://www.revistadacultura.com.br:8090/revista/rc41/index2.asp?page=entrevista

sábado, 11 de dezembro de 2010

PROGRAMA EDIÇÃO Nº 358


1) LED ZEPELLIN – ROCK AND ROLL
2) MILLENCOLIN - LOOZIN’ MUST
3) CACHORRO GRANDE – AGORA EU TÔ BEM LOUCO
4) ANACRÔNICA – ELES ME QUEREM ASSIM
5) PARAFERNÁLIAS – UM DIA EU
6) COLDPLAY – HARDEST PART
7) STEREOPHONICS – THE BARTENDER AND THE THIEF

8) IDENTIDADE – DANCE
9) GIOVANNI CARUSO E O ESCAMBAU – PROSTITUTA APAIXONADA
10) FOO FIGHTERS – BIG ME
11) IGGY POP – TO BELONG
12) B52’S – PRIVATE IDAHO
13) CANASTRA – MISS SIMPATIA
14) TITÃS – FLORES

15) BIDÊ OU BALDE – ME DEIXA DESAFINAR
16) CAMISA DE VÊNUS – RADINHO DE PILHA
17) RAMONES – CALIFORNIA SUN
18) RANCID – RUBY SOHO
19) GREEN DAY – WAITING
20) LOBÃO – ME CHAMA (ACÚSTICO)
21) RELESPÚBLICA – SOL EM ESTOCOLMO (AO VIVO)

22) THE KILLERS – READ MY MIND
23) THE CLASH – POLICE AND THIEVES
24) CHARME CHULO – NOVA ONDA CAIPIRA
25) DISSONANTES – NO SEU LUGAR
26) FAICHECLERES – ISSO NÃO É TÃO MAL ASSIM
27) ROLLING STONES – SHE’S A RAINBOW
28) JOHN LENNON – STAND BY ME

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

John Lennon


DEUS

Deus é um conceito
Pelo qual medimos
Nossa dor
Falarei de novo
Deus é um conceito
Pelo qual medimos
Nossa dor
Eu não acredito em mágica
Eu não acredito em I-ching
Eu não acredito em Bíblia
Eu não acredito em tarô
Eu não acredito em Hitler
Eu não acredito em Jesus
Eu não acredito em Kennedy
Eu não acredito em Buda
Eu não acredito em Mantra
Eu não acredito em Gita
Eu não acredito em Ioga
Eu não acredito em reis
Eu não acredito em Elvis
Eu não acredito em Zimmerman
Eu não acredito em Beatles
Apenas acredito em mim
Yoko e eu
E essa é a realidade
O sonho acabou
O que posso dizer?
O sonho acabou
Ontem,
Eu era o tecedor de sonhos
Mas agora renasci.
Eu era a morsa,
Mas agora sou John.
Então queridos amigos,
Vocês precisam continuar
O sonho acabou

(John Lennon, na música "God")

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Liam Gallagher, os Beatles e os Stones


Liam Gallagher não está para brincadeira. Ele levou mesmo a sério a ideia de tocar o Oasis sem o irmão Noel. Sua banda, Beady Eye, lançará “Different Gear, Still Speeding” em formato físico dia 28 de fevereiro, acompanhado de um DVD bônus com três vídeos e um documentário. Na semana passada, o grupo anunciou uma série de shows na Europa em março, quase todos com ingressos esgotados.

“Different Gear, Still Speeding” terá 13 canções divididas entre Liam (5), Gem Archer (4) e Andy Bell (4). O álbum foi produzido por Steve Lillywhite, braço forte e mente brilhante por trás da produção de alguns dos álbuns mais conceituados do U2.

A capa é meio bizarra, mas por agora o que mais chama a atenção é o título da faixa 4: “Beatles and Stones”. Alô, Humberto Gessinger…

TRACKLIST

1. Four Letter Word
2. Millionaire
3. The Roller
4. Beatles And Stones
5. Wind Up Dream
6. Bring The Light
7. For Anyone
8. Kill For A Dream
9. Standing On The Edge Of The Noise
10. Wigwam
11. Three Ring Circus
12. The Beat Goes On
13. The Morning Son


FONTE:
www.lucioribeiro.com.br

Descubra os motivos para Keith Richards chamar Mick Jagger de "Brenda"


Bandas quase sempre possuem histórias de problemas em lidar com o ego de alguns de seus integrantes. Com os Rolling Stones não é diferente, afinal eles estão juntos há mais de 40 anos, mais tempo que os muitos casamentos deles.

Keith Richards conta em sua biografia, "Vida", que tem um sério problema em lidar com o ego inflando e o estrelismo de Mick Jagger. Em grande parte dos primeiros anos, o guitarrista esteve tão alucinado com as drogas que simplesmente deixou o controle do grupo nas mãos do vocalista.

Quando Richards conseguiu finalmente se livrar da heroína, decidiu que era o momento de tirar um pouco do peso da responsabilidade das costas de Jagger. Ao contrário do que imaginava, o amigo não gostou e ficou bastante bravo do outro querer tomar o seu lugar. Keith diz que Mick controlava a todos como marionetes e se imaginava o dono deles.

A relação seguiu estremecida desde então e os dois têm problemas de convivência. O músico conta que Jagger sobre da "síndrome do vocalista", ou seja, por toda a atenção que acaba recebendo, ele acredita ser mais importante que os outros integrantes.

Segundo Richards, ele não sabe dançar muito bem e sempre foi um tanto tímido, ainda assim conseguia colocar sua personalidade nas apresentações. Mas em algum momento ele deixou de ser ele mesmo e passou a ser um personagem de si mesmo, que faz o que os empresários exigem. Até aula de canto ele teve, mas quanto isso o guitarrista achou que foi a única coisa positiva.

O relacionamento conturbado entre eles fez com que Keith e os outros colocassem apelidos desagradáveis em Jagger. Veja no trecho abaixo porque eles o chamam de Brenda:

*
No começo dos anos 80, Mick começou a ficar insuportável. Foi quando ele se tornou Brenda, ou Sua Majestade, ou simplesmente Madame. Estávamos em Paris, novamente nos estúdios Pathé Marconi, em novembro e dezembro de 1982, trabalhando nas músicas do álbum Undercover. Fui até a WHSmith, uma livraria inglesa na Rue de Rivoli. Esqueci o título do livro, mas ali estava ele, um romance espalhafatoso escrito por Brenda Jagger. Ah, te peguei! De agora em diante, sabendo ou não, gostando ou não, você vai ser a Brenda. E ele com certeza não gostou nem um pouco. Mick levou séculos para descobrir. Nós ficávamos falando da "Brenda, aquela jararaca", e ele bem ali na sala, sem fazer a mínima ideia de que estávamos falando dele. Mas isso gera algo terrível, e é bem parecido com o modo como Mick e eu tratávamos Brian. Uma vez que você libera esse ácido, ele começa a corroer tudo.

Aquela situação era o ápice de uma série de coisas que vinham acontecendo há vários anos. O maior problema era que Mick tinha adquirido um desejo absoluto de controlar tudo. Na cabeça dele, havia Mick Jagger e os outros. Essa era a atitude que nós víamos nele. Por mais que ele tentasse, não conseguia parar de se esforçar para parecer o numero uno, pelo menos aos próprios olhos. Havia o mundo de Mick, que era um mundo de socialites, e o nosso mundo. Isso não funciona nada bem quando se está tentando manter uma banda unida, ou seus componentes felizes. Ó, céus! Depois de todos esses anos, o sucesso lhe tinha subido à cabeça! Ele ficou tão cheio de si que não havia mais nada. Os integrantes da banda tinham praticamente se tornado empregados, inclusive eu. Essa sempre foi a atitude dele com todo mundo, mas nunca com a banda. Quando a coisa chegou até nós, foi preciso dar um basta.

Um ego inflado é sempre algo difícil de se lidar numa banda, principalmente uma banda que está junta há muito tempo, que é bastante unida e que realmente tem como respaldo uma conduta íntegra, ainda que um tanto bizarra, pelo menos entre os integrantes. A banda é uma equipe. De certo modo, é algo bem democrático. As coisas têm que ser decididas por todo mundo - não tem esse negócio de alguém querer falar mais alto. Qualquer um que tente se elevar acima dos outros está se colocando numa posição perigosa. Charlie e eu revirávamos os olhos, como quem diz: "Você consegue acreditar numa coisa dessas?". E por algum tempo fomos aguentando, enquanto Mick tentava dominar tudo. Quando você para para pensar, nós já estávamos juntos havia uns vinte e cinco anos quando a merda voou no ventilador. A opinião geral é de que mais cedo ou mais tarde isso tinha que acontecer. É algo que acontece mais dia, menos dia com todas as bandas, e havia chegado a hora do teste. Será que nós conseguiríamos segurar essa?

*
Vida
Autor: Keith Richards
Editora: Globo
Páginas: 640
Quanto: R$ 49,90

sábado, 4 de dezembro de 2010

PROGRAMA EDIÇÃO Nº 357


1) WEEZER – MEMORIES
2) DARWIN DEEZ – CONSTELLATIONS
3) GIOVANNI CARUSO & OS ESCAMBAU – AMOR EM SI BEMOL
4) IDENTIDADE – A SÓS, SEM PUDOR
5) PÚBLICA – CANÇÃO DO EXÍLIO
6) RADIOHEAD – MY IRON LUNG
7) PEARL JAM – GREEN DISEASE

8) PARAFERNÁLIAS – JOSÉ
9) THE KINKS – LOLA
10) JET – SEVENTEEN
11) RAMONES – I DON’T WANT TO GROW UP
12) NEVILTON – VITORIOSO ADORMECIDO
13) PATO FU – SONÍFERA ILHA
14) PARAFERNÁLIAS – UM DIA EU

15) DAVID BOWIE – CHANGES
16) ROLLING STONES – 2000 MAN
17) BEATLES – RAIN
18) ANACRÔNICA – DEUS E OS LOUCOS
19) DISSONANTES – NO SEU LUGAR
20) CARTOLAS – PARTIDO EM FRANJA
21) FRANZ FERDINAND – TAKE ME OUT

22) AC/DC – MONEYTALKS
23) STROKES – JUICEBOX
24) NIRVANA – COME AS YOU ARE
25) RAIMUNDOS – EU QUERO VER O OCO
26) PARAFERNÁLIAS – COLÃ DE LÃ
27) LOBÃO – CORAÇÕES PSICODÉLICOS (ACÚSTICO)
28) RANCID – THE WARS END
29) BAD RELIGION – BEST FOR YOU

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Baterista do AC/DC é multado por posse de maconha


O baterista da banda de rock AC/DC, Phil Rudd, foi condenado por um tribunal da Nova Zelândia nesta quarta-feira a pagar uma multa pela posse de 27 gramas de maconha, o que pode causar-lhe problemas em turnês internacionais.

Rudd, de 56 anos, teve que pagar 250 dólares neozelandeses (US$ 185) por uma falta menor que, no entanto, pode prejudicar sua carreira ao vetar sua entrada em alguns países, indicou seu advogado à imprensa local.

"Não sou uma má pessoa", declarou o baterista australiano, cujo nome legal é Phillip Witschke.

Seu advogado, Tuck Craig, assinalou que Rudd, que em 2009 ganhou US$ 296 milhões em suas excursões com o AC/DC, não tem antecedentes penais e nos últimos meses viajou a trabalho a pelo menos 20 países.

"Ele viaja muito ao redor do mundo e, com esta falta menor, terá problemas em sua carreira", assinalou Craig.

A polícia encontrou a droga em 7 de outubro durante uma batida em uma festa organizada por Rudd na cidade de Tauranga, na costa leste da ilha do Norte, para onde o baterista se mudou recentemente.

O advogado assinalou que Rudd está arrependido, assume as responsabilidades e contribuiu com milhões de dólares à comunidade de Tauranga.

A Polícia, no entanto, se negou a retirar as acusações e a juíza Robyn Paterson disse no julgamento que o integrante do AC/DC, dada sua idade e sua carreira internacional, deveria ter consciência dos riscos causados pelas drogas.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/838853-baterista-do-acdc-e-multado-por-posse-de-maconha-na-nova-zelandia.shtml

Chega ao Brasil biografia de David Bowie


Chegou "Bowie - A Biografia", lançamento da editora Benvirá, sobre a trajetória do camaleão e ícone pop mundial David Bowie. São quase 500 páginas sobre a vida e a carreira do astro britânico de olho azul e castanho, com direito a 16 páginas apenas com fotografias histórias do músico de 63 anos.

O livro foi escrito por Marc Spitz, jornalista especializado em rock e cultura pop, que colabora com o jornal "The New York Times" e com as revistas "Spin", "Nylon", "Maxim" e "Uncut". Também publicou vários livros sobre o movimento punk e a cena inglesa dos anos 80, bem como a biografia sobre a banda Green Day.

Leia um trecho de "Bowie - A Biografia".

*

"Se Bowie fosse simplesmente declarado homossexual pelo jornalista em vez de ele mesmo afirmar "Sou gay e sempre fui, mesmo quando eu era David Jones", como fez, o artigo poderia não ter o mesmo impacto. E seu impacto, em termos relativos, foi sísmico; a história foi pega pelos tabloides muito além dos semanários musicais.

Não é a homossexualidade, mas a bissexualidade sem reservas que torna a história tão irresistível. Watts fala sobre a esposa de Bowie e o bebê. De forma similar, se Bowie não tivesse um material tão forte atrás de si, ninguém teria se importado. "Não despreza David Bowie como músico sério só porque ele gosta de nos provocar", Watts fortuitamente declara no texto. O objetivo da entrevista parece saber que seu novo material vai torná-lo um grande astro. "Vou ser famoso e é bem assustador de certa forma", ele conta a Watts, e então, para mostrar a blindagem de seu destino, anuncia: "Sou gay e sempre fui, mesmo quando era David Jones".

Aqueles que amavam rock'n'roll conheciam o nome David Bowie por causa da qualidade de suas novas músicas, mas aqueles que não gostavam também reconheceriam o nome David Bowie. Watts repara na "jovialidade" da declaração, mas também no seu poder. "Ele sabe que nestes tempos é permissível ser meio vulgar, chocar e ultrajar, que foi sempre o que o pop buscou fazer pela história, é um processo de demolição. E se não é um acinte, é, pelo menos, um espanto. A expressão de sua ambivalência sexual estabelece um jogo fascinante: ele é ou não? Num período de identidade sexual conflitante, ele astuciosamente explora a confusão em torno de masculino e feminino. Bowie conclui a entrevista com um esclarecimento: o vestido que ele usou na capa de "The man who sold the world" não era um vestido de mulher, mas de homem, e, mais genericamente: "Não sou ultrajante. Sou David Bowie".

Quarenta anos à frente, com a homossexualidade ainda como um jogo político, há uma força persistente no artifício de escondê-la. A coragem de assumi-la é levemente enfraquecida quando se sabe que Mick Ronson foi também encorajado a "sair do armário" e recusou. "Nessa ele ficou um pouco solitário", Suzi diz. "David falava para ele: 'Vamos, cara'. Quando saiu a "Melody Maker", a mãe de Mick ficou perplexa. 'Seu filho é uma bicha.' Ele recebeu muita bala por isso. Até minha mãe veio com o jornal, jogou-o longe e disse: 'O que é isso?'. Mas ele era um garoto humilde, do Norte. Foi pela música que Mick ficou. David queria ser uma dessas pessoas vanguardistas, acho que ele conseguiu. Mas suas músicas eram fabulosas."

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/839116-chega-biografia-de-david-bowie-leia-trecho-sobre-bissexualidade.shtml